Os assuntos que envolvem a contratação e a destinação de vagas pcd nas empresas têm sido cada vez mais debatidos. Isso devido ao fato de que a globalização tem permitido que alguns assuntos sejam colocados em evidência, inclusive, pelas próprias pessoas com deficiência através de seus blogs pessoais, onde compartilham suas vidas e rotinas.
Compreender a realidade das pessoas com deficiência, principalmente através de suas vidas, é fundamental para sabermos exatamente pelo quê devemos lutar.
Diferentemente do que muitas pessoas pensam, combater o preconceito e a discrimiação das pessoas com deficiência é um dever de todos, e não somente das pcds.
Assim como todas as pessoas, as pcds também buscam sua autonomia, principalmente financeira, e para isso precisam do acesso ao mercado de trabalho.
Alguns dispositivos legais facilitam esse acesso, mas será que somente eles são suficientes para minimizar o preconceito? Quer entender um pouco melhor sobre esse tema? Então fique com a gente
Lei de cotas para pcds nas empresas: qual a importância da destinação de vagas pcd?
A importância desta lei consiste justamente no fato de garantir que a pessoa com deficiência possa participar da vida e do ingresso no mercado de trabalho, através da obrigatoriedade em algumas empresas.
Por muito tempo as pessoas com deficiência foram privadas de todos os direitos por conta da falta de acessibilidade, e mesmo que de forma tardia, no ano de 2004, surgiu a lei de cotas que garantia o ingresso da pessoa com deficiência na empresa, através das vagas pcd obrigatórias a certos tipos de empresas. Em linhas gerais, e de forma sucinta, a lei obriga as empresas a destinarem de 2% a 5% de suas vagas para o ingresso da pessoa com deficiência.
Essa porcentagem varia de acordo com o número de funcionários, sendo dividida da seguinte forma:
- De 100 a 200 empregados – 2% de trabalhadores com deficiência;
- De 201 a 500 empregados – 3% de trabalhadores com deficiência;
- De 501 a 100 empregados – 4% de trabalhadores com deficiência;
- Acima de 1000 empregados – 5% de trabalhadores com deficiência (cota fixa).
A criação da lei de cotas impactou positivamente a vida de centenas de pessoas com deficiência, que puderam ter sua autonomia de volta. Porém, mesmo com tantos aspectos positivos, no início, essa lei se preocupava com a mera integração, ou seja, ela previa o ingresso da pcd, mas exigia o esforço unilateral dessa pessoa para que ela se mantivesse no emprego. Com o passar do tempo, os gestores começaram a notar que a mera contratação a fim de preencher as vagas não garantia um bom desenvolvimento da pcd, justamente por não garantir as acessibilidades que ela necessitava, ou seja, as empresas integravam, mas não incluíam. Não demorou para os reflexos da integração surgirem,evidenciando a importância de incluir para garantir benefícios à empresa, e também à vida da pessoa com deficiência.
O impacto das vagas pcd na vida da pessoa com deficiência
As pessoas com deficiência por muito tempo tiveram sua liberdade e autonomia controladas pelas pessoas que por tanto tempo marginalizaram as pcds. A possibilidade de ingresso ao mercado de trabalho foi um divisor de águas na vida das pessoas com deficiência que buscavam viver sua vida com independência.
A necessidade de conscientização da importância dessa autonomia se fez de forma tardia em nossa sociedade, o que até hoje dificulta que essas pessoas sigam suas vidas sem limitações.
Infelizmente, até o ano de 2015 as pcds eram consideradas relativamente incapazes de acordo com o código civil, e de certa forma, tudo isso colaborou negativamente para que a igualdade fosse conquistada.
Leis tardias, conscientizações tardias, e tudo isso colaborando cada vez mais para que esse assunto fosse silenciado por tanto tempo.
Garantir e lutar pela autonomia das pessoas com deficiência é dever de toda a população que deve cobrar de nossos governantes posturas que garantam a igualdade.
É óbvio que as vagas pcd impactam positivamente a vida das pessoas com deficiência, porém, a mera integração não é suficiente, e por isso, além de obedecer as leis, as pessoas precisam exigir e garantir essa inclusão.
As pessoas com deficiência sofrem com preconceito e discriminação desde o surgimento da sociedade, e é somente através da acessibilidade que somos capazes de incluir as pessoas com deficiência na participação da vida em conjunto, principalmente no ambiente de trabalho.
O conceito de acessibilidade é simples de ser compreendido. Basicamente, podemos entender por acessibilidade tudo aquilo que é atingível, ou seja, eu somente posso dizer que uma coisa é acessível quando eu consigo atingi-la. Ela é uma condição de alcance com segurança e autonomia.
A maior importância de sabermos o que é acessibilidade para pessoas com deficiência é para conseguirmos combater os preconceitos existentes em nossa sociedade.
Somente através da acessibilidade é que podemos falar de inclusão social e autonomia na vida das pessoas com deficiência.
Infelizmente, podemos ver até hoje, através dos nossos vieses inconscientes a manifestação do capacitismo em grande parte das nossas atitudes.
A importância de sabermos o que é acessibilidade para pessoas com deficiência se baseia na redução desse capacitismo, e na importância de devolvermos às pessoas com deficiência sua liberdade e autonomia para viver a vida normalmente, e na realidade, esse é o impacto que estamos tratando.
Sair da zona de conforto e compreender a realidade do outro é demonstrar empatia e solidariedade com a realidade do outro, e lutar para que ele tenha uma vida melhor.
Gostou do nosso artigo sobre a importância das vagas pcd e qual o impacto que elas trazem na vida das pessoas com deficiência? Precisamos estar atentos às acessibilidades, e lutar para que as pcds encontrem sua autonomia e liberdade.
A Iigual já incluiu mais de 20 mil pessoas com deficiência no mercado de trabalho. A consultoria nasceu da experiência de vida do casal fundador Andrea Schwarz e Jaques Haber, quando Andrea se tornou cadeirante em 1998 aos 22 anos.
Somos especializados em ações de Inclusão e Diversidade com foco em recrutamento e seleção, palestras, treinamentos, acessibilidade física e digital, Censo da Inclusão e Diversidade e consultoria em D&I.
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Jaques Haber