A Lei 8213 é crucial para a diversidade e a inclusão. Desse modo, qualquer empresa que deseja lutar pela justiça social, possuir um time unido e não ter problemas judiciais, precisa dominar o assunto. Então, para alcançar essa meta, saiba tudo a seguir.
O que dispõe a Lei 8213?
A Lei 8213, de 24 de julho de 1991, dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e requisitos para usufruí-los. Mas, de forma específica, ela aborda vários temas, como:
- pensão por morte;
- quem pode se aposentar por idade, invalidez e tempo de contribuição;
- os benefícios para as pessoas com deficiência;
- regras para fazer a contribuição social;
- como calcular o benefício;
- quem é apto a previdência.
É essencial saber que ela é bem extensa e complexa. Desse modo, é crucial ter advogados eficientes que consigam aplicar e interpretar as normas com precisão para que a sua empresa se mantenha regular.
Quais são os benefícios em aplicar a Lei 8213 para a inclusão?
Ao aplicar a Lei 8213, você promove a proteção social das pessoas com deficiência e outros grupos. Portanto, elas e as suas famílias terão suporte para conseguir gozar de uma vida plena e digna. Além disso, promove:
- inclusão no mercado de trabalho;
- acesso à reabilitação;
- igualdade de direitos;
- amparo à quem precisa;
- inclusão de grupos vulneráveis;
- melhora das políticas públicas.
Fica claro que a aplicação da lei é crucial para a diversidade e a inclusão. Afinal, ao garantir seus direitos previdenciários, é possível promover a equidade social. Ou seja, tornar o mundo mais justo para todos.
Quais são as consequências para a empresa que não aplicar a Lei 8213?
A não aplicação da Lei 8213 pode acarretar ações judiciais. Ou seja, a sua empresa pode sofrer multas e penalidades. Além disso, esse problema pode resultar em:
- pessoas inaptas no mercado de trabalho;
- mancha no nome da marca;
- várias sanções administrativas;
- exclusão nas licitações;
- perda de talentos;
- impacto na cultura da empresa.
Todos os pontos citados a curto e longo prazo podem trazer grandes danos para o seu negócio. Contudo, para que isso fique ainda mais claro, saiba mais sobre eles logo abaixo.
Pessoas inaptas no mercado de trabalho
O desprezo a lei pode fazer com que pessoas com deficiência não gozem dos seus direitos. Desse modo, para sobreviver, elas serão obrigadas a entrarem no mercado de trabalho, o que pode resultar em danos físicos e mentais.
É crucial saber que muitos indivíduos sofrem com dores físicas e psicológicas graves. Portanto, não cumprir com a legislação, resulta em grandes danos a eles.
Mancha na reputação
Uma empresa que não preza pela saúde do seu time inclusivo não é bem vista pelos clientes. Isso porque, de alguma forma, eles também são trabalhadores que querem ter os seus direitos preservados.
A verdade é que aspectos positivos e negativos sobre um negócio são sempre divulgados pelo público. Desse modo, ao não cumprir a norma, esse fato vai se tornar uma mancha na reputação da empresa.
É crucial entender que quando comparados os danos pessoais, a mancha na reputação da empresa se torna secundária. Então, para evitar tudo isso, cumpra os requisitos priorizando o bem-estar social.
Sanções administrativas
Ao perceber que a norma não foi cumprida, os órgãos fiscalizadores podem inserir diversas sanções administrativas, como a suspensão de benefícios fiscais. Assim, a sua empresa passará por um grande prejuízo financeiro.
Exclusão nas licitações
Quando um negócio não cumpre os requisitos legais relacionados à inclusão de pessoas com deficiência e outros grupos, ela é excluída das licitações públicas. Ou seja, não poderá prestar serviços ao governo.
Muitas empresas têm o seu capital concentrado em produtos e serviços prestados às entidades públicas. Isso porque, muitas vezes, elas fazem contratos de longo período e com muita demanda.
Pelo que foi citado, fica evidente que perder a chance de ganhar uma licitação, pode causar prejuízos irreparáveis. Portanto, sempre revise todos os aspectos que estiverem relacionados com a norma 8213.
Perda de talentos
A falta de inclusão e respeito aos direitos das pessoas com deficiência e outros grupos diversos, pode resultar em perdas de grandes talentos. Afinal, ninguém vai querer ficar em um lugar que não é valorizado e não passa segurança.
O seu time só irá permanecer unido e produtivo se estiverem satisfeitos. Desse modo, é crucial investir em todos os basilares para alcançar essa meta. Então, com isso, você vai manter bons resultados e promover a equidade social.
Impacto na cultura da empresa
O desrespeito a legislação 8213 pode trazer uma sensação de injustiça por parte do time, o que vai resultar em um impacto na cultura da empresa. Isso porque, eles não vão ver o seu negócio como íntegro e justo.
A lei 8213 e a de cotas são as mesmas?
Embora a lei 8213 seja bem extensa e trate de vários tópicos em relação aos direitos previdenciários, ela ficou mais popular como a lei de cotas. Isso porque, no artigo 93, ela trata das vagas que as empresas devem destinar para as pessoas com deficiência.
Ou seja, a lei entrou em vigor no ano de 1991, um pouco depois da constituição e também tem como princípio a redução das desigualdades e estabelece um percentual mínimo de contratação para quem tem a partir de 100 funcionários.
Mas, vale destacar, que como a prática da inclusão é um processo e a lei não trata de alguns aspectos importantes para o pós-contratação, em 2000 entrou em vigor a lei 10.098, que serve como um complemento desta e trata de requisitos mínimos de acessibilidade.
O que diz o artigo 93 da lei 8213?
O artigo 93 da lei 8293 diz que as empresas devem reservar um percentual mínimo de suas vagas para contratar pessoas com deficiência. Este percentual mínimo varia de 2 a 5% para quem tem mais de 100 funcionários. Dessa forma, o percentual fica assim:
- até 200 funcionários, deve destinar 2%;
- de 201 funcionários até 500 são 3%;
- de 501 até 1000 funcionários são 4%;
- a partir de 1001 funcionários são 5%.
Empresas que tem menos de 100 colaboradores são isentas das cotas. E aquelas que conseguem ir além da cota prevista em lei, recebem incentivos para isso.
A fiscalização da lei fica a cargo do Ministério do Trabalho e Emprego e tanto as empresas quanto os fiscais podem se guiar pela instrução normativa n.º 98.
Como aplicar a Lei 8213 de forma eficiente?
Para aplicar a Lei 8213 de forma eficiente, o primeiro passo é ter uma boa equipe de RH gestor. Afinal, eles devem saber de forma detalhada todos os requisitos da norma e como executá-la de forma adequada.
Mas, caso esse ponto já esteja resolvido, avalie outros, como:
- promova processos seletivos inclusivos;
- torne o local de trabalho seguro para todos;
- revise todos os benefícios previdenciários;
- monitore os resultados;
- invista em bons treinamentos.
Aplicar a norma não é apenas uma questão legal. Isso porque, ela aborda pontos éticos e que ajudam a criar um ambiente saudável para todos. Desse modo, ela reflete em vários aspectos do seu negócio.
Reveja todas as adaptações para continuar abstraindo bons resultados. Afinal, por se tratar de uma norma, sempre há atualizações que você terá que se adequar. Então, para evitar qualquer problema, faça isso de maneira regular.
Ao seguir as dicas, você vai poder aproveitar diversos pontos positivos. Portanto, será possível manter um alto nível de produtividade e contribuir para tornar a sociedade mais inclusiva.