O uso da comunicação não violenta é importante ao tratar de assuntos delicados e que envolvem sentimentos de outros. Então, aprender a se comunicar de maneira sutil é necessário ao discutir sobre diversidade.
Diversidade
Diversidade é tudo aquilo que não é homogêneo. Ou seja, que é plural, diverso. Quando visto no contexto social, diferenças entre gêneros e etnias formam essas diferenças.
Na sociedade, existem padrões pré-definidos de características que fogem do controle do ser. Assim, ao falarmos desta, tratamos a inclusão de minorias sociais em certos lugares.
O que são minorias sociais
Minorias são grupos sociais que são discriminados e sofrem preconceito por não seguirem às normas sociais dos grupos de mais poder. Então, trazem mudanças na forma de tratar cada um. São exemplos dessa classe:
- Pessoas pretas;
- Indígenas;
- Pessoas com deficiência;
- Pessoas LGBTQIA+.
Inclusão
Inclusão é o ato de inserir um grupo em um lugar que antes não era para estes. Dessa forma, são ações que visam diminuir diferenças entre classes que sofrem preconceitos da sociedade.
Ao incluir pessoas em diversos ambientes traz a sua visão de mundo para um dado assunto. Assim, imagine, se pessoas com deficiência tivessem mais em cargos públicos, a acessibilidade seria maior. Então, por isso seu uso.
O que é a comunicação não violenta
Marshall Rosenberg criou a teoria da comunicação não violenta na década de 60. Mesmo no auge da segregação nos EUA, o psicólogo atuava em escolas que buscavam acabar com ela. Assim, se criou esse conceito.
A forma de diálogo então criada, faz possível a conexão de forma mais empática e sincera. Assim, evita atos de repetição e não conscientes. Segundo Marshall: “todo ato violento é uma expressão trágica de uma necessidade não atendida”.
Na prática ela é um saber prático que leva a diferentes resultados. Com melhor conexão no diálogo, mais rápida é a resolução do conflito.
Como ter uma comunicação não violenta
De acordo com Marshall, por mais que achamos que nossas falas não são violentas, nossas palavras levam a dor no outro ou em nós mesmos. Então, para reduzir tal feito ele criou 4 pontos para atingir seus objetivos da melhor forma:
- Observação ;
- Sentimentos;
- Necessidade;
- Pedido.
Esses quatro pontos oferecem a forma para entrar em contato com uma comunicação mais empática. Então deixa os diálogos mais claros e fáceis.
Observação
A observação é tudo aquilo que são fatos reais. Por exemplo, se digo que há um copo na mesa, quem olhar verá o copo na mesa. Ou seja, a observação seria a descrição do que é real.
Esta traz dados concretos, a comunicação se torna mais simples e menos violenta. Mas, quando sentimentos e julgamentos vem primeiro, difícil será abertura para ouvir e dialogar, dificulta o entender.
Os sentimentos
Na comunicação não violenta, Marshall vê como vale expor os sentimentos. Dessa forma, nos aproximamos uns dos outros. O problema é que a maioria não sabe diferenciá-los de julgamentos ou pensamentos.
Com os pseudo sentimentos confundimos o que é real dos atos dos outros com nossos julgamentos. Assim, quando falamos “me sinto injustiçado”, não são sentimentos e sim modos de julgar a situação.
Nessa forma de comunicação, os sentimentos são mensageiros de necessidades atendidas ou não. Dessa forma, ao saber o que se sente, mais fácil é falar sobre.
Necessidades
Por trás de toda ação há uma necessidade humana universal. Ou seja, qualquer seja o ser todos temos os mesmos desejos . Ao partilhar pontos em comum e o que se busca, a resolução de questões fica mais simples.
Com a percepção das necessidades de cada um, vemos que as atitudes de terceiros podem ser o estímulo, mas não é a causa do que se sente. Assim, elas são a causa do sentimento.
É preciso ser honesto e claro ao perceber uma necessidade não atendida. Com a comunicação não violenta a resolução de conflitos se torna mais simples. O outro por vezes, não sabe o que precisamos, o diálogo facilita isso.
Pedidos
Os pedidos são para vermos as necessidades. Apesar de, por cultura, pedir ser visto como incômodo. Muitos conflitos se resolvem com solicitações de algo.
Aumenta a conexão e o diálogo, não devemos fazer exigências. Assim, se pode deixar claro o que se quer e deixar bem específico para que seja compreensível para todos.
Um pedido aqui seria uma chance do outro contribuir em sua vida e na resolução do conflito. Mas, exigências custam uma necessidade e aqui não é punição ou culpa o que se busca.
Comunicação não violenta e diversidade e inclusão
Agora, ao saber o que é comunicação não violenta e o que é a diversidade e inclusão. A importância de tratar desses temas com esse tipo de diálogo. Então, com o uso deste método, podemos de fato nos comunicar de forma empática.
Para criar e debater sobre diferentes realidades é bom que se esteja aberto a perceber a necessidade e os sentimentos do outro. Em assuntos que trazem diversas pessoas é útil medir os preconceitos.
O modelo de comunicação não violenta pode incluir ou excluir as pessoas
A linguagem tem poder de incluir ou excluir. Dessa forma, quando falamos de equidade nos ambientes, devemos usar da comunicação para incluir a todos. Então, é preciso entender que a violência não está só em palavras e também em atitudes.
Ao tratar desses temas, a pessoa que fala deve perceber seus preconceitos e estar disposta a ouvir, compreender e não julgar a realidade do outro. Assim, cria um bom diálogo sobre um tema delicado.
Usar os 4 pilares da comunicação não violenta, e praticá-los é capaz de nos tornar mais empáticos e ajuda a nos conectar mais com os outros e com nós mesmos.
Pratique a empatia
A empatia pode ser vista com uma das principais formas de praticar a comunicação não violenta. Assim, ser empático significa, de modo geral, ter a capacidade de se colocar no lugar do outro. Além de compreender seus pontos de vista. Incentive esta prática.