As pessoas com deficiência sofrem com o estereótipo de forma regular em vários ambientes, inclusive, o de trabalho. Mas, essa é uma prática que deve ser reprimida. Então, entenda o que a lei diz sobre isso e como combater esse padrão dentro de sua firma.
O que é estereótipo?
Estereótipo é uma ideia sobre grupos de pessoas com atributos físicos ou mentais parecidos. Além disso, ele pode se manifestar de forma positiva com base em crenças sem fundamento.
Isso, em geral, ocorre porque muitos não levam em consideração que cada um tem a sua individualidade. Ou seja, características que tornam cada ser humano único.
Outro ponto relevante é que se manifesta em diversos ambientes. Portanto, é possível ver aqueles que são discriminados em locais de trabalho, na rua ou até mesmo em casa.
Quebrar esse problema social é um dever de todos. Desse modo, se você possui uma empresa e deseja torná-la mais inclusiva, o primeiro passo é desconstruir esse aspecto no seu time.
O que gera os estereótipos em pessoas com deficiência?
A ignorância é um dos maiores fatores para a construção de estereótipos. Isso porque, muitos indivíduos cresceram com a crença de que as pessoas com deficiência são incapazes de exercer uma profissão, por exemplo.
Durante a história, muitos indivíduos como Frida Kahlo e outros comprovaram que fazer parte desse grupo não os tornaram menos brilhantes. Além disso, existem outros pontos que reforçam essa forma de pensar, como:
- ter uma visão limitada;
- usar a mídia e a cultura de forma errada;
- medo de mudar;
- incapacidade de se colocar no lugar do outro.
Os aspectos citados acontecem muito nos locais de trabalho. Mas, já foi mais do que comprovado que ter esses indivíduos no time eleva a produtividade, ajuda a reter talentos e promove a união da equipe de forma contínua.
O que a lei fala sobre estereótipo de pessoas com deficiência?
A Constituição Federal ao assegurar a igualdade deixa claro que o estereótipo de pessoas com deficiência não deve ocorrer. Além disso, as leis n.º 8.213/1991, n.º 13.146/2015 e n.º 12.527/2011, reforçam essa ideia de forma diversa.
É essencial saber que todas elas defendem com ênfase a equidade social. Desse modo, caso a empresa não as sigam, poderá ser punida na justiça.
Apesar de não ser uma norma, a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência é um tratado internacional que defende a igualdade. Ou seja, não tolera que pessoas com deficiência passem por discriminação.
Como combater o estereótipo de pessoas com deficiência no trabalho?
O primeiro passo para combater o estereótipo de pessoas com deficiência no trabalho é estudar a lei. Isso porque, ela é o mapa para criar um time inclusivo. Além disso, há outras ações relevantes, como:
- mudar a política da firma;
- ter uma liderança empresa que apoie a causa;
- investir em acessibilidade física e digital;
- criar campanhas sobre o tema.
Uma boa dica é pedir a opinião de pessoas desse grupo. Afinal, elas vão saber apontar aspectos que estimulam essas ações. Então, ficará mais fácil inibir a prática de uma vez por todas.
Estimular a participação desses indivíduos também é uma forma de lutar pela causa. Isso porque, eles vão mostrar para todos que são capazes de contribuir para a empresa com eficiência.
Ao fazer isso, você vai conseguir incentivar a união de todo o time. Por fim, também vale a pena investir em cursos e palestras que abordem o tema de forma clara e completa.
Mude a política da firma
A política de uma empresa é um guia para os funcionários. Então, quando ela é antiga, pode não estar de acordo com a sociedade atual. Logo, ela vai acabar passando conceitos equivocados.
Para evitar isso, é dever do RH analisar bem esse ponto e atualizar o que for necessário. Além disso, vale mencionar que fazer isso pode ainda atrair novos talentos para o seu negócio.
