A diversidade cultural é um tema que aparece muito nas pautas das empresas que tem como meta a inclusão e a inovação. Desse modo, é essencial que o pessoal do RH conheça o conceito e saiba como dar espaço para muitas vozes distintas.
O que é a diversidade cultural?
Pode-se dizer que a diversidade cultural é a capacidade de reunir e integrar diferentes grupos sociais, étnicos, linguísticos e religiosos de um modo que seja inclusivo e também acolhedor. Assim, para tanto, é vital valorizar e respeitar as diferenças de:
- tradições;
- crenças;
- costumes.
Em outras palavras, no que se refere ao contexto das organizações e do papel do RH, ela é a arte de incluir na equipe membros com diversas idades, gêneros, orientação sexual, habilidades, deficiências, entre outros.
Isso gera para as empregadoras uma imensa riqueza em termos de perspectivas e criatividade. Sendo algo que é bom para as soluções inovadoras, as dinâmicas e ainda para o clima.
Afinal, cada um dos membros diversos conta com uma bagagem de vida e experiências que são únicas. E contribuem de forma única para a solução de problemas gerando uma força de trabalho ativa e eficaz.
Quais são os tipos de diversidade cultural?
A diversidade cultural pode ser agrupada em cinco grandes grupos, ou tipos, onde cada um deles é composto por pessoas diversas e únicas. Assim, fazer essa categorização serve apenas para criar metas e objetivos. Então, eles podem ser:
- étnicos e raciais;
- de gênero;
- geracionais;
- de habilidades e capacidades;
- linguísticos e de culturas.
Em relação à variedade étnica e racial, ela envolve fazer a inclusão de pessoas brancas, negras, pardas, indígenas e asiáticas, entre outros. Além disso, é um passo crucial para o combate ao racismo e aos preconceitos históricos.
O gênero inclui mulheres, homens e a comunidade LGBTQIAP+, bem como, a luta por uma distribuição equitativa nas chances de crescimento na carreira de minoria sociais, como as pessoas trans e grupos maioritários, porém, excluídos de alguns cargos, como as mulheres.
Uma cultura diversa em termos geracionais lida com a troca de saber entre os membros que fazem parte desde a geração baby boomers, até a Z. O que inclui os millennials e a geração X.
No grupo das habilidades e capacidades, está a neurodiversidade em todas as suas formas, e ainda, as pessoas com diferentes tipos de deficiência. Desse modo, é essencial quando se trata de inclusão e de criar ambientes acessíveis e acolhedores.
A linguística e a cultura envolvem ter membros de diferentes regiões que falem outros idiomas, ou que tenham novas formas de se comunicar e de ver o mundo devido a sua formação cultural. O que é vital para trabalhar ao nível nacional e mais ainda no global.
Por que a diversidade cultural é importante para as empresas?
Ter diversidade cultural na empresa é importante por várias razões, em primeiro lugar, porque é vital para o sucesso. Isso porque, ela ajuda a melhorar a competitividade no mercado e a fazer uma adaptação mais rápida frente as mudanças.
Além disso, ela é uma forma de evitar a discriminação e promover a justiça social. Ou seja, uma empresa mais diversa, é também mais inclusiva. Assim, torna seu quadro, um retrato mais fiel de como a sociedade é na realidade: plural.
Em outras palavras, é uma estratégia de negócios que gera um impacto social positivo e que também tem o poder de fazer com que os membros das equipes encontrem soluções inovadoras e criativas para os problemas que aparecem na rotina de trabalho.
O que, por sua vez, reflete também no clima, fazendo com que eles consigam se relacionar melhor entre si e ainda com as demandas dos clientes, pois são diversos, o suficiente para poder olhar o mundo sob vários ângulos.
Qual é o papel do RH na promoção da diversidade cultural?
O RH tem um grande papel na promoção da diversidade cultural da empresa. Portanto, deve ser proativo e trabalhar para que o local de trabalho alcance representatividade inclusiva e equitativa de diferentes grupos por meio de:
- políticas internas inclusivas;
- seleção e recrutamento de pessoas diverso e acessível;
- programas de retenção e crescimento de talentos.
É parte do papel dos gestores de recursos humanos ainda fazer a mediação dos conflitos que podem surgir ao implementar as novas culturas e políticas internas. Da mesma forma, conscientizar e educar sobre os problemas que ações como, por exemplo, o assédio, geram.
Ou seja, o RH deve criar uma cultura que seja justa e eficaz para garantir que todos integrem o time de forma harmoniosa e respeitosa. E que com isso, cada um possa contribuir de modo pleno para a empresa crescer, tendo também chances de progredir na carreira.
Como promover a diversidade cultural?
O primeiro passo para promover a diversidade cultural na empresa é assumir um compromisso com este valor e trabalhar de forma contínua para ser cada vez mais plural e diverso. Para tanto, comece seguindo estes passos:
- defina metas e métricas;
- faça a conscientização;
- revise as políticas.
As metas e métricas são essenciais para avaliar os resultados ao longo do tempo. Mas, além de atrair os candidatos, é preciso que os integrantes que já estão na equipe recebam os diversos perfis com respeito, empatia e colaboração.
Por isso, é vita, dialogar com as lideranças, os gestores e todos do time sobre o quanto é importante estar aberto a interagir bem com as diferenças e as formas como isso pode ser feito.
A partir disso, é que você deve fazer a revisão das políticas e práticas tanto do processo de seleção quanto das questões internas da organização para que elas consigam alcançar perfis plurais e diversos.
Práticas úteis para implementar
Para evitar os vieses inconscientes durante o processo de seleção, busque usar, de forma adequada, recursos tais como a triagem de currículos por meio de IA ou sistemas ATS e ferramentas de avaliação de fit cultural.
Anuncie as vagas em canais que agreguem pessoas diversas e use uma linguagem clara e acessível para diferentes públicos ao fazer a descrição.
Crie programas que possam identificar e capacitar os talentos que já estão na empresa e os que irão chegar. Isso promove chances equitativas de crescimento e atrai talentos compatíveis com os valores da organização.
Crie grupos de afinidade e dialogue com eles
Os grupos de afinidade são uma ótima forma de entender a realidade cotidiana dos funcionários diversos. Saber pelo que eles lutam, quais melhorias querem, é muito importante para criar um ambiente acolhedor.
No entanto, fazer isso também é uma forma de obter insights valiosos sobre os termos apropriados para usar na linguagem e as necessidades mais latentes para ter um local de trabalho saudável e produtivo.
Avalie e faça ajustes
A D&I é um processo de melhoria contínua. Ou seja, a cada dia e ação realizada com este foco, as empresas se tornam mais diversas e mais inclusivas.
Então, avalie de forma frequente as metas e métricas para entender o que dá resultado e o que é preciso ajustar para alcançar os objetivos propostos.
Ao seguir estas dicas e ter uma aliança com os princípios da D&I, elas serão uma realidade cada vez mais presente. Por fim, caso precise de uma consultoria ou outros serviços para melhorar a inclusão de perfis plurais e diversos, conte com a iigual.