Você sabia que para sua empresa ser considerada inclusiva não basta o cumprimento da lei de cotas? Pois é, existe uma série de coisas que sua empresa pode fazer para ir além do que está previsto por lei. Fique com a gente para poder compreender um pouco mais sobre esse tema, e aprenda de forma simples como avaliar o desempenho dos seus funcionários PCD e fazer os indicadores de gestão corretamente.
Existem diferenças entre a empresa inclusiva e a empresa que cumpre o que está previsto na lei de cotas de 1991?
A resposta para essa pergunta é mais complexa do que podemos imaginar, pois a empresa que cumpre o que está previsto na lei não é necessariamente inclusiva. As empresas que respeitam a lei somente para escapar das sanções não pode ser consideradas inclusivas, e isso ocorre justamente pelo fato de que essa legislação não promove uma inclusão, e sim uma integração, ou seja, a lei tão somente obriga a integração do funcionário com deficiência na empresa, deixando totalmente de lado a parte que toca a garantia das acessibilidades, da capacitação, entre outros.
Ir além do previsto em lei não exige um esforço imoderado, muito pelo contrário. É muito mais fácil do que podemos imaginar.
Atualmente o Brasil apresenta uma realidade de cerca de quarenta e cinco milhões de pessoas com deficiência, e infelizmente ainda não conseguimos encontrar muitas PCDs no mercado de trabalho, seja pela dificuldade de ingresso, ou de permanência, que acaba ensejando uma maior rotatividade de funcionários.
Essa rotatividade não costuma ser muito benéfica para a saúde da empresa, e pode ser avaliada através de indicadores de gestão, que são capazes de avaliar o desempenho dos funcionários da empresa, a fim de antecipar treinamentos e capacitar esses funcionários pcd para que não seja necessária a troca tão constante.
Indicadores de gestão: o que é, e como atua na avaliação de funcionários pcd
Indicadores de gestão são ferramentas utilizadas dentro de uma empresa para acompanhar seu desenvolvimento, olhando para dentro da empresa com o objetivo de sempre crescer. Isso envolve desde os aspectos técnicos, até o relacionamento entre os funcionários.
No que diz respeito à avaliação dos funcionários pcds, o indicador de gestão pode ser avaliado através de mapeamentos, ou censo de diversidade, que já tem como maior objetivo proporcionar uma experiência de análise do perfil das estruturas físicas da empresa, e também de cada funcionário que nela trabalha, restando inequívocas as adaptações que devem ser feitas, a fim de fornecer uma maior experiência para os funcionários pcd
Quais benefícios a empresa pode ter quando avaliam o desempenho de seus funcionários?
O primeiro benefício que podemos evidenciar é o de que essa avaliação diminui o número de rotatividade entre funcionários pcd na empresa, vez que ela é obrigada por lei a sempre substituir um funcionário pcd por outro.
Mesmo que poucas pessoas o façam, antes de contratar um funcionário com deficiência para trabalhar na empresa, o empregador precisa possibilitar a essa pessoa todos os meios necessários para que ela desenvolva seu trabalho, e logo na entrevista, a empresa já saberá se está ou não apta para receber um funcionário. Justamente diante desta perspectiva é que se faz necessário o mapeamento para implementar as acessibilidades indispensáveis. Afinal, você sabe do que se tratam essas acessibilidades que tanto falamos?
- Acessibilidade Atitudinal: refere-se à eliminação de barreiras, através de atitudes de percepção do outro sem preconceitos ou discriminações. É demonstrada quando existe por parte do Estado interesse na promoção da redução das desigualdades sociais, podendo ser feito através da criação de projetos, ou da priorização de recursos destinados à acessibilidade
- Acessibilidade Arquitetônica: como o próprio nome já diz, essa acessibilidade diz respeito à eliminação de barreiras seletivas no ingresso a locais públicos ou particulares. É a priorização de acesso para todos sem distinção. Pode ser feita através da implementação de rampas de acesso, banheiros adaptados, elevadores adaptados, piso tátil, acesso à informações em braile e libras.
- Acessibilidade Metodológica: uma das mais conhecidas e abordadas atualmente. Diz respeito à acessibilidade pedagógica. Busca eliminar barreiras no ensino, para que todos tenham acesso ao ensino de qualidade sem discriminação. Está relacionado à forma com que o professor conduzirá sua disciplina, possibilitando meios de aprendizagem, avaliação e inclusão. São alguns exemplos de práticas adotadas pelos professores a promoção de cartazes ampliados, a utilização da linguagem de sinais, leitores de texto em forma de áudio para alunos que apresentem algum problema na visão, dentre outras técnicas que devem ser avaliadas de acordo com o caso concreto.
- Acessibilidade nas comunicações: é a necessidade de eliminação de barreiras na comunicação interpessoal, principalmente nas situações em que as pessoas precisam se manifestar para pedirem ajuda, solicitar informações, ou explicar alguma coisa que está sendo solicitada.
Dentro das empresas, e fora delas, é preciso que a gente mantenha o foco em garantir essas acessibilidades, pois somente assim seremos capazes de garantir a igualdade para as pessoas com deficiência.
Saber diretamente onde atuar, beneficia a empresa que não precisa perder seu tempo com tomadas difíceis de decisão.
A empresa que cuida dos seus funcionários pcd, ou sem deficiência, tende a se desenvolver mais depressa, pois o ambiente propicia maior cumplicidade e facilidade na hora de resolver problemas, apresentar soluções, sempre baseadas em muita confiança.
No artigo de hoje trouxemos algumas informações acerca de como avaliar funcionários pcd, e também os inúmeros benefícios que uma empresa pode ter por manter os seus funcionários firmes através de oportunidades de desenvolvimento dentro da própria empresa.
A empresa que capacita e cuida dos seus funcionários têm resultados muito mais positivos.
A Iigual já incluiu mais de 20 mil pessoas com deficiência no mercado de trabalho. A consultoria nasceu da experiência de vida do casal fundador Andrea Schwarz e Jaques Haber, quando Andrea se tornou cadeirante em 1998 aos 22 anos.
Somos especializados em ações de Inclusão e Diversidade com foco em recrutamento e seleção, palestras, treinamentos, acessibilidade física e digital, Censo da Inclusão e Diversidade e consultoria em D&I.
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Andrea Schwarz
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Jaques Haber