A inclusão social nas empresas não se refere apenas às pessoas com deficiência, independente de qual seja. Assim, engloba um grupo de indivíduos que são tidos como minorias, por exemplo, idosos ou quem possui etnias e orientações sexuais distintas.
O que é a inclusão social nas empresas?
Esse conceito envolve diversas questões de aceitação de grupos de minorias no mercado de trabalho, além da representatividade, bem como equidade de oportunidades.
A inclusão social, de fato, vai mais além e engloba pessoas distintas, não apenas aquelas que possuem algum tipo de deficiência. Desse modo, significa que as empresas precisam abraçar diferentes:
- ideias;
- gêneros;
- etnias;
- idades;
- orientações sexuais;
- religiões;
- classes sociais.
A partir disso, o local de trabalho se torna mais plural, o que gera muitos benefícios a firma como:
- maior troca de conhecimento entre a equipe;
- soluções mais inovadoras;
- maior aceitação das diferenças.
Com isso, fica claro que a inclusão social nas empresas é essencial, não só para se fazer cumprir a lei, mas para agregar mais valor à corporação.
Diversidade no trabalho
No geral, as pessoas confundem os conceitos de diversidade e inclusão. Este primeiro, por exemplo, diz respeito à pluralidade de indivíduos em razão da:
- idade;
- raça;
- etnia;
- gênero.
Já a inclusão social é o modo como o mercado de trabalho e as empresas aceitam e abraçam diferentes pessoas em seus círculos.
Há diferença entre inclusão e diversidade?
Apesar de parecidos, existem diferenças entre esses termos. Afinal, é possível ter uma equipe diversa no sentido de pluralidade, entretanto, não contar com colaboradores inclusivos, isto é, que aceitam aqueles que são diferentes.
Outro exemplo é uma firma ter o mesmo número de homens e mulheres, mas somente esses primeiros ocupam os cargos de liderança. Portanto, apesar de haver diversidade, é um ambiente em que não se aplica à inclusão social.
Qual é a lei que trata da inclusão social nas empresas?
A Lei de cotas e a Lei Brasileira de Inclusão orientam as firmas a cumprirem com as regras de contratação, em especial, de pessoas com deficiência. Então, a empresa que descumprir as normas estabelecidas, pode ser punida com multas.
Lei Nº 8.213/91
A Lei de Cotas aborda que todas as organizações com mais de 100 colaboradores, precisam reservar cargos para pessoas reabilitadas do INSS ou que possuem alguma deficiência. A proporção da inclusão social nas empresas segue disposta abaixo:
- 100 a 200 funcionários: 2% das vagas devem ser para pessoas com deficiência;
- 201 a 500 funcionários: 3% das vagas devem ser para pessoas com deficiência;
- 501 a mil funcionários: 4% das vagas devem ser para pessoas com deficiência;
- acima de mil funcionários: 5% das vagas devem ser para pessoas com deficiência.
Qual é a importância da inclusão social nas empresas?
A inclusão social nas empresas é importante, porque tem relação direta com as tomadas de decisões nos negócios. Já que a equipe se torna mais inclusiva, aceita opiniões distintas e abraça, acima de tudo, diferentes vivências dentro e fora do local de trabalho.
Com isso e aliada às leis do Brasil, a corporação se torna mais aceita dentro de sua área de atuação e também perante a avaliação pública.
Local de trabalho plural
Um ambiente de trabalho mais plural contribui para o plano estratégico da marca. Afinal, como cada funcionário vive de uma maneira, é possível reunir soluções inéditas e criativas em prol da empresa.
Maior atração de talentos
Com um local de trabalho mais plural e uma maior aceitação do público, novos candidatos vão se interessar em atuar em sua empresa. Isso porque, saberão que em sua firma há espaço para que eles possam ser eles mesmos, sem preconceitos.
Employer branding mais forte
A inclusão social nas empresas, de fato, ajuda a fortalecer a sua marca empregadora no mercado. Uma consequência natural do seu trabalho em aceitar as diferenças de cada membro do seu time.
Isso é essencial, ainda mais que a população está bem atenta em relação às empresas que, de fato, aplicam a D&I e permitem que seus funcionários sejam mais livres, sem medo de julgamentos.
Times mais criativos
Com uma equipe diversa e atraindo talentos cada vez mais plurais em seu processo seletivo, não há dúvidas de que a produtividade e a criatividade serão bem maiores, o que trará ótimos resultados para o seu negócio.
Como aplicar a inclusão social nas empresas?
Ao investir na inclusão social nas empresas, é preciso que as firmas se preparem para receber muito bem os novos talentos. Isso quer dizer, tratar a todos de forma igual, afinal, são pessoas que vão atuar para contribuir com o sucesso do seu negócio.
Para isso, deve-se colocar em prática algumas ações, a fim de promover a D&I no local de trabalho:
- tirar todas as dúvidas do seu quadro de pessoal;
- conhecer, de antemão, as demandas das pessoas com deficiência;
- aplicar a acessibilidade no espaço de trabalho;
- capacitar tanto a equipe quanto o setor de RH;
- estimular, acima de tudo, o respeito e a empatia entre os funcionários;
- olhar a todos além de suas limitações e diferenças.
Outro modo de aplicar a inclusão social é oferecer um curso de Libras aos seus colaboradores, por exemplo, caso um dos seus novos talentos tenha deficiência auditiva. Dessa forma, não haverá qualquer tipo de entrave na interação entre a equipe.
A inclusão social nas empresas é um trabalho coletivo?
A inclusão social nas empresas requer a ajuda de todo o quadro de pessoal. Para isso, no entanto, ele deve passar por um processo de conscientização, a fim de evitar quaisquer ações de capacitismo ou preconceito.
É preciso que aconteça um acolhimento real por parte de toda a corporação. Incluir pessoas plurais em seu negócio precisa ir além de um mero cumprimento da lei. Aliás, se esse é o único motivo, de nada vai adiantar pois este novo talento vai continuar às margens da firma.
A inclusão e a diversidade devem estar presentes na cultura da empresa, em seu local de trabalho, bem como, nas interações do dia a dia entre toda a equipe. Só assim, será possível fazer a diferença no mundo.