Com certeza essa dúvida não está no ranking dos seus questionamentos, e nem no da maioria das pessoas. Atualmente, na era digital, é inconcebível destinarmos um tempo para nos questionarmos sobre a inclusão digital, não é mesmo?
Sempre que tratamos do tema inclusão diversas cenas surgem na nossa mente, como uma rampa de acesso, ou um elevador, um caixa preferencial, enfim… Mas com certeza a inclusão digital não é a primeira coisa que vem à nossa mente.
Mas afinal, você sabe o que é inclusão digital? Já se perguntou sobre como uma pessoa com deficiência faz para usar a internet se ela tiver alguma deficiência na visão, por exemplo? Fique por dentro do nosso artigo para entender um pouco mais sobre esse tema tão atual e importante.
O que é a inclusão digital?
Inclusão digital é um processo de democratização do acesso às tecnologias de informação e de lazer, para que todos, indistintamente, tenham acesso às plataformas digitais sem dificuldades na hora do acesso, principalmente para as pessoas com deficiência. É uma forma de possibilitar a rotina e autonomia da PCD, para que esta consiga desenvolver suas potencialidades.
A inclusão pressupõe o compartilhamento de conhecimentos e informações que devem ser acessíveis para todos cidadãos. É somente através da inclusão digital que as pessoas com deficiência podem viver sua vida de forma autônoma, encurtando barreiras para o acesso ao conhecimento e também à cultura e lazer.
Como a pessoa com deficiência utiliza a internet?
É importante começarmos essa explicação evidenciando que atualmente no Brasil, cerca de 25% da população apresenta alguma deficiência, e que, até poucos anos atrás, somente 1% dos sites ofereciam inclusão digital.
Com toda a preocupação que hoje tem se instaurado na acessibilidade e inclusão digital, o número de sites que possibilitam a inclusão têm crescido, e melhorado a cada dia a fim de oferecer maior auxílio e comodidade para as PCDs.
Disponibilizar uma linguagem acessível a todos é basicamente tão importante quanto a construção das rampas de acesso.
Os sites que atualmente se preocupam em disponibilizar a tradução em libras, sinais, braile, ou até mesmo a opção de ler em letras maiores, com mais imagens e menos palavras, estão um passo à frente de toda a realidade que vivenciamos. Quando um site é acessível, as organizações ganham muito com isso, principalmente devido ao número apresentado acima, onde 25% da população apresenta algum tipo de deficiência. Além das organizações, e mais importante do que elas, as pessoas com deficiência conseguem ter acesso aos conteúdos com facilidade e clareza, sem depender de pessoas para conseguir entender ou pesquisar alguma informação. Ou seja, é uma via de mão dupla! Isso acaba gerando maior independência à pessoa com deficiência, e aumentando o sucesso e crescimento das organizações que trabalham com a acessibilidade.
Se o seu site ainda não oferece a acessibilidade para deficiente, é de suma importância que considere implementar. Além de promover um ambiente igualitário, ainda promove maior número de acessos, pois a mensagem conseguirá ser passada a todos, indistintamente. Se preocupar com a inclusão digital é sobre ter empatia, e se colocar no lugar do outro, sentindo na pele todo o descaso e falta de informação.
Para que o PCD possa utilizar a internet, o site precisa ter as características citadas acima, como disponibilização em libras, braile, letras maiores, mais imagens e menos palavras, enfim, todas essas características permitem que a pessoa com deficiência possa utilizar as plataformas digitais, integrando com autonomia a grande massa de usuários da internet.
Porque é importante entendermos e respeitarmos a inclusão digital?
Para que possamos responder essa pergunta, basta olharmos para nós mesmos, e pensarmos com um pouco de empatia. Se você fosse uma pessoa com deficiência e não conseguisse dispor de algumas facilidades que a globalização e a modernidade apresentam, o que você faria?
Geralmente não somos capazes de entender certos questionamentos porque não estamos vivendo aquela realidade. Ao nos colocarmos no lugar das pessoas é que somos capazes de entender e questionar algumas injustiças e discriminações. É simplesmente inconcebível pensarmos que no ano de 2021 ainda existem pessoas que não conseguem se informar, ou tirar um momento de lazer por conta da ausência de inclusão digital.
A importância de entendermos esses assuntos gira em torno das cobranças que nós, cidadãos, precisamos fazer para os nossos governantes a fim de obter retorno através de leis, decretos e regulamentações que obriguem que os sites trabalhem com a inclusão digital. Somos nós quem precisamos cobrar nossos colegas preconceituosos, nossas famílias, e todas as pessoas que agem de forma discriminatória.
Diversos são os benefícios dos sites que trabalham a inclusão digital, principalmente no que diz respeito ao número de acessos.
Atualmente, basicamente todo o acesso às informações que nós temos, obtemos através das plataformas digitais. A não disponibilização de acessibilidade digital atrapalha muito o desenvolvimento intelectual da PCD, e a sua independência. A partir do momento que atrapalhamos a independência das pessoas com deficiência, praticamos involuntariamente o capacitismo, que é a necessidade de acreditar que as PCDs são dependentes o tempo todo, e que por terem alguma deficiência não podem viver livremente suas vidas com autonomia e liberdade. Lutar pela inclusão digital e todos os outros tipos de inclusão é uma forma de acabarmos com esse preconceito escondido nas manifestações do capacitismo.
Somente nós poderemos acabar com o preconceito enraizado em nossa sociedade. Cabe a cada um de nós cobrar dos nossos governantes políticas de inclusão, acabar com frases preconceituosas no nosso círculo de amigos, e familiares. Seja um ensejador da mudança. Ela começa agora.
Gostou do nosso texto sobre inclusão digital? Compartilhe com os seus amigos, e ajude as pessoas com deficiência na luta pela falta de inclusão digital, e todos os outros tipos de inclusão. A mudança só é significativa quando começa de dentro para fora. Se você tiver alguma experiência com sites que tenham a inclusão digital compartilhe com a gente nos comentários.
A Iigual já incluiu mais de 20 mil pessoas com deficiência no mercado de trabalho. A consultoria nasceu da experiência de vida do casal fundador Andrea Schwarz e Jaques Haber, quando Andrea se tornou cadeirante em 1998 aos 22 anos.
Somos especializados em ações de Inclusão e Diversidade com foco em recrutamento e seleção, palestras, treinamentos, acessibilidade física e digital, Censo da Inclusão e Diversidade e consultoria em D&I.
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Jaques Haber