Atualmente a nossa sociedade está se desenvolvendo e trabalhando mais os aspectos que incluem a inclusão e a representatividade em nosso dia a dia.
Por muitos e muitos anos, as pessoas que eram consideradas minorias foram marginalizadas em nossa sociedade, por outras pessoas que, por algum momento, se colocaram em uma posição hierarquicamente superior, mas que na realidade não existia. A tentativa de silenciar essas pessoas foi criando um cenário cada vez mais segregador, e acabou excluindo a participação de pcds, negros, homessexuais, e outros da “vista” da sociedade.
Essa exclusão se manifesta nas formas mais simples, como por exemplo em uma campanha publicitária. Essa preocupação começou a se fazer maior nos dias de hoje, mas antigamente praticamente não vimos qualquer tipo de propaganda envolvendo pcds, ou novelas que colocassem em cena esses personagens com deficiência, homossexuais, entre outros.
Mas afinal, o que pode ser considerado representatividade atualmente? Como podemos conceituar esse instituto tão debatido atualmente?
Representatividade: qual papel na inclusão social
A representatividade, em sua origem, é pautada na construção subjetiva de identidade entre determinado grupo, evidenciando que esses grupos não procuram somente que seus interesses sejam garantidos, mas que cada membro consiga se descobrir, e se enxergar como ser humano digno de direitos e garantias.
O surgimento de grupos representativos teve origem graças aos tratamentos desiguais que por muito tempo foram submetidos. A falta de mecanismos que demonstrem a importância da inclusão, criou a necessidade da união de pessoas que enfrentavam os mesmos desafios, agregando força a todo tipo de movimento.
Em outras palavras, a força da representatividade está justamente nessa união de pessoas, que lutam por direitos e prestações estatais garantidores de igualdade.
O principal papel da representatividade na inclusão social, é justamente permitir a visibilidade de todas as pessoas e ressaltar a importância dos movimentos sociais. Quanto mais evidenciado deixamos certos assuntos, mais eles são falados.
A necessidade da presença da representatividade nas campanhas publicitárias é uma forma de demonstrar que as empresas, lojas, e até mesmo o próprio estado se preocupa com a necessidade de fazer com que todos se sintam parte da sociedade em geral.
Inclusão social nas campanhas publicitárias
Essa, de certa forma, é um modelo atual da empresa demonstrar a preocupação com a diversidade e a inclusão social.
O tempo todo as pessoas que não se encaixam nos padrões são julgadas, e submetidas a análises preconceituosas pelos vieses inconscientes de outras pessoas.
Esses padrões costumam surgir por conta de pessoas irreais, que ostentam uma vida irreal. Com todo o avanço da ciência e da tecnologia, as pessoas hoje podem colocar, tirar, moldar seus corpos como se fossem massinhas de brinquedo.
Porém, não é de hoje que as pessoas discutem a importância da auto aceitação, do autoconhecimento, a luta pela desmistificação dos corpos reais.
Esse movimento tem ganhado cada vez mais espaço e visibilidade.
Dessa forma, as empresas estão precisando se adequar à realidade, e aderir a essas lutas constantes, para que elas não percam espaço no mercado.
A necessidade de atender a todas as pessoas têm sido um impasse para as empresas que não respeitam a igualdade e a representatividade.
As empresas que garantem esse retorno social, acabam chamando atenção, justamente por se prestar o papel de ser um agente representativo, se colocando à frente das outras.
Claro que a marca sempre se preocupa com a competitividade, e por isso acaba aderindo à representatividade algumas vezes. Porém, ela não pode ser vista apenas por esse viés. Colocar em debate alguns temas permitem que as discussões sejam muito mais amplas e abrangentes.
A inclusão social diz respeito a uma política para conseguir lidar com as diferenças e tentar diminuí-las, corrigindo a exclusão de alguns grupos que sofreram por tanto tempo com a marginalização e desigualdade, como é o caso dos grupos LGBTQIA+, pessoas com deficiência, negros, e mulheres, que acabavam sendo afastado dos direitos sociais mais básicos, como o acesso ao mercado de trabalho, o lazer, a segurança, educação, entre outros, como a própria publucidade e participação em campanhas de marketing.
Através da representatividade temos a oportunidade de garantir aos PCDs maior autonomia e liberdade para que eles possam viver a vida como bem entenderem. Ter a impressão de que uma pessoa com deficiência não pode ou não consegue viver a vida “normalmente” é uma manifestação do capacitismo, ou seja, um preconceito que nos faz acreditar que as pessoas com deficiência não têm direito a viver a vida como as pessoas sem deficiência. Essa impressão foi passada de geração em geração, até alcançar os dias atuais, e por isso é tão difícil combatê-lo.
Quanto mais normalizada for a inclusão social, menor será o índice de discriminações, preconceitos a ocorrerem.
Uma sociedade cheia de padrões sofre com as mudanças necessárias e evolutivas que algumas pessoas apresentam.
Grupos representativos: uma mudança evolutiva
As pessoas marginalizadas que cansaram de sofrer, decidiram unir suas forças em busca dos seus direitos. É justamente essa a perspectiva que deve ser analisada quando mencionamos esses grupos. Quando outras pessoas, mesmo que não pertencentes ao grupo, optam por aderir a ele, e lutar junto, o movimento ganha força, e fica bem mais fácil convencer outras pessoas a também lutar pelos direitos das outras. Isso se chama empatia, e é uma palavra necessária, principalmente no momento em que vivemos.
Você conhece alguma empresa que trabalha com campanhas publicitárias de pessoas com deficiência?
- Johnson´s;
- AVON;
- OMO;
- OshKosh;
- Olympus;
- Inoar;
- Leader;
- Lorealparis;
Esses foram apenas alguns dos diversos exemplos que podemos citar. Por isso, antes de comprar algum produto, veja se essa marca respeita a inclusão social e a necessidade de dar a esse assunto uma maior visibilidade.
E aí, gostou do nosso artigo de hoje sobre a representatividade e a importância da inclusão e diversidade nas campanhas publicitárias? Com uma sociedade tão preconceituosa precisamos desmistificar muitas coisas para chegar ao ideal.
A Iigual já incluiu mais de 20 mil pessoas com deficiência no mercado de trabalho. A consultoria nasceu da experiência de vida do casal fundador Andrea Schwarz e Jaques Haber, quando Andrea se tornou cadeirante em 1998 aos 22 anos.
Somos especializados em ações de Inclusão e Diversidade com foco em recrutamento e seleção, palestras, treinamentos, acessibilidade física e digital, Censo da Inclusão e Diversidade e consultoria em D&I.
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Andrea Schwarz
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Jaques Haber