Incluir as pessoas com paraplegia e tetraplegia, muitas vezes é algo desafiador, mas, ao conhecer melhor do que se trata, o que é uma e o que é a outra, é possível achar os meios de fazer as adaptações na empresa para receber eles da melhor forma.
Qual é a diferença entre paraplegia e tetraplegia?
Em primeiro lugar, vale saber que paraplegia e tetraplegia são duas condições distintas, mas que ambas afetam a função motora do corpo. Assim, a principal diferença entre elas, está na área da coluna vertebral afetada e nos membros que estão paralisados.
Dessa forma, a paraplegia é caracterizada pela paralisia dos membros inferiores e a depender do caso parte do tronco. A tetraplegia, por sua vez, envolve a paralisia dos membros:
- superiores;
- inferiores;
- tronco.
Em termos simples, na paraplegia, apenas os membros inferiores são afetados, enquanto na tetraplegia, tanto os membros superiores quanto os inferiores podem ser comprometidos.
Saber a distinção entre uma e outra é vital para garantir os ajustes certos, bem como, únicos para cada tipo de limitação.
Quais são as necessidades de quem tem paraplegia e tetraplegia?
No contexto do local de trabalho, as necessidades de quem tem paraplegia e tetraplegia tem relação com a acessibilidade física e digital, bem como, com o apoio e a capacitação. Ou seja, no sentido do acesso físico, é crucial ter locais com:
- rampas e corrimãos;
- corredores e portas largas;
- banheiros adaptados.
Elevadores, também são uma forma de facilitar o acesso aos espaços do local de trabalho e são essenciais. Então, se sua empresa já tiver, ótimo, se puder e for viável fazer esse tipo de aquisição, melhor ainda.
Contudo, vale destacar que tão bom quanto ter meios como um elevador é fazer com que, de fato, os espaços sejam acessíveis, ou seja, que eles possam ir e vir com a cadeira.
Tecnologias assistivas
Há várias tecnologias assistivas que podem ajudar na realização de tarefas de quem tem limitações motoras. Alguns delas, são comuns para a maioria das pessoas, como, por exemplo, as de comando de voz, tais como a Siri e a Alexa. Outras são:
- headmouses;
- hastes para digitação;
- mouses com esfera estacionária;
- joysticks.
Os headmouses, também são conhecidos como mouse de cabeça, pois, é por meio do movimento da cabeça e dos olhos que eles funcionam. Uma tecnologia que cumpre bem essa função chama-se Colibri, um óculos com bluetooth.
Apoio e capacitação
Além de preparar o espaço físico e oferecer as tecnologias para que as pessoas tenham os meios para cumprir suas tarefas, é vital, também, que a empresa forneça apoio e capacitação.
O apoio pode se manifestar através do diálogo aberto com a equipe sobre a importância da diversidade e da inclusão. Também, ao se posicionar de modo firme contra os atos de preconceito e no combate ao estereótipo.
A capacitação inclui os cursos, treinamentos e do mesmo modo, pode envolver o suporte e outros planos das próprias empresas que vendem as tecnologias assistivas. É muito comum que elas tenham ações deste tipo.
Quais são os principais desafios para inclusão de pessoas com paraplegia e tetraplegia?
Um dos principais desafios para inclusão de pessoas com paraplegia e tetraplegia no mercado de trabalho, ainda reside no preconceito. Em especial, na crença ou dúvida sobre se eles são capazes de fazer o trabalho, ou seja, no capacitismo.
Isto é, embora a conscientização sobre o tema seja uma crescente, ainda há muitas barreiras físicas e também, aquelas que são menos tangíveis como a discriminação.
Portanto, é crucial estar atento e aberto para conhecer as várias nuances do tema, tanto para se posicionar diante dos estigmas e injustiças, quanto para ser um agente de mudança para que eles participem de forma plena no mercado de trabalho.
Como adaptar a empresa para receber pessoas com paraplegia e tetraplegia?
Para adaptar a empresa para receber pessoas com paraplegia e tetraplegia é preciso antes de tudo observar a realidade atual da parte física da empresa. Bem como, as necessidades únicas da pessoa que será contratada.
Isso porque, em relação ao seu espaço físico, é crucial ver se há desde estacionamento acessível até as rampas e portas de acesso ao local onde a pessoa irá trabalhar. E com base nisso, tomar as medidas para haver acesso físico.
Vale destacar que neste sentido, é crucial que não haja objetos ou móveis, entre outros, que sirvam de barreiras na hora de ir de um ponto a outro. E as portas, jamais, devem ter obstáculos que impeçam de serem abertas por completas.
Ou seja, elas devem abrir de forma que seja viável passar com a cadeira. A saber em relação às portas, elas devem atender à largura de vão livre mínima de 0,80m e altura de 2,10m.
A escolha da tecnologia, todavia, vai depender de quais são as necessidades únicas de quem vai integrar o time. Afinal, as lesões e as limitações são diferentes, então as soluções devem se ater a isso.
Os recursos citados mais acima, como as hastes, os mouses de cabeça e os softwares de comando de voz, atendem as principais necessidades que eles podem ter para realizar suas funções de forma plena.
iigual
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