Infelizmente por um longo tempo, muitas empresas só optaram pela contratação de PCDs por conta da lei que os obrigam a fazer isso. Porém, de uns tempos para cá a contratação de PCDs tem aumentado de forma significativa.
Nos últimos anos algumas empresas estão mudando a sua cultura de inclusão e estão contratando pessoas com deficiência além da cota exigida pelo governo.
Mas infelizmente com a chegada da pandemia a contratação de pessoas com deficiência reduziu significativamente. Em um curto período de tempo milhares de vagas destinadas a pessoas com deficiência foram fechadas.
Embora saibamos que a crise da pandemia impactou o mercado de trabalho também em relação a pessoas sem deficiência, sabemos também que minorias sempre são prejudicadas em maior escala.
Mas por que as empresas não estão contratando pessoas com deficiência durante a pandemia? Algo mudou? Neste artigo vamos abordar algumas mudanças que ocorreram na contratação de PCD durante a pandemia.
Você verá também alguns receios comuns dos empregadores nesse período e as barreiras que foram impostas às pessoas com deficiência durante a pandemia.
Além disso, vamos ver as vantagens de implementar o trabalho remoto a fim de contratar pessoas com deficiência de forma segura.
Pandemia dificultou a contratação de PCDs nas empresas
O desemprego aumentou acentuadamente como resultado da crise do COVID-19, especialmente entre as pessoas com deficiência.
Pessoas com deficiência foram afetadas de forma desproporcional pelo coronavírus e suas consequências econômicas.
Antes da pandemia a contratação de pessoas com deficiência no mercado formal de emprego estava em ascendência considerável, porém muitos empresários optaram por não fazer a contratação de PCD durante a pandemia.
Talvez muitos desses empresários ficaram com medo dos direitos que teriam que ceder aos trabalhadores com deficiência nesse período de crise de saúde.
Porém eles acabaram perdendo mão de obra capacitada e talentos experientes ao decidir não contratar essas pessoas.
Mas com certeza podemos dizer que os mais prejudicados foram os trabalhadores que com certeza querem preservar a sua saúde, mas ao mesmo tempo estão em busca de oportunidades que promovam sua segurança física ao mesmo tempo que fornecem mão de obra.
Por que alguns optaram por não fazer a contratação de PCDs durante a pandemia
A pandemia tem impactado negativamente as práticas de inclusão dos empregadores. Em uma pesquisa alguns empresários disseram que uma barreira para a contratação de PCD era a preocupação de que eles não seriam capazes de apoiá-los adequadamente durante a pandemia. Outros admitiram que seria menos provável no geral contratar alguém com deficiência.
Os empregadores em geral acham que por serem pessoas com deficiência, os PCDs não vão conseguir cumprir com as suas atividades durante o período de crise. Mas o que acontece, é que na verdade os empregadores não estão dispostos a aderir a projetos de inclusão na pandemia e adequar os processos da empresa às necessidades de trabalhadores com deficiência.
Modalidades remotas de trabalho e escalonamento de equipes são formas simples de manter não só os trabalhadores com deficiência, mas toda equipe trabalhando em segurança durante a pandemia.
É verdade que tanto os pequenos, como os grandes empresários sofreram impactos financeiros durante esse período, mas no que tange a contratação de PCD nesse período, muitos deixaram de fazê-la por mero comodismo.
Direitos de pessoas com deficiência durante a pandemia
Durante a pandemia, o governo federal estabeleceu algumas medidas de enfrentamento da crise, bem como medidas para a manutenção de empregos durante esse período.
Essas medidas foram abrangentes para os trabalhadores em geral, mas também tiveram algumas medidas específicas para pessoas com deficiência.
Durante o período de pandemia fica proibida a demissão sem justa causa do trabalhador com deficiência. Durante esse período, as empresas não podem diminuir a cota de contratação de PCDs, pois não existe nenhuma lei que apoie essa ideia.
Além disso, ficou estabelecido para todos os trabalhadores a possibilidade de redução da jornada de trabalho bem como do salário.
Algumas empresas adotaram o sistema de trabalho remoto a fim de manter os empregos. Para as empresas que possuem trabalhadores com deficiência essa é uma ótima opção. Mas a fim de manter o trabalhador confortável, sua estação de trabalho adaptada poderá ser deslocada para a sua casa se assim for possível.
Novas barreiras para pessoas com deficiência que procuram emprego na pandemia
Antes da pandemia muitas barreiras já existiam para as pessoas com deficiência conseguirem um emprego e conseguirem se manter em um emprego por conta da falta de acessibilidade e inclusão que alguns ambientes possuem.
Durante a pandemia essas barreiras são ainda maiores para essas pessoas e novas barreiras surgiram também.
Veja a seguir algumas barreiras que surgiram nesse período e os empregadores precisam estar atentos a essas barreiras a fim de tentar minimizá-las se possível.
Risco de infecção no local de trabalho
Pessoas que trabalham pessoalmente em lojas físicas ou em serviços estão constantemente sob risco de exposição ao vírus. Muitas pessoas são clinicamente frágeis ou imunocomprometidas, tornando sua exposição potencial ainda mais preocupante.
Sendo assim, os empregadores precisam estar atentos para evitar exposições desnecessárias dos trabalhadores com deficiência.
Barreiras no transporte público
Muitos indivíduos com deficiência dependem do transporte público para chegar ao trabalho. Existem muito poucas redes de transporte público em todo o país que são totalmente acessíveis para pessoas com deficiência, e esse problema só é agravado pela ameaça de contrair o coronavírus em trânsito.
Estabelecer trabalho remoto e propiciar comodidade nessa forma de trabalho, é uma ótima solução para lidar com essa barreira.
Abordagem de tamanho único para a segurança no local de trabalho
A segurança não deve custar a inclusão no local de trabalho. Para alguns, cumprir os protocolos de segurança da COVID-19 é difícil, especialmente no que se refere ao distanciamento social e ao uso de equipamentos de proteção individual.
Indivíduos com deficiência enfrentam essas barreiras e outras em seus esforços para continuar no trabalho, mas todos esses são desafios que os empregadores precisam estar atentos para resolver.
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A Iigual já incluiu mais de 20 mil pessoas com deficiência no mercado de trabalho. A consultoria nasceu da experiência de vida do casal fundador Andrea Schwarz e Jaques Haber, quando Andrea se tornou cadeirante em 1998 aos 22 anos.
Somos especializados em ações de Inclusão e Diversidade com foco em recrutamento e seleção, palestras, treinamentos, acessibilidade física e digital, Censo da Inclusão e Diversidade e consultoria em D&I.
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Jaques Haber