Atualmente, a preocupação com a igualdade de pessoas com deficiência em nossa sociedade tem aumentado, e isso pode ocorrer principalmente por conta de uma maior visibilidade que permite que esse assunto seja colocado em pauta.
Por se tratar de um assunto pouco abordado, poucas pessoas realmente conhecem a realidade das pessoas com deficiência, e suas dificuldades para fazerem parte dos direitos sociais.
É justamente diante dessa perspectiva que precisamos cuidar da contratação de PCD, desde o momento do processo seletivo.
As empresas que se preocupam com resultados além da lei de cotas, sempre tomam muito cuidado na hora de contratar a pcd, pois sabem que desde o início da contratação de pcd os gestores devem tomar certos cuidados para evitar algumas situações indesejáveis.
É comprovado que as empresas inclusivas apresentam resultados muito mais positivos do que as empresas que não trabalham com a diversidade. Precisamos nos atentar ao fato de que uma empresa que cumpre a lei de cotas, não necessariamente é uma empresa inclusiva. Ser inclusiva vai além da lei, e está ligada às acessibilidades que devem ser oferecidas desde a contratação de pcd.
O que diz a Lei de Cotas sobre a contratação de PCD
A lei que trata das cotas em empresas surgiu em 1991, mas foi regulamentada através de decreto no ano de 2004. A lei prevê a obrigatoriedade da destinação de 2% a 5% das vagas nas empresas que tiverem mais de 99 funcionários, sendo dividida da seguinte forma:
- De 100 a 200 empregados – 2% de trabalhadores com deficiência;
- De 201 a 500 empregados – 3% de trabalhadores com deficiência;
- De 501 a 100 empregados – 4% de trabalhadores com deficiência;
- Acima de 1000 empregados – 5% de trabalhadores com deficiência (cota fixa).
Com certeza o surgimento da lei já foi uma grande evolução em relação à integração do PCD ao mercado de trabalho, porém, a mera integração não é suficiente para que o PCD alcance sua autonomia. É preciso combinar a possibilidade de integração com a inclusão social ao mercado de trabalho
A inclusão tem um sentido mais amplo, e abrange a acessibilidade, e a importância de garantir que essas pessoas consigam se sentir parte do todo, não promovendo somente o acesso ao mercado, mas garantindo sua permanência. Mas afinal, você sabe quais tipos de acessibilidade podemos encontrar em uma empresa inclusiva?
- Acessibilidade Arquitetônica: como o próprio nome já diz, essa acessibilidade diz respeito à eliminação de barreiras seletivas no ingresso a locais públicos ou particulares, especialmente no ambiente de trabalho. É a priorização de acesso para todos sem distinção. Pode ser feita através da implementação de rampas de acesso, banheiros adaptados, elevadores adaptados, piso tátil, acesso à informações em braile e libras, tudo isso a fim de garantir uma maior autonomia e independência.
- Acessibilidade Atitudinal: refere-se à eliminação de barreiras, através de atitudes de percepção do outro sem preconceitos ou discriminações. É demonstrada quando existe por parte do Estado interesse na promoção da redução das desigualdades sociais, podendo ser feito através da criação de projetos, ou da priorização de recursos destinados à acessibilidade
- Acessibilidade nas comunicações: é a necessidade de eliminação de barreiras na comunicação interpessoal, principalmente nas situações em que as pessoas precisam se manifestar para pedirem ajuda, solicitar informações, ou explicar alguma coisa que está sendo solicitada, e justamente diante dessa perspectiva é que toda a empresa deve estar pronta para contratação de pcd previamente
No início, quando a lei foi criada, as empresas não se preocupavam com a inclusão, mas somente com a integração, deixando os profissionais com deficiência desmotivados e sem os aparatos necessários para que eles pudessem desempenhar seu serviço com destreza.
A partir desse momento, as empresas começaram a notar que os outros estabelecimentos que garantiam a acessibilidade, se sobressaiam aos que não tinham essa preocupação, recrutando os melhores profissionais com deficiência, e dando a eles a oportunidade de desempenharem cada vez melhor os seus serviços, dispensando a alta rotatividade e inconstância dos funcionários pcd.
Acompanhando o funcionário pcd: do processo seletivo à inclusão
Não é difícil monitorar o funcionário pcd quando sua empresa respeita a inclusão. De certa forma, isso quer dizer que a empresa inclusiva respeita algumas metodologias de funcionamento para garantir o crescimento do seu nicho.
Uma delas que é muito conhecida é o mapeamento da empresa, e os censos de diversidade, que servem para analisar toda a estrutura da empresa, desde as adaptações físicas, até a análise comportamental do perfil de cada funcionário.
Para contratar uma pessoa com deficiência, sua empresa não precisa de adaptações mirabolantes, mas ela precisa, minimamente, garantir a todos que estão lá dentro a igualdade.
Saiba identificar, dentro da sua empresa, quais são os níveis de aceitação e rejeição. Para que a sua empresa seja inclusiva, todos os funcionários que estão presentes devem colaborar e ajudar a tornar o ambiente diverso e inclusivo. é muito comum, em alguns casos, que algum dos colaboradores seja uma pessoa preconceituosa, por isso é tão importante trabalhar intensamente a receptividade de alguns colaboradores para com outros. O RH das empresas costumam desempenhar um papel muito importante nessa direção. Somente a partir do trabalho dele, é que o ambiente da empresa pode se tornar inclusivo e garantidor de igualdade.
Desenvolva na sua empresa formas de capacitar o empregado, e desenvolver suas habilidades através do preparo necessário.
Não tenha medo de pedir ajuda. Se você não sabe como implementar todas essas dicas na sua empresa, não fique nervoso! Procure uma consultoria especializada PCD, pois ela sabe exatamente como realizar esse mapeamento e aplicar essas mudanças, garantindo assim, uma maior igualdade na contratação de pcd.
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A Iigual já incluiu mais de 20 mil pessoas com deficiência no mercado de trabalho. A consultoria nasceu da experiência de vida do casal fundador Andrea Schwarz e Jaques Haber, quando Andrea se tornou cadeirante em 1998 aos 22 anos.
Somos especializados em ações de Inclusão e Diversidade com foco em recrutamento e seleção, palestras, treinamentos, acessibilidade física e digital, Censo da Inclusão e Diversidade e consultoria em D&I.
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Jaques Haber