O trabalho assalariado é aquele no qual a pessoa recebe um valor mensal pelo serviço que realiza. No entanto, nem sempre a remuneração é igual para todos, mesmo quando exercem as mesmas funções, por isso, há um esforço para atingir a equidade.
O que é a equidade no trabalho assalariado?
A equidade no trabalho assalariado nada mais é do que pagar o mesmo salário a pessoas que exercem funções idênticas, com igual perfeição técnica, independente de aspectos físicos ou sociais, tais como:
- gênero;
- idade;
- deficiência física;
- etnia.
As pessoas com deficiência, de fato, enfrentam mais dificuldades para conseguir um emprego formal. Conforme o levantamento do IBGE de 2019, menos de 30% desse grupo, em idade economicamente ativa, tinha um trabalho com vínculo em carteira.
Entre aqueles que exercem uma função com salário fixo, o valor que recebem é, em média, R$ 1000 a menos do que as que não têm deficiência.
Quais são os motivos para a desigualdade salarial?
O preconceito ainda é um fator que influencia na questão, uma vez que muitos têm a percepção equivocada de que uma pessoa com deficiência não possui a mesma capacidade de produção daquelas que não têm.
Outro ponto que tem peso na questão salarial é que nem sempre é fácil o acesso à educação inclusiva. Dessa forma, a falta de uma formação técnica também pode limitar os ganhos.
Quais normas tratam sobre a equidade no trabalho assalariado?
Para promover a igualdade no trabalho assalariado, há diversas leis que tentam coibir a discriminação, sendo a mais recente a de n.º 14.611/2023, que estabelece que não deve haver diferença na remuneração entre homens e mulheres.
O Estatuto das Pessoas com Deficiência, de igual forma, prevê que as empresas devem pagar o mesmo salário para o trabalho de mesmo valor.
Essas iniciativas são formas de coibir a discriminação no ambiente de trabalho e as empresas estão sujeitas a fiscalização e multas, caso se constate algum tipo de conduta como essa.
Qual é a importância de aplicar a equidade no trabalho assalariado?
Oferecer uma remuneração equânime no trabalho assalariado é uma forma de praticar a justiça social. Afinal, como prevê a Constituição Federal, todos são iguais perante a lei, sem distinção quanto à origem ou condições físicas e sociais.
Isso traz mais satisfação entre a equipe, o que reflete na produtividade, uma vez que todos se sentem valorizados por seus trabalhos. Além disso, reduz a rotatividade e com isso, os custos da empresa com rescisões e para treinar novas pessoas.
Tais ações têm ainda um impacto positivo para o mercado, o que pode melhorar a imagem da empresa. Por isso, muitas companhias criam planos de inclusão de deficientes no mercado de trabalho, com equidade de salários.
Cumprimento das leis
No aspecto legal, as empresas também devem ajustar sua conduta para não haver diferença entre salários de pessoas que exercem a mesma função. Isso não quer dizer que não se pode criar uma estrutura de cargos, com base em critérios como:
- experiência;
- formação;
- tempo na função.
O que se proíbe é pagar menos para uma pessoa que executa o mesmo trabalho, em iguais condições, em razão de um aspecto físico ou de origem.
Como promover a equidade no trabalho assalariado?
Um passo importante para atingir a equidade no trabalho assalariado é ter transparência, ou seja, divulgar às equipes e candidatos as faixas salariais para cada um dos cargos e níveis, bem como:
- definir quais são as exigências para cada nível;
- criar políticas de promoção e premiação.
Vale destacar que a equidade deve levar em conta as diferenças entre os membros do time. Ou seja, se existe um déficit na formação de uma pessoa, porque não teve acesso à educação técnica, isso a coloca em desvantagem em relação aos demais.
Para sanar esses problemas, é possível investir em planos de capacitação interna. Dessa forma, valoriza-se o capital humano e as habilidades que a pessoa já tem, mas dá a chance de melhorar em aspectos essenciais para a empresa.
Com isso, todos ganham, uma vez que o negócio consegue reter talentos e criar equipes que atuam em harmonia, alinhadas à cultura interna. Por outro lado, motiva as pessoas a crescerem e aprenderem mais para executar suas funções.
Avaliações de desempenho
Outro ponto vital para criar uma política de salários justa é avaliar os membros da equipe com frequência, a fim de acompanhar sua evolução. Dessa forma, os líderes podem dizer quais pontos a melhorar e ajudar a pessoa a crescer dentro da empresa.
Com isso, o time tem uma visão clara do que a empresa leva em conta para uma promoção, por exemplo. Assim, há um menor risco de conflitos, além de engajar mais as equipes para atingirem as metas.
Qual é o papel do RH?
O setor de RH faz a conexão entre os empregados e gestores, uma vez que precisa ouvir as demandas de ambos. Nesse contexto, tem um papel crucial desde a seleção para informar quais são as diretrizes de salário da empresa.
Também cabe ao setor analisar se os líderes aplicam as políticas de cargos da forma correta. Além disso, podem usar recursos como pesquisas de satisfação e clima para avaliar se há pontos de melhoria.
A iigual oferece suporte para empresas que desejam aplicar a inclusão em seus times internos, com treinamentos e auxílio na seleção de pessoas com deficiência para vagas em aberto. Entre em contato e torne seu negócio mais diverso e inclusivo.