Se você está pensando sobre contratação de PCD, leia nosso artigo e saiba tudo desde o processo seletivo à integração.
Muitas vezes, poucas pessoas entendem a real necessidade de debater assuntos que envolvem as pessoas com deficiência. Isso advém do surgimento de uma sociedade pautada em muito preconceito e discriminação. Por muito tempo as pessoas com deficiência eram invisíveis, e as pessoas pouco se importavam, ou sequer conheciam a importância da representatividade e da igualdade.
É importante analisarmos que, por conta dessa marginalização das pcds, elas foram excluídas dos direitos sociais e básicos de todos os cidadãos, como por exemplo o direito à educação, e, consequentemente, ao mercado de trabalho.
A busca por oportunidades cada vez maiores por parte das pessoas com deficiência fez com que o Estado precisasse assumir um papel de garantidor, pois frente a uma sociedade preconceituosa como a nossa, poucas empresas se preocupavam em destinar suas vagas para pessoas com deficiência.
Assim surgiu a Lei de Cotas, que vigora desde o ano de 1991, trazendo em sua letra da lei a obrigatoriedade de contratação de PCD. Quer entender um pouco melhor sobre essa lei?
Lei de cotas: quais foram as mudanças trazidas por ela?
Antes de ser instituída a obrigatoriedade de contratação de pessoas com deficiência, o índice de empresas que forneciam oportunidades de emprego para pessoas com deficiência beirava o zero. A principal mudança trazida por essa lei, foi a obrigatoriedade da destinação de vagas para contratação de pcd e reabilitados do INSS, nas empresas que tiverem 100 funcionários, se dividindo da seguinte forma:
- De 100 a 200 empregados – 2% de trabalhadores com deficiência;
- De 201 a 500 empregados – 3% de trabalhadores com deficiência;
- De 501 a 100 empregados – 4% de trabalhadores com deficiência;
- Acima de 1000 empregados – 5% de trabalhadores com deficiência (cota fixa).
Infelizmente, mesmo com toda a legislação, muitas pessoas, mesmo que consigam a oportunidade de emprego, não conseguem permanecer na empresa por conta da falta de inclusão e das acessibilidades necessárias.
Não adianta falar sobre inclusão se a empresa adere ao que está na lei simplesmente para escapar das sanções e prestações pecuniárias.
Diferentemente do que as pessoas costumam pensar, a experiência da pessoa com deficiência se inicia desde o processo seletivo. A empresa precisa se preparar, e preparar seus funcionários para que todos estejam cientes do que é de fato uma contratação de PCD.
A lei obviamente exige algumas formalidades, como a garantia de acessibilidade, mas a verdade é que isso não é fiscalizado com eficácia, dando brechas para que as empresas não cumpram o seu papel como deveriam.
Contratação de PCD: como garantir igualdade do início ao fim
Quando a pessoa com deficiência procura um emprego, ela deve receber todas as oportunidades que uma pessoa sem deficiência recebe. Isso significa dizer que as acessibilidades necessárias precisam ser garantidas desde o processo seletivo, afinal, sem uma rampa de acesso, e ou elevador adequado, uma pessoa com deficiência física pode sentir dificuldades de ingressar na sua empresa, enquanto isso não parece ser um obstáculo para pessoas sem deficiência. Além desse exemplo, a presença de um intérprete de sinais também pode ser necessário a uma efetiva comunicação. Tudo isso faz parte de uma experiência única, que trará resultados muito agradáveis tanto para a empresa, quanto para o funcionário pcd.
Grande parte dos assuntos que envolvem as minorias, por muito tempo foram silenciados, e atualmente existe uma grande dificuldade em inseri-los no nosso dia a dia. Tudo isso conjuntamente com o fato de que as pessoas têm certo desinteresse nesses temas, faz com que muitos tabus sejam criados, acompanhados de muitas mentiras. Mesmo com o passar do tempo, alguns empresários acham que a contratação de pcd exige uma série de burocracias, mas isso não é bem verdade. A empresa que está disposta a colher os bons frutos dessa contratação, sabe que toda mudança exige certo esforço. Esforço que, na realidade, são tentativas de inclusão que não deveriam sequer existir se a nossa sociedade fosse um pouco mais empática e igualitária.
Para garantir uma experiência positiva, e fornecer a igualdade do processo seletivo à integração, é aconselhável que se busque uma consultoria especializada pcd, pois da forma correta, ela aplicará as adaptações necessárias, fornecerá cursos e promoverá a inclusão efetiva dessa contratação de PCD.
Além de sugerir a contratação da consultoria especializada, você, como gestor, também pode se preparar através da realização de censos de diversidade, que serão preparados para os funcionários já existentes na empresa a fim de analisar se eles estão preparados para essa inclusão, e definir como deve ser o seu treinamento caso seja necessário. Esse censo é simples, e podem ser encontrados alguns modelos em sites diversos para facilitar a sua abordagem de acordo com os perfis da sua empresa e funcionário.
As acessibilidades se dividem em grupos, e oferecem desde possibilidades melhores de locomoção até a possibilidade de comunicação e compreensão, seja nos diálogos, nos sites, ou seja, onde for! Por isso devemos enxergá-las como agentes possíveis de criar um cenário de igualdade que irá garantir o crescimento do funcionário na empresa, diminuindo a rotatividade e troca de pessoas.
A garantia de um processo de contratação justo e igualitário é umas das principais formas de comprovar que as pcds são pessoas totalmente capazes de viverem suas vidas com liberdade e autonomia, e para a nossa sociedade, essa demonstração é muito importante.
Procure trabalhar sempre a conscientização, tanto dos funcionários, quanto de outras empresas, afinal, somente a partir das nossas atitudes é que seremos capazes de recuperar toda a liberdade e participação que por tanto tempo foi privada das pessoas com deficiência.
E aí, você gostou do nosso artigo de hoje sobre a igualdade na contratação de pcd? Esse é um tema muito importante, e deve ser evidenciado, especialmente porque alguns gestores acreditam que a igualdade deve ser oferecida somente após o processo seletivo.
Compartilhe com os seus amigos sobre esse tema tão especial, e seja também um agente nessa mudança do mundo!
A Iigual já incluiu mais de 20 mil pessoas com deficiência no mercado de trabalho. A consultoria nasceu da experiência de vida do casal fundador Andrea Schwarz e Jaques Haber, quando Andrea se tornou cadeirante em 1998 aos 22 anos.
Somos especializados em ações de Inclusão e Diversidade com foco em recrutamento e seleção, palestras, treinamentos, acessibilidade física e digital, Censo da Inclusão e Diversidade e consultoria em D&I.
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Andrea Schwarz
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Jaques Haber