A contratação de pessoas com deficiência para compor o quadro de funcionários das empresas tem sido cada vez mais debatido, e justamente por isso, esse tema tem atraído os mais diversos olhares. Geralmente, quando falamos sobre a contratação de pessoas com deficiência, isso nos remete automaticamente à lei de cotas, de 1991, que prevê a obrigatoriedade na contratação de pessoas com deficiência para compor o quadro de funcionários nas empresas com mais de 100 funcionários.
Como a lei de cotas oferece alguns tipos de sanções para o descumprimento do que está disposto, a rotatividade das pessoas com deficiência nas empresas é muito superior do que o esperado,mas afinal, o que exatamente causa essa rotatividade? Você quer descobrir? Então fique ligado no nosso artigo.
Qual a principal causa da rotatividade de contratação de pessoas com deficiência nas empresas?
Essa pergunta, por mais difícil que pareça, tem uma resposta bem simples. A causa da grande rotatividade de contratação de PCD acontece porque a empresa não capacita o seu funcionário, e não oferece a ele todos os meios necessários à sua adaptação através das acessibilidades que estão disponíveis hoje.
Falar sobre a inserção da pessoa com deficiência no mercado de trabalho é um caminho longo, que deve ser percorrido desde o seu início.
Chega um momento em que todas as pessoas cansam de serem dependentes, e precisam buscar sua autonomia e sua liberdade financeira. Será que os caminhos até o mercado de trabalho são os mesmos para as pessoas com deficiência e para as pessoas sem deficiência? Deveria ser, mas infelizmente não é!
Por mais que as leis prevejam a igualdade, o ingresso da PCD ao ambiente escolar, ao ensino superior, essa realidade se encontra longe de ser ideal.
O cenário do nosso país infelizmente ainda não alcançou números significativos de ingresso e permanência nos ambientes escolares, e isso se dá, principalmente por conta de que a maioria desses espaços não respeitam a inclusão e a diversidade. As escolas em sua grande maioria não são adaptadas arquitetonicamente, e grande parte dos profissionais da educação também não estão preparados para uma acessibilidade comunicacional e metodológica, fazendo com que o ambiente permaneça sem sentido e inacessível para essa população.
Atualmente, 45 milhões de brasileiros possuem algum tipo de deficiência, e imaginar esse número expressivo de pessoas sem o acesso à educação e outros direitos, é basicamente inaceitável.
A realidade é que as pessoas com deficiência são privadas da educação desde pequenas, o que dificulta que essas pessoas consigam se especializar, ou ingressar no ensino superior, que também não é preparado para ensinar as pessoas com deficiência devido à toda falta de acessibilidade que também abarca esse ambiente.
Falta de acessibilidade no ensino fundamental, no ensino médio, no ensino superior, nas especializações, com todo esse cenário, como a pessoa com deficiência chega no mercado de trabalho sem qualificações, e experiências anteriores? Qual empresa se interessa em contratar e especializar esse funcionário pcd? Quantas empresas se preocupam com a acessibilidade e inclusão, e quantas delas estão somente tentando escapar das sanções da Lei de Cotas? Perguntas como essas colocam em cheque a realidade de um país assistencialista, que se preocupa com soluções imediatistas ao invés de, de fato, resolver o problema da inclusão social.
Como diminuir a rotatividade da contratação dos funcionários PCDs
Para diminuir a rotatividade de funcionários da empresa, não existe muito segredo, mas é muito importante você, como gestor, compreender que a trajetória da pessoa com deficiência foi muito mais complicada do que a das pessoas sem deficiência, principalmente por conta dos problemas expostos acima. E por isso, se você pretende permanecer com um funcionário por muito tempo, você precisará treiná-lo e especializá-lo diretamente.
Procure saber, antes de contratar a pessoa, quais são suas maiores dificuldades, e em qual área ela gostaria de se destacar. A partir dessa análise prévia, o contratante consegue analisar exatamente o que falta, para que o novo funcionário seja destaque.
A rotatividade dos funcionários também pode acontecer por conta da falta de acessibilidade no espaço empresarial, que pode ser arquitetônica (falta de adaptações físicas no ambiente de trabalho) , ou a falta de acessibilidade comunicacional (que consiste na dificuldade de comunicação entre o funcionário e o gestor, ou outros funcionários), outras formas comuns de acessibilidade também podem estar presentes dificultando mais ainda os problemas. Para essa situação, aconselha-se um mapeamento da empresa a fim de analisar todas as suas características, tanto físicas, quanto o perfil de cada funcionário que nela se encontra.
Realizar o mapeamento da empresa também já pode ajudar em outra causa da rotatividade da contratação de PCDs, que é a discriminação que eles podem estar sofrendo calados dentro da empresa onde trabalham. O mapeamento, que tem como objetivo analisar o perfil dos funcionários, já ajuda também nesse aspecto, indicando quais funcionários precisam de maior cuidado e preparo, por ainda não se ligarem na importância de promover a acessibilidade.
Diminuir a rotatividade na contratação, é basicamente uma obrigação unilateral da empresa, que se pretende ter os melhores funcionários, deve oferecer as melhores oportunidades de emprego. Os benefícios de uma empresa inclusiva vão além de qualquer contratação, pois promove um ambiente diverso, com pluralismo de ideias e opiniões, além de atrair diversos olhares de investidores que gostam de empresas que cumprem com seus compromissos jurídicos e também sociais.
Se você ainda não tem uma empresa inclusiva, ou se você estiver tendo muito problema com a rotatividade dos seus funcionários, além das dicas que nós oferecemos, você ainda pode procurar a ajuda de uma consultoria especializada para te ajudar a resolver diretamente o problema.
Gostou do nosso artigo sobre como reduzir a rotatividade da contratação de PCD? Não é difícil compreender suas causas, e solucionar esse problema, não é mesmo? Comece já, e não perca mais tempo.
A Iigual já incluiu mais de 20 mil pessoas com deficiência no mercado de trabalho. A consultoria nasceu da experiência de vida do casal fundador Andrea Schwarz e Jaques Haber, quando Andrea se tornou cadeirante em 1998 aos 22 anos.
Somos especializados em ações de Inclusão e Diversidade com foco em recrutamento e seleção, palestras, treinamentos, acessibilidade física e digital, Censo da Inclusão e Diversidade e consultoria em D&I.
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Andrea Schwarz
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Jaques Haber