A resistência pode ser uma barreira para aqueles que estão em busca de formar uma equipe diversa. Dessa forma, é preciso entender quais suas origens e fontes e se munir de estratégias para promover a aceitação e liderar este processo com sucesso.
O que é a resistência a diversidade?
A resistência a diversidade é uma espécie de oposição a implantação de políticas e práticas inclusivas que acontece em muitas empresas. Isto, é algo que pode se manifestar de várias formas e ter a influência de fatores internos e externos.
No que diz respeito a relutância por parte dos membros que integram as equipes, elas costumam ser alimentadas pelo preconceito e o estereótipo. Mas não apenas por isso, como também por:
- medo da mudança;
- percepção de ameaça pessoal;
- preocupações com desempenho.
Em outras palavras, o que acontece é que conscientes disto ou não, alguns podem entender que o aumento de pessoas na equipe pode elevar a competição por recursos limitados e por chances de crescer.
Ou seja, o medo, no fundo, é da alteração em relação à dinâmica que eles já sabem como funciona. Quando a oposição é externa, isto é, quando se trata de clientes ou pode-se considerar também o alto escalão, de modo geral é devido a pressões:
- sociais;
- politicas;
- econômicas.
Isso porque, eles podem não ter exemplos claros de outras empresas que passaram pelo mesmo processo e tiveram êxito social, político e econômico. E pode ser ainda por não entender bem o impacto geral de alguns de seus benéficos, tais como o da inovação.
Como lidar com a resistência interna?
Há várias formas de lidar com a resistência interna. E a escolha de uma ou mais delas para começar a trabalhar deve variar conforme as questões que são mais latentes na equipe. De modo geral, uma das ações no início é sensibilizar sobre o tema.
Portanto, é crucial falar sobre as diversas formas que as pessoas tem de ser e de existir, embalando o conteúdo por meio de programas de educação que podem ser do formato possível para sua realidade. Mas, que, contudo, devem ter:
- estudos de casos;
- histórias inspiradoras;
- dados e evidências.
Os estudos de caso, podem incluir as ações que as empresas mais ricas do mundo tem feito em prol do tema. As histórias, por sua vez, podem falar de histórias de superação pessoais, profissionais e até mesmo empresariais.
Para apresentar os dados use, por exemplo, um estudo, do Instituto Identidades Brasil, onde ele mostra que a diversidade nas empresas aumenta a produtividade.
Como driblar a resistência e promover a cultura inclusiva?
Para driblar a resistência e promover a cultura inclusiva na empresa, é necessário criar ou revisar as políticas para que elas sejam claras. Assim, elas devem ter nortes para as condutas que são aceitas e as que não são, e elas devem ser aplicadas.
É bastante comum que a teoria da política difira um pouco da prática por conta das complexidades nas relações e nos níveis hierárquicos. Desse modo, é essencial conquistar os líderes para que eles:
- tenham equipes com pessoas diversas;
- saibam como ter ações e decisões inclusivas;
- reconheçam e valorizem as contribuições de cada um.
Para tanto, é preciso que cada um do RH se alie com a diversidade e a inclusão, que mostre a importância que os líderes terão e como eles podem começar a se alinhar em relação a isso.
Além disso, em termos mais objetivos, é preciso definir metas e se posicionar de modo firme para garantir avanços. Bem como, ser flexível e fazer ajustes que sirvam para chegar a este objetivo.
Como lidar com a resistência de clientes e superiores?
Para lidar com a resistência de clientes e superiores é preciso, em primeiro lugar, desenvolver uma comunicação persuasiva. Neste sentido, as ações feitas com relação à promoção de uma cultura inclusiva com as equipes internas é de grande ajuda.
Isso porque, para persuadir eles de que isso é uma boa estratégias não apenas para a inovação de produtos e expansão de mercado como ainda para melhorar o atendimento ao cliente, é crucial entender o assunto e ser capaz de:
- falar com cada um deles de forma única, adaptando a comunicação ao contexto e a pessoa;
- reconhecer que cada uma das partes tem seus interesses e quais são as prioridades;
- mostrar de forma consistente, contínua e objetiva, o que cada um tem a ganhar.
Fazer alianças com iniciativas do terceiro setor ou mesmo de empresas privadas e pessoas de influência que apoiam a causa também pode ser útil para a credibilidade das iniciativas e para ampliar o alcance da mensagem.
Aborde de forma gradual
As mudanças abruptas, podem gerar ainda mais resistência, por isso, elas devem começar a ser implantadas de forma gradual. Logo, o ideal, é dar passos, ou seja, fazer algumas poucas mudanças e colher dados para apresentar.
Se for o cado, faça um projeto-piloto que englobe menos equipes ou equipes menores para testar as ações. Em seguida, após ter os resultados positivos, comece a fazer em escalas maiores.
De qualquer forma, mantenha o diálogo aberto e contínuo com todas as partes. Ouça o que for legítimo e faça ajustes se necessário. Busque ter sempre:
- informações claras;
- exemplos inspiradores;
- compromisso com a inclusão.
Estes três pontos são essenciais para dissipar os medos e mal-entendidos que muitas vezes podem haver com relação a trabalhar com equipes e públicos diversos.
Qual é o impacto de superar a resistência a diversidade?
Superar a resistência tem um impacto positivo em vários aspectos, embora, de início, não pareça, ela reduz muito os conflitos internos. Por mais que em um primeiro momento, ao implementar as ações eles surjam é como passar uma onda.
Em outras palavras, a diversidade envolve a inclusão, esta por sua vez incentiva o respeito mútuo entre os diferentes membros da equipe, o que leva a criação de um ambiente de trabalho mais harmonioso e também mais produtivo. Outros aspectos incluem:
- soluções mais criativas e eficazes para os desafios;
- maior produtividade e melhores resultados financeiros;
- menos rotatividade e menos custos com contratação e treino;
Além disso, em um mundo globalizado, diverso e em constante mudança, as empresas que são inclusivas e diversas se posicionam melhor tanto para entender quanto para atender às necessidades de mercados diversos.
Isso pode resultar em maior aceitação de produtos e serviços em diferentes regiões e culturas. E ainda fortalecer a marca para atrair clientes e investidores que vêm de forma mais positiva, aquelas que tem a responsabilidade social como um alto valor.
Não apenas sobreviver, mas prosperar
Em resumo, superar a resistência à diversidade não apenas beneficia de modo direto o ambiente de trabalho e a dinâmica da equipe, mas também:
- fortalece a posição competitiva da empresa;
- melhora a reputação da marca;
- contribui para o crescimento a longo prazo.
Dessa forma, é um passo crucial para empresas que buscam não apenas sobreviver, mas prosperar em um ambiente empresarial globalizado.
Conte com a iigual
A iigual tem mais de 20 anos de experiência em serviços para melhorar a diversidade, a inclusão e a acessibilidade física e digital das empresas, pois tem o propósito de gerar impacto social positivo. Então, veja o que fazemos.