Atualmente debatemos constantemente esse tema, fazendo que ele seja cada dia mais evidenciado e problematizado. Saber o que é representatividade para pessoas com deficiência é fundamental na busca do desenvolvimento pessoal de cada ser humano. Tornar os ambientes acessíveis e inclusivos é um dever de todos nós, especialmente do Estado. Mas afinal você sabe o que é representatividade e qual a sua importância no mundo que vivemos hoje?
Se você quer descobrir esse conceito, acompanhe nosso artigo.
O que é representatividade
Quando nós nos propomos a entender o que é a representatividade, antes de qualquer conceito, diversos exemplos surgem na nossa mente, como por exemplo a importância do movimento antirracista, do movimento feminista, do movimento LGBTQI+, a defesa dos direitos dos indígenas, a luta pela acessibilidade de pessoas com deficiência, entre outras. Cada luta é diferente uma da outra,e segue seus princípios basilares, porém, todas têm um objetivo comum: A defesa das minorias.
O termo minorias não diz respeito à quantidade de pessoas, e sim à sua representação. Basta que comecemos a prestar atenção no nosso dia a dia e nas coisas que acontecem ao nosso redor para entendermos sua importância. Por exemplo, quantas vezes você pegou um transporte público e viu uma pessoa com deficiência que estivesse em uma cadeira de rodas? Pode até ter visto, mas no quesito quantidade, com certeza era uma minoria.
Sem mais enrolações, o conceito de representatividade gira em torno dos interesses de um grupo com um intenções em comum, movido por um representante que condiga com os interesses do grupo como um todo. A representatividade, em outras palavras, é pautada na construção subjetiva de identidade, evidenciando que esses grupos não procuram somente que seus interesses sejam garantidos, mas sim que cada membro consiga se descobrir, e se enxergar como pessoa que faz parte do todo.
Qual a importância da representatividade para as PCDs?
Depois de definido o conceito de representatividade, e de ter exemplificado o que é representatividade, estamos preparados para falar da sua importância atualmente.
A representatividade, diferentemente do que muitos pensam, está positivada na nossa Constituição Federal do Brasil de 1988, estabelecendo em seu parágrafo único do artigo primeiro que ”todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta constituição”.
Dessa forma, manifestações políticas democráticas, sempre devem ser observadas como expressões de vontades de parcelas da sociedade, que lutam pelos seus direitos e igualdade.
O surgimento de grupos representativos teve origem graças aos tratamentos desiguais que por muito tempo foram submetidos. Alguns exemplos que temos para classificar a importância da representatividade para as pessoas com deficiência são: a exclusão de pessoas com deficiência de todas as garantias sociais e estatais, além da discriminação sofrida. A falta de acessibilidade em ambientes públicos, a falta de prestações que garantam a todos o acesso aos direitos sociais, como educação, saúde, segurança, trabalho, lazer só servem para evidenciar a colocar em pauta a dificuldade que as pessoas com deficiência sofrem todos os dias pela falta de inclusão em nossa sociedade.
Existem alguns gatilhos mentais que são inerentes ao ser humano, como é o caso dos vieses inconscientes, que nada mais são do que preconceitos enraizados em nossa mente, que mesmo sem ter a intenção de parecer preconceituoso se manifestam e machucam as pessoas com deficiência. Trabalhar nosso viés é de extrema importância no mundo que vivemos hoje, afinal, desde o surgimento da nossa sociedade temos uma imensa dívida com essas pessoas, levando em conta toda discriminação sofrida.
Saber o que é representatividade e qual a sua importância colabora para que possamos crescer como seres humanos que se preocupam com o outro.
Através da representatividade temos a oportunidade de garantir aos PCDs maior autonomia e liberdade para que eles possam viver a vida como bem entenderem. Ter a impressão de que uma pessoa com deficiência não pode ou não consegue viver a vida “normalmente” é uma manifestação do capacitismo, ou seja, um preconceito que nos faz acreditar que as pessoas com deficiência não têm direito a viver a vida como as pessoas sem deficiência. Essa impressão foi passada de geração em geração, até alcançar os dias atuais.
Debater esse tipo de tema é enriquecedor, e enseja uma grande diminuição de preconceito que está enraizado em nossa sociedade. Quanto mais esse assunto estiver em alta, e mais pessoas procurarem sobre ele, mais seremos capazes de disseminar conhecimento e cultura a todos que precisam.
Como a pessoa com deficiência pode se sentir representada?
Diversas são as formas de representação das PCDs hoje em nossa sociedade. Se você já entendeu o que é representatividade, entender sua aplicação é ainda mais fácil.
As pessoas com deficiência geralmente se sentem representadas quando conseguem se sentir parte da sociedade, ou seja, através de garantias que permitam que ela se sinta parte do todo, e não de apenas algumas partes.
O Estado trabalha algumas legislações que tratam da inclusão das pessoas com deficiência em nossa sociedade. E dessa forma, diversos exemplos podem ser elencados, ainda que pouco eficazes.
A representatividade se manifesta em uma rampa de acesso, ou um ambiente público acessível, ou sites de internet que disponibilizam o acesso inclusivo. A pessoa com deficiência também pode se sentir representada quando alguma pessoa com as mesmas características ocupa cargos de alto escalão e de importância significativa, como por exemplo um apresentador de jornal, ou um presidente da república.
Através dessas manifestações é possível que a pessoa se sinta representada, por compartilhar uma história de vida, entre outros.
A representatividade diz respeito a sentir-se parte. Devemos ter empatia e sempre nos colocarmos no lugar das outras pessoas para assim podermos entender a realidade que ela vive.
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A Iigual já incluiu mais de 20 mil pessoas com deficiência no mercado de trabalho. A consultoria nasceu da experiência de vida do casal fundador Andrea Schwarz e Jaques Haber, quando Andrea se tornou cadeirante em 1998 aos 22 anos.
Somos especializados em ações de Inclusão e Diversidade com foco em recrutamento e seleção, palestras, treinamentos, acessibilidade física e digital, Censo da Inclusão e Diversidade e consultoria em D&I.
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Jaques Haber