Nos setores de uma empresa, a inclusão de pessoas com deficiência é vital para promover a diversidade e criar espaços cada vez mais diversos e equitativos. O artigo abaixo, então, traz os principais desafios dessa prática e como superar essas barreiras. Leia e saiba mais.
Quais são os desafios na seleção de pessoas com deficiência nos diversos setores?
Alguns setores podem enfrentar desafios na seleção de pessoas com deficiência, como, por exemplo, os ligados à acessibilidade física. Além disso, o preconceito pode ser uma barreira nesse processo, bem como a adaptação às tarefas e aos espaços.
Acessibilidade física
Esse é um requisito legal em muitos países que buscam promover a inclusão no trabalho e, assim, precisam ser aplicadas em todos os setores. Essa lei, aliás, afirma que as empresas devem ter:
- rampas;
- elevadores (se for preciso);
- banheiros adaptados;
- espaços largos e de fácil acesso para cadeiras de rodas.
A falta de um local acessível não apenas dificulta o acesso e o trânsito de pessoas com deficiência, mas também pode criar um ambiente desigual e, assim, excluir esse público das vagas de emprego.
Preconceito e estereótipos
Os preconceitos e os estereótipos são os desafios mais comuns, uma vez que a deficiência ainda é um tabu nas seleções de trabalho. Isso porque, muitas empresas podem ter visões limitadas sobre as aptidões físicas e cognitivas, o que leva a uma exclusão automática.
Além disso, a ideia de que as pessoas com deficiência são menos produtivas ou não podem fazer certas funções, ajudam a manter ciclo de discriminação e tornam mais difícil a inclusão efetiva no mercado de trabalho.
Adaptação de tarefas e materiais
Outro desafio tem a ver com a adaptação das tarefas e dos materiais de uso diário, ou seja, setores que não estão aptos a receber pessoas com deficiência de forma plena. Nisso está incluído:
- falta de tecnologias assistivas;
- prazos curtos;
- barreiras de comunicação.
Isso está além da etapa de seleção, mas pode ser decisivo nesse momento, visto que pode ser levado em conta pelo recrutador para definir se irá ou não contratar. Embora não seja o ideal, ainda é muito comum e normalizado.
Falta de treinamento
A criação de um local pouco acolhedor e inclusivo se deve muito à falta de um treinamento que promova um espaço plural. Isso respinga, de fato, em vários setores que não adotam práticas para fomentar a inclusão desde o ingresso na empresa.
O recrutador, por exemplo, deve ser capaz de não só avaliar as habilidades técnicas dos candidatos, mas também reconhecer e valorizar a diversidade de vivências, visões e das experiências, incluindo as pessoas com deficiência.
Falta de políticas de diversidade e inclusão
A alta cúpula de empresa é quem dita, mesmo que de forma indireta, como as equipes são montadas e quais talentos reter. Isso porque, as etapas de seleção seguem um padrão definido com base nas políticas internas.
Sendo assim, não é possível criar um espaço plural e acolhedor quando não se promove uma cultura inclusiva e baseada no respeito às diferenças.
Como os setores podem superar os desafios na seleção de pessoas com deficiência?
Os setores podem superar os desafios na seleção de pessoas com deficiência ao criar um espaço acessível e conscientizar as equipes. Além disso, é preciso promover uma cultura inclusiva, e fazer o networking e parcerias corretas.
Veja nos tópicos a seguir quais práticas uma empresa deve adotar para que o processo de seleção seja o mais inclusivo e equitativo possível.
Espaço acessível
Investir em um espaço acessível vai além de apenas cumprir requisitos legais, mas significa criar um local que inclui e acolhe pessoas com deficiência. Isso envolve, aliás, espaços de trabalho que sejam feitos para atender a várias necessidades. Isso pode incluir:
- ajustes na altura das mesas;
- disposição dos móveis para facilitar o acesso;
- acessibilidade digital para uso de tecnologias assistivas.
Treinamentos
Os treinamentos sobre inclusão e diversidade são vitais para criar uma cultura que preza e respeita as várias aptidões e vivências. Eles não devem se limitar apenas a gestores, mas também incluir todos os membros da equipe, desde o nível operacional até o executivo.
O objetivo é trazer à luz uma questão crucial, o qual é o foco nas soft skills, de modo que a deficiência não seja um tabu no momento da seleção e nem na rotina de trabalho.
Cultura inclusiva
Revisar e ajustar os processos de seleção garante uma cultura inclusiva desde o início. Em outras palavras, adotar práticas que levem em conta o que a pessoa sabe fazer na prática, em vez de critérios estereotipados, ajuda a atrair e reter talentos diversos.
Parcerias e networking
Fazer parcerias com outras empresas e agências que atuem com pessoas com deficiência pode ser uma boa tática para reter talentos e, assim, ter um processo de seleção mais inclusivo.
Esses acordos podem fornecer insights valiosos sobre as demandas e habilidades diversas, além de dar um suporte na adaptação do espaço de trabalho e na integração dos novos membros nas equipes.
Qual é o impacto da inclusão de pessoas com deficiência nos setores?
A inclusão de pessoas com deficiência nos setores traz novas visões, vivências e aptidões para a empresa, ao passo que ajuda a criar um espaço plural e estimula a inovação. Dessa forma, pode levar a soluções criativas para os desafios e questões internas.
Do mesmo modo, cria um ambiente de trabalho mais acolhedor para todos, assim, ajuda a fortalecer o senso de pertencimento e dar mais motivação à equipe.