Invista em uma liderança inclusiva
O líder é referência para um time. Portanto, se ele for inclusivo, todos vão seguir esse caminho. Então, na hora de fazer a seleção, vale a pena avaliar se ele possui algumas características, como:
- acredita na escuta ativa;
- é adaptável e flexível;
- possui empatia e sensibilidade;
- acredita e estimula a qualificação profissional;
- luta por um ambiente de trabalho acessível.
É bom saber se tem como proposta realizar reuniões que abordam o tema. Afinal, com elas, o seu time pode tirar dúvidas e relatar fatos essenciais que acontecem no dia a dia de trabalho.
Invista na acessibilidade
O primeiro passo para investir na acessibilidade é reformar o ambiente físico da empresa. Então, contrate um profissional para fazer uma avaliação e definir o que será preciso mudar, que por norma é:
- uma sinalização adequada;
- banheiros com suporte para pessoas com deficiência;
- rampas, corrimões e piso tátil.
Em relação ao campo digital, você deve investir em plataformas acessíveis para todos. Além disso, adquirir computadores, tablets, teclados e outras peças que tenham suporte em libras.
Crie boas campanhas sobre o tema
Para criar boas campanhas sobre o tema, você precisa entender o seu público. Desse modo, será possível iniciar um projeto que chame a atenção e fique fixado na memória do time.
É interessante pedir a opinião de pessoas com deficiência, contar histórias reais e inspiradoras, bem como promover ações práticas. Além disso, você deve considerar outros pontos, como:
- impacto da campanha;
- chance de ampliar a mensagem;
- necessidade de usar uma linguagem inclusiva.
Tudo isso pode ser feito com organização e criatividade. Mas, a realidade é que o primeiro passo nunca é fácil. Então, será preciso resiliência e começar a se planejar quanto antes.
Quais ações tomar ao sofrer estereótipo no local de trabalho?
Ao sofrer estereótipo no local de trabalho, você deve manter a calma e educar a pessoa. Ou seja, mostre a ela que essa atitude é errada e que ela pode ser punida. Além disso, nunca esqueça de:
- comunicar ao líder o ocorrido;
- registrar o fato;
- buscar na lei os seus direitos;
- recorrer à política da empresa.
Manter os estereótipos só traz retrocesso social. Portanto, se é do seu interesse ter uma empresa engajada que luta pela igualdade, vale a pena aplicar as dicas passadas e combater essa prática de vez.
Por que as empresas devem combater o estereótipo?
Em primeiro lugar, é preciso que as empresas combatam o estereótipo para estarem em conformidade legal, pois embora as leis não sejam claras quanto as ações que devem ser tomadas para coibir, são claras no sentido de que tem responsabilidade sobre isso.
Contudo, esse combate também tem um impacto bastante positivo para o clima e a forma de se relacionar dos colegas de trabalho. O que, por sua vez, ajuda a fazer uma boa gestão das equipes e cria a sinergia entre o time.
Ao criar um ambiente mais justo e acolhedor, as pessoas de diversas identidades e origens se sentem mais valorizadas e com isso contribuem de forma plena para o sucesso do grupo.
Quais são os principais benefícios de combater os estereótipos?
Um dos principais benefícios de combater o estereótipo é fomentar uma cultura de respeito mútuo. E isso tem reflexos que vão desde o clima e a produtividade, até a saúde mental e a retenção de talentos diversos, em especial, os melhores.
Pois, isso melhora a satisfação e faz com que engajem, assim, todos colaboram de forma plena para o sucesso no longo prazo. O contrário, pode gerar um clima de tensão e brigas, o que, é ruim para a gestão de pessoas e como efeito, para as operações de rotina.
Ou seja, os benefícios são vários e conectados. Afinal, a diversidade em si, favorece muito a criatividade e a inovação. E quando os indivíduos sentem-se aceitos, isso também é bom saúde física e mental deles, que passam a ser mais produtivos.