A vida oferece a todos algum grau de limitação, bem como, a capacidade de superação. Dessa forma, conhecer histórias de pessoas que ultrapassaram os limites, se reinventaram e transformaram suas jornadas, pode ser uma grande fonte de inspiração.
Quais são as principais histórias de superação?
Elencar as principais histórias de superação é algo muito difícil, em especial, ao ampliar o olhar para ver o mundo como ele é: plural e diverso. Isso porque, há muita gente que parece ter a capacidade de superar os desafios mais do que outros.
Isto é, há quem supere, por exemplo, a saída de um relacionamento que deixou marcas e traumas. Do mesmo modo, há quem supere a pobreza e há ainda quem dê a volta por cima apesar das deficiências, das condições e de doenças.
As formas que as pessoas encontram para se reinventarem e ir além dos limites que sua própria mente e a sociedade impõe, também são as mais variadas possíveis.
Então, como as histórias são muitas e a seleção pode ser desafiadora, veja duas delas que tem relação com esporte e empreendedorismo que vão te inspirar.
Existem histórias de superação no esporte?
Há várias histórias de superação no esporte e os eventos paralímpicos são a prova disto, contudo, a trajetória do Pauê, é uma das que mais surpreende. Paulo Eduardo Chieffi Aaagard nasceu em Santos–SP no ano de 1982.
Jovem ativo e amante de vários esportes, em especial, do surfe, teve que se refazer aos 18 anos após sofrer um acidente em uma linha de trem. Em relatos, os socorristas que atenderam contam que no primeiro momento, a sua preocupação era viver.
Foram 58 dias de internação. Parte de suas duas pernas foram amputadas. Mesmo com o pesar da nova condição, com o apoio da família, da fé e de sua própria mente, começou a se adaptar a sua nova forma de trilhar a vida.
Como foi a superação?
Conforme um documentário que conta sua história, a superação, embora gradual, começou logo. Isso porque, Pauê, muito ativo e divertido, começou a receber convites dos médicos para conversar com outros pacientes que estavam lidando com uma situação semelhante.
Ele próprio conta, em outras palavras, que, ao mesmo tempo que inspirava e motivava, também se enchia de forças para trilhar sua jornada. Assim, em algum tempo, incentivado por um treinador de atletas de alto rendimento, estava reaprendendo a nadar.
Conforme o treinador, tudo foi novo para os dois, pois ele na época, também não tinha experiência em trabalhar com deficientes físicos, mas que logo percebeu que ele tinha o preparo e a mente para o alto rendimento e não pegou leve.
Em média, um ano após o acidente, Pauê foi considerado pela mídia especializada como o primeiro surfista biamputado do mundo. E não parou por aí, começou a
- correr;
- nadar;
- pedalar.
Foi campeão de Triátlon na categoria biamputado. Vale destacar que ele participou de várias competições concorrendo com todos os outros, ou seja, com pessoas sem deficiência e com classificações ótimas ao levar em consideração que ele é biamputado.
Méritos além dos esportes
Além dos esportes, Pauê também se tornou palestrante, lançou um livro e um documentário que conta sua trajetória. Desenvolveu um método próprio para inspirar e motivar outros. E ganhou o prêmio “Faz a Diferença” do Jornal o Globo na categoria educação.
Suas palestras e sua forma leve e dinâmica de encarar a vida inspiram e motivam crianças, jovens e adultos. O filme Pauê – O passo de um vencedor está disponível no YouTube. Assista e se inspire.
Há também histórias de superação feminina?
Há várias histórias incríveis de superação feminina, entre as principais está a de Andrea Schwarz. Déa, como é mais conhecida pelos seguidores atualmente, tornou-se cadeirante em 1998, devido a uma má formação congênita na medula espinhal.
Na época, com 22 anos, ela e o Jaques, eram apenas namorados e além dos desafios pertinentes a nova condição, teve, como mulher cadeirante, que lidar com várias outras questões, além da descoberta da falta de acessibilidade no país.
Para começar, por preconceito, muitos não acreditavam que a relação iria seguir, mas o amor superou o medo e 4 anos depois, eles estavam casados. Após isso, enfrentou dúvidas em relação se seria possível engravidar e como seria esse processo.
Mas, logo elas passaram e eles tiveram primeiro o Gui e em seguida, o Leo. Assim, Andrea, hoje é:
- mãe;
- esposa;
- empreendedora;
- palestrante.
Não apenas isso, como tem um livro publicado, é ativista em prol da acessibilidade, empreendedora social, influenciadora digital e consultora de inclusão.
O salto
Andrea Schwarz fez e faz muita coisa, sobretudo, após se tornar cadeirante. Em outras palavras, ela costuma dizer que “parou de andar e aprendeu a voar”. É uma voz muito expressiva e inspira muitas pessoas com seu ativismo por um mundo mais plural e diverso.
Contudo, algo que chama muito atenção e é fonte de inspiração, é que como boa parte das mulheres, ela faz tudo isso de salto alto.
A iigual
Andrea Schwarz é ainda fundadora e CEO da iigual, uma empresa de consultoria de inclusão e outros serviços que acredita, entre outras coisas, que a diversidade é um fato, a inclusão é um ato e que a acessibilidade começa com intenção e atitude.