As campanhas publicitárias, filmes, novelas e outros programas e eventos que aparecem nas mídias, desde a muito tempo possuem um padrão de atores e artistas que participam dessas programações.
Geralmente as pessoas que ganham o posto de destaque na publicidade são pessoas magras, brancas, de cabelos lisos, jovens, bonitas e pessoas sem deficiência.
Muitos grupos chamados de minoria, promovem ações onde se expõe a necessidade de criar oportunidades para que pessoas diferentes desses padrões também ganhem espaço nas mídias.
Algumas pessoas dizem o seguinte: se somos todos iguais, qual a necessidade de representar a todos no meio publicitário e entretenimento?

Infelizmente muitas pessoas pensam assim, por isso é necessário conhecer e entender o nível de influência que as mídias exercem tanto entre as maiorias, como também entre as minorias.
Muitas pessoas têm problemas em aceitar a sua própria imagem por conta da falta de representatividade. Isso acontece porque em quase nenhum lugar onde estão as pessoas de destaque, aparecem pessoas iguais a ela.
Nas mídias, nos comercias em todos os lugares existe um padrão único. Além disso, os discursos apresentados nos meios de publicidade também revelam um padrão que não encaixa em todas as pessoas.
Por exemplo, feche os olhos e tente imaginar uma pessoa bem sucedida. Dificilmente você vai imaginar uma pessoa com deficiência nessa posição, pois o padrão de sucesso estabelecido pela mídia é geralmente de uma pessoa sem deficiência.
Infelizmente essa é a situação atual, pois as mídias e os meios de publicidade ainda priorizam esses padrões estabelecidos a muito tempo.
Por mais que em alguns comerciais e meios de entretenimento estejam incluindo outros grupos de minoria dentro dos seus padrões, as pessoas com deficiência continuam de fora.
Para te ajudar a entender ainda mais a importância da representativa de pessoas com deficiência, desenvolvemos este artigo que vai expor algumas informações bem relevantes sobre o assunto.
O que é representatividade?
Quando falamos em minorias, não estamos nos referindo a número de pessoas, mas sim a quantidade de pessoas de determinados grupos que são pouco representadas em certos ambientes de destaque, como em cargos políticos, filmes, novelas comerciais e outros meios.
A representatividade ajuda a ver o seu igual na tela, ou em outros ambientes de destaque. Mais do que isso, a representatividade faz com que quem está sendo representado acredite que ele também pode chegar lá ou em qualquer lugar que quiser.
Mas para que a representatividade realmente funcione é necessário que isso seja feito de forma correta, para que as pessoas se sintam de fato representadas, e se vejam naquele lugar.
Diante disso, veja o próximo tópico e entenda mais a respeito desse assunto.
Como as pessoas com deficiência geralmente são retratadas na mídia
Como acontece com todas as minorias, a mídia promoveu e reforçou estereótipos positivos e negativos sobre as pessoas com deficiência. Embora exageradas, as representações negativas enviam a mensagem errada, as representações positivas e realistas ajudarão a criar mais consciência e oportunidade para todas as pessoas com deficiência.
Hoje em dia alguns desses estereótipos estão mudando, mas ainda continua dessa forma em muitas situações. Veja a seguir algumas das formas que a mídia costuma retratar as pessoas com deficiência e entenda porque isso não é apropriado.
Vitima
Seja em filmes, programas de TV ou notícias, essas representações mostram as pessoas com deficiência necessitando desesperadamente de ajuda ou caridade.
A maioria dos personagens com deficiência na televisão ou filmes era retratada usando o modelo médico de deficiência. Isso significa que a pessoa com deficiência era vista como doente e precisava ser curada para funcionar e até ser feliz.
A maioria de nós já viu ou ouviu falar de programas e filmes em que personagens cegos ou com deficiência física são milagrosamente curados e vivem felizes para sempre.
Inspirador
Este parece ser o extremo oposto da questão anterior. Personagens com deficiência são mostrados como indivíduos extraordinários ou heroicos por causa de sua deficiência. Até mesmo a terminologia usada por veículos de comunicação como jornais contribui para essa ideia.
Você já deve ter lido alguma história ou visto alguma notícia que descreva pessoas com deficiência “inspiradoras” e “corajosas”. O foco geralmente está na deficiência da pessoa, e não no indivíduo.
Existem muitas histórias sobre pessoas com deficiência que são consideradas excepcionais porque fazem coisas simples como se formar na faculdade, tocar um instrumento musical ou trabalhar apesar da deficiência!
Embora os jornalistas sejam bem intencionados, eles acabam focando na deficiência da pessoa e não na pessoa em si.
As mídias e os repórteres podem influenciar a forma como as pessoas com deficiência são percebidas, simplesmente focalizando a pessoa em vez de sua deficiência. Alterar certas frases e terminologia pode ajudar ao falar sobre pessoas com deficiências.
A mídia tem o enorme potencial de mudar a maneira como as pessoas veem as pessoas com deficiência, inclusive como as próprias pessoas com deficiência se veem. E é muito importante que as pessoas que estão a frente desses meios de comunicação entendam isso para que possam agir da forma correta.

Importância de usar pessoas com deficiência para atuar como PCDs
Como vimos anteriormente, para que a representatividade funcione é necessário que se baseie em algo real. Quando as mídias usam pessoas sem deficiência para representar pessoas com deficiência em filmes e novelas essa representatividade não é real.
Não adianta tentar abordar a questão da diversidade em programas, campanhas publicitárias, filmes e novelas quando na verdade a exclusão está acontecendo naquele exato momento, pois existem muitos atores com deficiência que são capazes de atuarem nesses papéis, para que a representatividade ocorra de forma realista.
Algumas campanhas publicitárias, novelas e filmes já estão começando a contratar atores com deficiência para promover a representatividade.
Embora haja algum avanço no que diz respeito à representatividade de pessoas com deficiência em alguns meios de publicidade, ainda há muito a caminhar nesse sentido.
Se você gostou do nosso artigo, compartilhe essas informações com outras pessoas. Ao fazer isso você estará fazendo parte de uma grande mudança que está apenas começando.
A Iigual já incluiu mais de 20 mil pessoas com deficiência no mercado de trabalho. A consultoria nasceu da experiência de vida do casal fundador Andrea Schwarz e Jaques Haber, quando Andrea se tornou cadeirante em 1998 aos 22 anos.
Somos especializados em ações de Inclusão e Diversidade com foco em recrutamento e seleção, palestras, treinamentos, acessibilidade física e digital, Censo da Inclusão e Diversidade e consultoria em D&I.
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Jaques Haber