Não é de hoje que sabemos que pessoas com deficiência passam por discriminação em diversos locais da sociedade. Essa discriminação até mesmo afeta as oportunidades de emprego que surgem para as pessoas com deficiência.
Por um longo tempo, a maioria das empresas não contratavam pessoas com deficiência, pois equivocadamente pensavam que essas pessoas não eram capazes de desempenhar as suas atividades de maneira eficaz.
Infelizmente esse pensamento ainda permeia pela mente de muitos empregadores, mas desde 1991 existe uma lei que obriga as empresas com mais de 100 funcionários a contratarem pessoas com deficiência, em um número determinado de cotas.
Com essa lei, as oportunidades de emprego para pessoas com deficiência aumentaram de forma significativa, no entanto os números ainda estão bem longe do ideal.
Mas apesar do aumento de contratações de PCDs por conta da lei de cotas, muitas empresas só contratam porque são obrigadas e, com isso, acabam proporcionando um ambiente totalmente desagradável para os funcionários com deficiência dentro da empresa.
Infelizmente, muitas práticas discriminatórias acontecem em muitas empresas que contratam apenas por causa da obrigatoriedade, pois essas empresas não promovem a inclusão da forma adequada.
Essa discriminação que ocorre nas empresas, muitas vezes afeta a produtividade e desemepneho das pessoas com deficiência.
Neste artigo vamos falar mais a respeito dessas práticas discriminatórias e, como uma empresa pode combatê-las para que todos os funcionários possam trabalhar em harmonia, sem que nada afete a produtividade deles.
O que é capacitismo?
Não há uma definição única e definitiva de capacitismo. Isso era de se esperar, afinal racismo, sexismo e classismo podem ser explicados de maneiras diferentes, mas não há dúvida de que eles se referem a problemas do mundo real.
O capacitismo pode ser definido no geral como um conjunto de estereótipos sobre pessoas com deficiência que atuam como uma barreira para impedi-los de atingir seu pleno potencial como cidadãos iguais na sociedade.
Em termos mais simples, o capacitismo é a discriminação destinada a pessoas com deficiência. Essa discriminação pode se apresentar com palavras por meio de termos baseados em esterotipos, ou por meio de ações.
Quando falamos de expressões capacitistas, podemos afirmar que infelizmente todo mundo já usou ou ouviu alguém usar uma expressão capacitista no dia a dia para se referir a uma pessoa com deficiência.
Alguns exemplos de expressões capacitistas que nunca devem ser usadas ao se referir a uma pessoa com deficiência são: “inválido”, “portador de deficiência”, “preso a uma cadeira de rodas”, “aleijado”, “deficiente” “coxo” e qualquer outra expressão baseada em preconceitos e estereótipos.
Como o capacitismo pode se apresentar no local de trabalho?
Infelizmente o ambiente de trabalho é um dos locais mais comuns para surgir o capacitismo. Tanto colegas de trabalho, como os líderes estão propensos a lidar com pessoas com deficiência no local de trabalho, influenciados pelo capacitismo, seja ele consciente ou inconsciente.
O uso de expressões capacitistas é a forma mais comum nesses ambientes, mas outras coisas também podem se apresentar de forma capacitista no ambiente de trabalho. Na verdade, qualquer tratamento diferente dado a uma pessoa com deficiência, pode ser considerado como capacitista.
Por exemplo, mesmo que bem intencionados, alguns líderes deixam de delegar tarefas e funções a funcionários com deficiência, pois acham que eles não serão capazes de cumprir as tarefas que lhes forem designadas.
Isso é uma atitude capacitista que muitas vezes acaba até mesmo afetando o desempenho do funcionário com deficiência.
Como o capacitismo afeta o desempenho de um funcionário PCD?
As pessoas com deficiência são empregadas a taxas significativamente mais baixas do que as pessoas sem deficiência, apesar de terem interesse e capacidade para trabalhar. Essas disparidades de emprego refletem estereótipos sobre deficiência, capacidade, produtividade e desempenho.
Os estereótipos que envolvem pessoas com deficiência não afetam apenas quem é contratado, mas a discriminação no local de trabalho também afeta o funcionário com deficiência que já estão empregados.
Imagina ter que trabalhar todos os dias com pessoas te discriminando com palavras e ações? Isso com certeza afetaria o desempenho e produtividade de qualquer pessoa.
Diante disso, é necessário que o empregador e os profissionais de RH estejam atentos a essas situações e criem estratégias para eliminar qualquer traço de capacitismo dentro da empresa.
Estratégias para combater a discriminação de pessoas com deficiência no local de trabalho
Uma empresa que luta para combater o capacitismo, criando estratégias de inclusão pode se beneficiar de várias formas e o desempenho dos funcionários com deficiência podem ser afetados de forma positiva em uma empresa inclusiva.
Veja a seguir algumas estratégias que podem te ajudar a eliminar o capacitismo dentro da sua empresa.
Eduque a sua equipe sobre diversidade e inclusão
Para criar um ambiente inclusivo, é necessário que tanto os funcionários como os líderes estejam cientes da importância disso. Você pode conscientizá-los por meio de palestras e dinâmicas em grupo sobre a importância da inclusão.
Especialistas afirmam que a melhor forma de conscientizar outros sobre a inclusão é desenvolvendo o sentimento de empatia. Sendo assim, é necessário fazer com que a equipe sinta os mesmos sentimentos que os funcionários com deficiência sentem quando são discriminados.
Esteja atento a linguagem que você usa
Como mencionamos, o capacitismo é demonstrado a maioria das vezes por meio de expressões capacitistas, baseadas em estereótipos. Sendo assim, principalmente os líderes e profissionais de RH devem ter cuidado com os termos que irão usar ao se referir aos funcionários com deficiência.
Não faça suposições infundadas ao lidar com PCDs
Mencionamos também que um líder não deve deixar de designar uma tarefa para um funcionário com deficiência, apenas por que ele acha que o funcionário não vai conseguir cumprir a tarefa.
Essa é uma suposição infundada. Como líder, você não deve deixar de atribuir tarefas a nenhum funcionário com deficiência por causa de suposições preconceituosas.
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A Iigual já incluiu mais de 20 mil pessoas com deficiência no mercado de trabalho. A consultoria nasceu da experiência de vida do casal fundador Andrea Schwarz e Jaques Haber, quando Andrea se tornou cadeirante em 1998 aos 22 anos.
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