Trabalhar com a empresa inclusiva é uma tendência para o melhor desenvolvimento tanto da equipe, quanto da empresa em si, ou seja, sua imagem.
É nítido que algumas posturas da empresa devem sofrer algumas mudanças e adaptações quando a empresa deseja trabalhar a inclusão, porém, nenhuma dessas adaptações demandam esforço maior do que os resultados positivos que aparecerão.
Se você tem dúvidas quanto ao processo de adaptação da empresa inclusiva, esse artigo foi escrito para você. Aqui trataremos das diferenças na hora de contratar pessoas com deficiência, e o que é necessário à sua adaptação.
Quais os motivos levam as empresas a contratar pessoas com deficiência
Historicamente, de acordo com o surgimento da nossa sociedade, temos uma dívida muito grande com as pessoas que já marginalizamos, e entre elas se encontram as mulheres, os negros, homossexuais, as pessoas com deficiência, e muitos outro grupos de pessoas. Essa dívida é reflexo dos tratamentos desiguais que trouxeram dor e sofrimento para essas pessoas, que até hoje sofrem os reflexos negativos dessa marginalização.
Dessa forma, começaram a surgir alguns dispositivos legais a fim de tratar, ou pelo menos “remediar” parte desse sofrimento.
Dentre esses dispositivos, podemos evidenciar a lei de cotas, que prevê que uma parte das vagas das grandes empresas devem ser destinadas à contratação de pessoas com deficiência, como uma tentativa de garantir que essas pessoas tivessem acesso ao mercado de trabalho e à uma maior independência financeira.
Infelizmente, somente a criação dos dispositivos não foram suficientes para garantir que as pessoas com deficiência tivessem acesso ao mercado. No início as empresas não se preocupavam em garantir a acessibilidade, mas tão somente a ocupação das vagas. Com o passar do tempo, e com alguns estudos nessa direção, os gestores das empresas começaram a perceber que os estabelecimentos que garantiam a acessibilidade e as melhores condições de trabalho para os PCDs estavam ganhando mais espaço nos mercados, e chamando a atenção de diversas pessoas, entre elas investidores, e até mesmo a concorrência.
Foi a partir desse momento -que ainda está em construção- que os gestores começaram a se preocupar em contratar pessoas com deficiência a fim de garantir um ambiente mais plural e diversificado.
Portanto, a resposta para a pergunta acima, de quais foram os motivos que levaram as empresas a contratar pessoas com deficiência, deve ser respondida de acordo com dois momentos: o que a contratação era uma obrigação legal, que poderia ser punida, e em um segundo momento, onde a contratação da PCD passou a ser motivo de crescimento e desenvolvimento.
O que deve ser diferente na hora de contratar pessoas com deficiência?
Em regras gerais, não devem existir diferenças na contratação. O único aspecto que pode mudar um pouco é a acessibilidade.
Assim como nos preocupamos na hora de entrevistar uma pessoa sem deficiência, precisamos nos preocupar em garantir na hora da entrevista da PCD todos os meios que tornem o ambiente acessível para ela. Na maioria das vezes, as pessoas com deficiência descrevem o tipo de deficiência em seu currículo, e quais são as adaptações que ela precisa para conseguir desempenhar seu papel com destreza. A partir dessa informação constante no currículo, o gestor, em conjunto com o RH da empresa, já deve se preparar logo na fase da entrevista, fornecendo as adaptações necessárias.
Os aspectos a serem levados em conta para a possível contratação são exatamente os mesmos para todas as pessoas, ou seja, o que deve ser levado em conta é meramente a capacidade técnica e as qualificações das pessoas.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, todas as contratações devem ser feitas da mesma forma, de acordo com as qualificações da pessoa, deixando de lado todos os aspectos que envolvem a sua vida pessoal, e fora do ambiente de trabalho.
Hora de quebrar tabus
Na verdade, já passou da hora de aprendermos e compreendermos um pouco mais sobre a realidade das pessoas com deficiência.
As pcds, assim como todas as outras pessoas, buscam poder viver a vida com autonomia, o que é plenamente possível se o poder público garantir as acessibilidades necessárias, e se as pessoas se puserem a aprender sobre o tema, deixando de lado o preconceito e a discriminação que muitas vezes eles cresceram reporduzindo mas nem sabem o porquê. Esse foi um tema que por muito tempo ficou calado em nossa sociedade, porém, hoje, principalmente com a internet, conseguimos dar voz à algumas pessoas, que tentam combater fielmente o preconceito, a discriminação, e o capacitismo que se faz presente em nossa sociedade.
Sabemos que estamos longe de ter uma sociedade perfeita, e longe do fim de todo esse sofrimento, mas quanto mais evidenciarmos a importância desse tema, e lutarmos para que ele seja debatido, falado, mais teremos forças para chegar ao fim.
Benefícios da contratação de PCDs:
- Melhora a imagem da empresa. Mudar a imagem da empresa desperta curiosidade tanto em quem procura uma oportunidade, quanto para as pessoas em geral, que incentivam esse tipo de trabalho. Consequentemente, isso aumenta a concorrência de forma significativa, pois quanto mais a empresa é inclusiva, mais pessoas têm interesse em trabalhar nesse ambiente, e mais funcionários extremamente capacitados querem ser integrados.
- Motiva o bom relacionamento entre as pessoas. Quando a equipe trabalha junto, de forma que todos se sintam incluídos, o ambiente empresarial se torna enriquecedor. Tanto pela troca de experiências pessoais, quanto para as relações no trabalho.
- Desenvolvimento de equipes mais criativas. A pluralidade de ideias desenvolve equipes mais criativas. Isso para o mundo empresarial é extremamente importante. Com o surgimento da diversidade nas empresas, pessoas diferentes começam a apresentar diferentes ideias para várias áreas. Seja na solução de conflitos, ou na criação de novas estratégias, quanto mais diverso o ambiente, mais ideias irão surgir e ajudar na solução dos problemas. O resultado costuma ser muito enriquecedor, e na maioria das vezes mais benéfico do que em empresas que possuem uma padronização de funcionários com soluções sempre iguais.
Os benefícios da contratação de pessoas com deficiência são inúmeras vezes mais benéficos e significativos do que qualquer outra constatação. Você não vai querer ficar de fora, não é mesmo?
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A Iigual já incluiu mais de 20 mil pessoas com deficiência no mercado de trabalho. A consultoria nasceu da experiência de vida do casal fundador Andrea Schwarz e Jaques Haber, quando Andrea se tornou cadeirante em 1998 aos 22 anos.
Somos especializados em ações de Inclusão e Diversidade com foco em recrutamento e seleção, palestras, treinamentos, acessibilidade física e digital, Censo da Inclusão e Diversidade e consultoria em D&I.
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Jaques Haber