Atualmente, temas como diversidade e inclusão vem fazendo parte do nosso dia a dia. Ouvimos cada dia mais sobre a necessidade de respeitar as diferenças do nosso semelhante.
Nossa legislação tardia e ineficaz fez com que temas de grande importância tivessem uma demora em seu tratamento. Hoje vemos a importância e a necessidade de abordar temas como esses em nossa sociedade, pois somente assim teremos uma sociedade mais justa e inclusiva.
Embora essas duas palavras caminhem juntas, seus sentidos são bem diferentes, e cada um tem a sua importância.
Vamos entender um pouco mais sobre cada um dos institutos diversidade e inclusão?
- A diversidade, de acordo com estudos comportamentais dos indivíduos, diz respeito ao que é diferente, ou seja, engloba tudo aquilo que não é semelhante. É uma multiplicidade de características variadas de pessoas, espécies e coisas. Quando falamos em diversidade, geralmente nos direcionamos a uma representação de dados estatísticos sobre determinada população, como por exemplo o percentual de pessoas com deficiência no ambiente profissional, ou a quantidade de grupos LGBTI+ e suas extensões. Procura estudar sempre a relação de representatividade desses grupos com os seus ambientes de atuação.
- A inclusão diz respeito à forma que a multiplicidade de características deve ser aceita na nossa sociedade, e aceita como algo natural. É a aptidão de entendermos e reconhecermos o outro tendo a capacidade de viver em comunhão com pessoas que por algum motivo são diferentes de nós. Inclusão é a garantia de que todos os grupos pertencentes à diversidade tenham espaço nos ambientes de ensino, trabalho, bem como garantia de igualdade de chances e oportunidades. Para deixar claro o significado de cada um destes institutos, nada mais didático do que a frase de Vernã Myers: “Diversidade é levar para a festa. Inclusão é chamar para dançar”
Importância da inclusão na nossa sociedade
Como abordado acima, temas como a diversidade e inclusão foram tardiamente tratados em nosso direito brasileiro, o que fez com que muitas pessoas fechassem os olhos para as pessoas que precisam de inclusão.
Os reflexos desse reconhecimento tardio ainda é muito atual, e faz com que pouquíssimos deficientes físicos consigam trabalhar, ou frequentar lugares devido à falta de acessibilidade e preparo dos ambientes para receber os PCDs.
A diversidade e inclusão é um processo lento de mudança dentro de todo um cenário, principalmente dentro de uma empresa.
Lei Brasileira que surgiu para regulamentar a inclusão e diversidade
- Lei n° 13.146, de 6 de Julho de 2015 – “Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência” – Esta lei é destinada a promover em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoas com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania, como diz o artigo primeiro da lei supracitada.
Quem é considerado deficiente de acordo com a legislação brasileira?
De acordo com o artigo segundo da lei 13.146/15, é considerada pessoa com deficiência toda aquela que tem impedimento de longo prazo, de natureza:
- física,
- mental,
- intelectual,
- sensorial.
Como trabalhar a diversidade e inclusão dentro da sua empresa
A lei 8213/91 “Lei de Cotas para Deficientes” impõe às empresas que tenham um quadro superior a 100 funcionários, a contratação de 2% a 5% de pessoas portadoras de deficiência.
Para querer fazer a diferença, basta dar o primeiro passo! Sua empresa pode se tornar um local de inclusão.
Antes de tudo precisamos reconhecer que conviver com pessoas que têm um tipo de deficiência é um aprendizado. Todos nós, seres humanos, temos limitações, e reconhecê-las é desgostoso para todos. Dessa forma, é por isso que é tão importante aprendermos a lidar com as PCDs.
Devemos prezar sempre por meios alternativos que tornem a qualidade de vida das pessoas com deficiência minimamente melhor, com acessibilidade e empatia.
Dicas para incluir na sua empresa um funcionário que tenha uma deficiência física
- Pensar e incentivar o RH da empresa, para que este trabalhe os funcionários que já compõem o quadro do local de trabalho. Desenvolver dinâmicas em grupo e promover a integração entre os trabalhadores.
- Adaptar o local da prestação de serviço. Pode ser substituindo uma escada por rampas de acesso, mesas para que a pessoa com deficiência possa entrar com suas cadeiras, estacionamentos com vagas exclusivas, etc.
- Acompanhar o desenvolvimento da PCD dentro da empresa, oferecer auxílio nas tarefas mais dificultosas, treinamento, e dedicação.
- Inovar o método de seleção e recrutamento das pessoas com deficiência, a fim de sempre melhorar a estratégia de contratação.
Dicas de relacionamento para conviver com pessoas com deficiência física respeitando a diversidade e a inclusão
Se a pessoa for cadeirante:
- Não escore na cadeira de rodas da pessoa, afinal, não é uma “cadeira de descanso” e sim uma extensão do corpo da pessoa com deficiência.
- Antes de oferecer ajuda, pergunte se a pessoa aceita sua ajuda, e jamais insista se a resposta for negativa.
- Caso a resposta seja positiva e a pessoa aceite sua ajuda, deixe que ela lhe diga como agir, não tente se precipitar.
- Quando você for conversar com a pessoa, procure sempre estar sentado, ou no mesmo nível de olhar com a pessoa, dessa forma ela se sentirá mais à vontade.
- Jamais estacione seu carro na vaga para pessoas com deficiência, ou em rampas de acesso nas calçadas. Muitas vezes os cadeirantes não tem como subir senão por essas rampas de acesso.
- Usar as palavras “andar” ou “correr” não devem ser temidas, afinal, a conversa deve fluir normalmente, desde que não faça menções desagradáveis à situação da pessoa.
- Se você tiver curiosidade em saber qualquer coisa sobre a deficiência física da pessoa, priorize perguntar diretamente para ela. O máximo que pode acontecer é a pessoa não se sentir confortável em falar sobre o assunto e não querer falar.
Caso a pessoa use muleta:
- É importante ter tempo, e não sair apressado e correndo. Dessa forma a pessoa não conseguirá acompanhar seu ritmo. Quando estiver caminhando com uma pessoa que use muletas, ande devagar, respeitando a velocidade do seu parceiro.
- Não deixe que seu colega de trabalho fique longe das muletas. Caso ele necessite andar mais depressa ou fazer algo de forma mais rápida, as muletas estarão ao seu alcance.
- Como aplicável também no caso dos deficientes físicos que usam cadeira de rodas, antes de ajudar, sempre ofereça ajuda. Nem sempre a pessoa estará necessitando de você.
Por fim, procure sempre ajudar e seja acessível com as pessoas portadoras de deficiência. Muitas delas já passaram por experiências muito tristes e desrespeitosas. Por isso é muito importante estarmos sempre ligados nas políticas de diversidade e inclusão. Assim conseguiremos criar um ambiente digno e humano para todos conviverem em igualdade.
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