Antes de adentrarmos nesse tema tão atual e divertido, precisamos conceituar o que é um “freelancer” e o que se costuma fazer nessa profissão, pois somente a partir desse conceito é que conseguiremos entender a atuação do PCD nesse mercado que tende a crescer.
Freelancer é o profissional que opta por abrir mão de um emprego ou de um “job” casual por diversos fatores, e enxerga a partir desse desligamento uma oportunidade para outros caminhos.
O freelancer, também conhecido como “freela”, se enquadra nos profissionais liberais, ou seja, que trabalham de forma autônoma como prestadores de serviços. Embora essa nomenclatura seja antiga, o freelancer passou a ser popularizado na última década, principalmente por conta do favorecimento tributário.
Geralmente quem opta por ser freelancer, na maioria das vezes está com dificuldade na colocação no mercado de trabalho, envolvendo os mais diversos fatores, como as crises, ou até mesmo insatisfação pessoal.
Assim como não é novidade para ninguém, o ingresso da PCD ao mercado de trabalho ainda é mínimo, mesmo com a obrigatoriedade estabelecida pela lei de cotas. Devido a este, e diversos outros fatores é que as pessoas com deficiência estão buscando cada dia mais o trabalho como “freela”, aumentando assim sua autonomia e liberdade.
Qual caminho seguir como “freela” sendo PCD
Como citado anteriormente, essa é uma atividade que vem crescendo significativamente nas últimas décadas, por diversos motivos, incluindo a crise que vivemos. Muitas pessoas têm pensado em investir no freelancer para não se ver desempregado e dependente novamente de outras pessoas. Assim como para as pessoas sem deficiência, as PCDs também precisam de alternativas, e essa ideia tem se mostrado excelente. Afinal, você sabe quais são as opções de caminhos para seguir como freelancer?
- Redator de língua portuguesa ou tradutor de línguas estrangeiras;
- Pintor ou desenhista;
- Marketing de busca;
- Artesanato;
- Serviços de áudio (podcasts);
- Edição de vídeos;
- Escritor ou autor;
- Consultor digital;
- Babá;
- Professor particular;
- Revisor e editor de textos e artigos;
- Manicure e esteticista;
- Fotógrafo;
- Desenvolvedor de apps;
- Programador e analista de dados;
- Maquiador;
- Personal trainer;
- Revendedor de cosméticos;
- Jornalista;
- Revisor;
- Pesquisador.
Embora a lista pareça vasta, ainda existem dezenas de profissões que podem entrar no freelance e ser executadas por diferentes personalidades. A atuação da PCD nessa área de trabalho autônomo deve ser executada de acordo com suas habilidades, e é uma ótima opção para quem deseja buscar independência financeira de forma alternativa para se enquadrar de alguma forma no mercado de trabalho.
Devido a esse fato, as chances das pessoas com deficiência se destacarem nesse mercado são muito grandes. Basta direcionarmos nosso olhar para o aumento significativo de “challanges” envolvendo pessoas com deficiência que estão atuando na área de makes, danças, etc.
Quais as vantagens e desvantagens do mercado “freela”?
Uma vasta lista de vantagens e desvantagens pode surgir aqui. Ao mesmo tempo que o freelancer abarca uma série de vantagens, ele também traz algumas desvantagens a serem analisadas.
Vantagens:
- Possibilidade de aumento significativo na renda da pessoa que trabalha com o freelance;
- Maior liberdade para programar a desenvolver projetos pessoais;
- Maior controle e autonomia sobre a rotina, horários e compromissos, conciliando a vida pessoal e a vida no ambiente de trabalho, fazendo com que ambas possam caminhar juntas em sintonia;
- Desnecessidade em fornecer explicações e justificativas, já que o seu trabalho é autônomo, e o seu chefe é você mesmo;
- Autonomia para trabalhar de dentro da própria casa, sem precisar se expor à causas de estresse diário, como trânsito, ou até mesmo evitar um convívio desgastante com aquela pessoa que você não se identifica;
- Poder trabalhar com mais de um cliente ou empresa ao mesmo tempo;
- Organizar a rotina com maior independência e clareza;
Desvantagens:
- Ausência de benefícios trabalhistas. Ao trabalhar como freela, a pessoa não tem direito às garantias previstas na CLT, como salário, folgas remuneradas e recolhimento do FGTS;
- Ausência de estabilidade financeira. Embora muitas vezes a vida do freela pareça estar estabilizada, é possível que em alguma época as oportunidades de trabalho fiquem mais escassas, o que refletirá diretamente na renda do mês;
- Ausência de contato com outras pessoas. Embora essa parte pareça pouco importante, nós, seres humanos, somos movidos pelas nossas relações, e elas sempre influenciam diretamente nas nossas vidas. Ter com quem se relacionar é enriquecedor para todas as experiências de vida. Muitas vezes a pessoa que não se relaciona acaba se tornando anti social, e o convívio se torna cada vez mais difícil, pois nesses casos, a pessoa geralmente não se importa com o outro;
- Se você não for uma pessoa extremamente focada, pode acontecer um desequilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional. De certa forma, essa é uma das maiores razões pela qual os freelancers não conseguem ter sucesso. A confusão entre liberdade e autonomia, e a falta de comprometimento podem puxar toda sua carreira para baixo;
- Preconceitos. Infelizmente por essa ser uma nova modalidade de trabalho, algumas pessoas podem desacreditar dos freelancers, surgindo assim um grande preconceito, sem que de fato as pessoas saibam a importância dessa área;
A partir desses exemplos de vantagens e desvantagens, é hora de você sair da sua zona de conforto, arregaçar as mangas e otimizar a sua rotina.
Principalmente para a PCD, o trabalho como freela pode oferecer uma série de benefícios, e o principal deles é manter essa pessoa em atividade, a fim de que ela busque sua liberdade e autonomia financeira, deixando de lado o preconceito e o capacitismo que se manifesta em nossa sociedade nas mais diversas formas.
Gostou do nosso artigo sobre PCD no mercado freelancer? Se sim, compartilhe com os seus amigos, quem sabe você não acaba incentivando eles nesse trabalho, não é mesmo? Caso você tenha alguma experiência como freela, ou conheça alguma pessoa com deficiência que trabalhe com isso, escreva nos comentários para dar mais visibilidade a esse trabalho.
A Iigual já incluiu mais de 20 mil pessoas com deficiência no mercado de trabalho. A consultoria nasceu da experiência de vida do casal fundador Andrea Schwarz e Jaques Haber, quando Andrea se tornou cadeirante em 1998 aos 22 anos.
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Jaques Haber