Fazer a triagem de currículo é uma tarefa que costuma levar tempo e ser uma parte complexa do processo de recrutamento e seleção. Em especial, para quem tem a inclusão como um valor e quer que essa parte seja inclusiva.
O que é a triagem de um currículo?
Pode-se dizer que a triagem do currículo é a segunda etapa de um processo de seleção, sendo que a primeira, neste caso, representa a fase em que a vaga fica disponível em algum meio de mídia para que os candidatos possam se inscrever.
Após saber quantos têm interesse em trabalhar na empresa, é a hora de avaliar quais são os que mais se adequam a vaga. Essa aderência pode ser medida tanto em termos de:
- competências;
- habilidades;
- experiência;
- escolaridade
Quanto também pelo tanto que o perfil é compatível com a cultura da empresa. Assim, é uma etapa que requer um exame cauteloso para selecionar, em média, 75% daqueles que estão dentro daquilo que se espera.
Qual é a importância da etapa de triagem de currículo?
Conduzir bem a etapa da triagem de currículo é importante, pois assim como uma boa descrição de vaga, ela pode otimizar tempo não apenas para si, como ainda para os candidatos. Bem como, porque ela pode gerar impacto positivo para o time e para a empresa.
Uma vez que se a pessoa que for selecionada souber trabalhar em equipe e detiver a técnica certa para desempenhar seu cargo, a rotina de todos pode seguir bem, do contrário, pode haver desafios na gestão de pessoas.
Dessa forma, é preciso garantir que os perfis sejam capazes de cumprir suas funções e também que tenham uma boa adequação a cultura da organização. Para tanto é crucial checar além das qualificações mínimas.
Como fazer uma boa triagem de currículo?
Para fazer uma boa triagem, antes de começar a analisar os currículos, é essencial saber quais são os requisitos indispensáveis para a vaga. Isso pode incluir habilidades técnicas, experiência prévia, formação acadêmica, entre outros.
Além disso, é vital que a análise seja objetiva. Portanto, durante a avaliação dos currículos, é importante manter um olhar objetivo e imparcial. Focar nos critérios pré-definidos ajuda a evitar vieses e a selecionar com base em mérito.
Desse modo, a avaliação de experiências, por exemplo, deve levar em conta aspectos relevantes. Ou, em outras palavras, ela deve dar atenção apenas ao que é relevante para a vaga, o que pode incluir:
- projetos anteriores;
- responsabilidades específicas;
- conquistas relevantes.
Por fim, certifique-se de que os candidatos possuam as qualificações mínimas necessárias para as funções da vaga. Isso pode envolver verificar certificados, diplomas ou licenças.
Compreendendo os valores da empresa
Além de avaliar as competências técnicas, é preciso considerar se o perfil se alinha aos valores e a cultura da empresa. Por isso, é interessante compreender bem quais são os valores para facilitar na hora que o RH tiver de:
- definir critérios claros;
- fazer análises objetivas;
- avaliar de forma relevante.
Conhecendo os valores da empresa e seguindo estes passos, é mais fácil encontrar um perfil que engaje no longo prazo. Ou seja, um que vai passar por uma integração mais suave e sem causar prejuízo a união da equipe.
Como fazer uma triagem de currículo inclusiva?
Fazer a triagem de currículos de forma inclusiva, envolve garantir que todos os candidatos tenham uma chance justa de serem considerados para a vaga. Em primeiro lugar, é crucial usar uma linguagem clara e direta nos critérios de seleção.
Logo, é necessário evitar jargões ou termos que possam excluir candidatos qualificados de minorias sociais. Para isso, vale passar as informações com os requisitos com uma linguagem que seja acessível.
Em seguida, priorize as habilidades e competências úteis para o cargo, em vez de experiências específicas que possam excluir candidatos com diferentes trajetórias profissionais. Considere a diversidade em todas as suas formas, o que inclui:
- gênero;
- etnia;
- idade;
- deficiências;
- origem socioeconômica.
Isso pode ser feito por meio de treinamentos para os recrutadores e políticas claras de diversidade e inclusão.
Dito de outra forma, se por um lado quem recruta deve fazer uma análise minuciosa de alguns pontos, por outro lado, devem estar cegos para outros aspectos. Sobretudo, para aqueles que tem forte ligação com os vieses inconscientes.
O que não ver
Para evitar os tão temidos vieses inconscientes é importante não ver algumas informações, por exemplo, a idade, o gênero, o bairro onde mora e a faculdade em que se formou. Até mesmo o nome muitas vezes é melhor evitar saber qual é antes da seleção.
Isso porque, querendo ou não, alguns nomes e sobrenomes podem soar melhores ou não sem que a pessoa sequer perceba que tem essa preferência ou preconceito. Para não haver isso, o ideal é usar softwares que possam buscar apenas dados específicos.
Porém, na ausência de um destes, também é possível começar a omitir os dados pessoais dos candidatos para que eles não exerçam influência na escolha.
Como otimizar a triagem de currículo?
Existem várias formas de otimizar a triagem dos currículos, entre elas, ter uma definição clara dos objetivos da seleção. Mas não apenas isso, como ainda muitas outras táticas, tais como padronizar a avaliação com uso de checklist ou matriz de avaliação.
A depender da vaga, é possível aplicar testes ou até mesmo fazer projetos práticos para avaliar melhor as competências dos candidatos antes da fase de entrevistas.
Outro ponto importante é treinar o RH online para que ele entenda melhor como agem os vieses e ainda, para saber como aplicar as técnicas que são mais inclusivas.
Se possível, use softwares ATS, pois eles ajudam na triagem inicial, por meio da análise de currículos com base na busca de palavras-chave e critérios definidos pela própria empresa.
Isso torna o processo de recruta mais rápido e eficaz. Afinal, ele olha de forma automática e objetiva cada um dos perfis. E também é mais seguro para evitar os vieses.
Outros recursos
Outros recursos que podem ajudar são as redes sociais e os sites de carreira, tais como o LinkedIn. Isso porque, eles podem ampliar o alcance de candidatos mais diversos. Outra opção é usar bancos de dados que contam com perfis já avaliados.
A inteligência artificial também pode servir para prever o sucesso de um perfil, o que é uma ótima forma de otimizar o processo. No entanto, é crucial escolher bem a IA e ter uma boa base de dados para informar métricas úteis para as variáveis.
Por fim, ao seguir essas dicas é possível ter uma etapa de triagem mais rápida e inclusiva. Afinal, esta é uma fase que leva um bom tempo, mas que pode ser concluída com exito antes do previsto ao seguir um padrão.
Lembre-se que coletar dados e ter métricas é um passo essencial para a melhoria contínua dos resultados. E para uma consultoria de inclusão, conte com a iigual. Então, entre no site e veja como a empresa pode lhe ajudar nesse processo.