Debater sobre o capacitismo dentro das empresas é um ponto crucial para construir um ambiente igualitário. Isso porque, a quebra dele é primordial para a inclusão social das pessoas com deficiência no trabalho e no mundo. Então, se isso te interessou, saiba mais.
Por que é crucial debater e entender o que é capacitismo?
Entender o que é o capacitismo é importante para debater, porque esse é um tema pouco abordado. Desse modo, é crucial dominar o assunto para passá-lo com clareza e precisão para terceiros.
Vale dizer que ele é termo que utilizado para descrever o preconceito e a discriminação as pessoas com deficiência. Ou seja, é o ato de oprimir alguém por sua condição física ou mental.
É importante saber que no passado essa era uma prática muito comum. Afinal, muitas pessoas acreditavam que as pessoas com deficiência não possuíam a capacidade de executar funções no ambiente de trabalho.
Apesar de ainda existir indivíduos que pensam assim, hoje o número já é bastante reduzido. Mas, ainda assim, há muito o que lutar para quebrar essa crença equivocada que só produz um retrocesso social.
O capacitismo é crime?
Não existe uma lei que fale sobre o capacitismo, o que não o torna crime. Mas, a Constituição Federal do Brasil, em seu artigo 5º, deixa claro que promover a equidade é dever de todo cidadão.
A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência 13.146/2015 inibe qualquer tipo de discriminação com base na deficiência de alguém. Assim, há diversas situações que se enquadram nas normas e por consequência, deve-se punir o opressor.
Qual a importância de desconstruir o capacitismo nas empresas?
Combater o capacitismo dentro das empresas faz com que seja possível criar um ambiente agradável e livre de preconceitos. Além disso, o time conseguirá perceber que o bem-estar deles é uma das maiores prioridades, o que reforçará a ideia que eles estão no lugar certo.
Como ele acontece nas empresas?
Nas empresas, o capacitismo pode ocorrer na falta de vagas para pessoas com deficiência. Além disso, vale mencionar que quando elas são contratadas, ele pode se manifestar de outras formas, por exemplo:
- falas que diminuam a capacidade do indivíduo em executar a tarefa;
- piadas pejorativas vindas dos colegas de trabalho;
- demonstração irracional de pena.
Qualquer ação que cause desconforto no grupo é uma discriminação. Inclusive, na maioria dos casos, o ofensor não acredita nas afirmações. Mas, devido à competitividade no trabalho, ele cria esse cenário tóxico.
Muitas vezes, o capacitismo é confundido com proteção. Ou seja, o indivíduo não fala de forma agressiva. Contudo, deixa a entender que a condição física ou mental de um terceiro o limita para executar tarefas e por isso, o melhor é que ele se preserve.
Quais os danos do capacitismo na empresa que é crucial debater?
É crucial debater sobre os atos de discriminação e preconceito contra pessoas com deficiência, a fim de que a empresa não perca os seus talentos. Além disso, existem outros danos relevantes, como:
- má reputação da marca entre os funcionários e o público;
- perda de produtividade;
- risco de enfrentar problemas jurídicos.
Na prática, a empresa que vê o ato e não se esforça para resolvê-lo, mostra que não é inclusiva. Ou seja, ela se coloca atrás de diversas outras no mercado, que podem se tornar a escolha de diversos clientes.
A verdade é que o capacitismo não traz nenhum tipo de benefício para o seu negócio. Desse modo, se você deseja ser uma fonte de inspiração para construir um mundo melhor, todo esforço será válido para mudar esse quadro.
Como o RH pode ajudar a combater o capacitismo?
O RH pode promover treinos e workshops que abordam exemplos de inclusão de pessoas com deficiência no local de trabalho. Desse modo, o time conseguirá entender mais sobre o assunto e colocá-lo em prática. Mas, caso esse seja um ponto já trabalhado, invista em:
- revisar ou atualizar a cultura e política da empresa;
- fomentar a acessibilidade no local de trabalho;
- criar programas de apoio a quem possui alguma deficiência;
- apostar na liderança com atitudes inclusivas;
- promover um processo seletivo sem preconceito;
- monitorar a eficiência das práticas já implantadas.
Fica claro, então, que o RH pode ajudar a combater o capacitismo. Portanto, se você tem uma empresa, nunca deixe de treinar esse setor para conseguir aplicar de forma efetiva os pontos abordados.
Como debater sobre o capacitismo nas empresas?
Para debater sobre o capacitamos nas empresas é crucial conhecer o tema e criar um ambiente seguro. Logo, você deve estabelecer um meio inclusivo onde o indivíduo não se sentirá julgado ao compartilhar as suas vivências. Além disso, é interessante:
- garantir que as pessoas com deficiência participem dos eventos;
- apresentar dados reais para argumentar sobre o tema;
- levar exemplos práticos para uma melhor compreensão;
- indicar ações corretas em certas situações.
É interessante deixar claro que esse é um projeto que será contínuo. Desse modo, o seu time conseguirá perceber a importância do tema e sentirá a necessidade de entender sobre o assunto, a fim de mudar suas posturas.
Outro ponto relevante é deixar claro que a mudança é emergencial e gradativa. Ou seja, não há a necessidade de criar quadros de ansiedade por não entender o tema e perceber que há muito para mudar. Assim, você evita resolver um problema e criar outro.
Quais os maiores desafios na luta contra o capacitismo para debater?
Um dos maiores desafios para combater o capacitismo e que vale a pena debater é a falta de compressão sobre esse conceito. Isso porque, muitos cresceram em ambientes que certas atitudes discriminatórias são consideradas normais.
Infelizmente, esse não é o único obstáculo hoje para exaurir a discriminação contra as pessoas com deficiência. Mas, se você deseja abordar cada um deles, vale a pena conhecer outros, como:
- falta de acesso à informação;
- desconstrução da descriminalização nos processos seletivos;
- ausência de acomodações que proporcione conforto e segurança para todos;
- resistência a mudanças.
Muitas pessoas não conseguem mudar a maneira de pensar com facilidade. Desse modo, será necessário investir em treinos intensos para fazer com que compreendam e eliminem as práticas de capacitismo.