Muito tem se ouvido falar sobre a comunicação inclusiva, mas você sabe o que significa comunicação inclusiva? Vamos tratar disso de uma forma bem simples, começando pelo seu conceito.
Uma comunicação é inclusiva quando ela permite que todas as pessoas possam ter acesso a ela, e entendê-la. Geralmente considera-se inclusiva a comunicação a partir do momento que ela usa uma linguagem de amplo entendimento, usando métodos de simples cognição, podendo ser feita através de:
- Imagens;
- Linguagens;
- Legendas;
- Audiodescrição;
- Dublagens;
- Desenhos;
- Braile;
- Libras, entre outros.
Diferença entre acessibilidade e inclusão
É muito importante sabermos reconhecer as diferenças desses dois institutos. Embora tenham sentidos diferentes, muitas pessoas confundem e misturam seus conceitos.
A acessibilidade diz respeito à facilidade na aproximação e tratamento. É a possibilidade de criar condições capazes de fazer com que pessoas em condição de desigualdade consigam alcançar os mesmos objetivos.
Já a inclusão é muito mais abrangente. Não diz respeito somente à políticas públicas capazes de proporcionar condições de “igualdade”, mas carrega consigo a necessidade de saber os cuidados e ajustes necessários em cada processo de adaptação.
Quais locais geralmente se utilizam da comunicação inclusiva?
- Escolas: o ambiente de ensino, desde 1994, busca se aperfeiçoar na comunicação inclusiva. Sabemos que ainda hoje as pessoas com deficiência sofrem grande preconceito e discriminação, principalmente entre os colegas de escola. Por isso, é necessário que os gestores se preocupem e assegurem o processo da comunicação inclusiva, para que esses alunos portadores de deficiência se sintam incluídos no ambiente escolar.
- Empresas: a lei de cotas de 1991 também prevê a necessidade de pessoas com deficiência ocuparem cargos em empresas. A cada 100 funcionários, uma média de 2% a 5% das vagas é destinada às pessoas com deficiência. A comunicação inclusiva dentro da empresa também deve funcionar como um meio de adaptação positiva de todos os funcionários e também das PCDs, para que ambas possam alcançar seus objetivos. É de suma importância promover na empresa meios inclusivos de adaptação, como por exemplo maior acessibilidade ao ambiente de trabalho.
A quem é destinada a comunicação inclusiva?
A comunicação inclusiva geralmente é destinada para todas as pessoas que sofrem com a discriminação. Seja essa discriminação por sexo, religião, idade, origem, raça, etnia, e principalmente deficiência (seja ela física ou mental).
Na maioria das vezes, as pessoas portadoras de deficiência são as que mais são oprimidas com a discriminação e falta de oportunidades por parte do poder público.
A preocupação com esse tema tem sido mais reconhecida e discutida agora. A ausência de prestações do próprio Estado fez com que as pessoas se revoltassem e procurassem justiça em condições de igualdade e oportunidades.
Tornar um ambiente inclusivo implica em modificar toda a cultura do local. Seja ele escolar, ou no trabalho. Requer treinamento e paciência, principalmente dos funcionários ou coleguinhas que precisarão passar por várias adaptações.
Como implementar a comunicação inclusiva dentro da sua escola
- É necessário que haja uma interação entre todo o quadro de funcionários da escola onde se pretende implementar a comunicação inclusiva. Desde as pessoas responsáveis pela limpeza, até o diretor da instituição. É através de treinamento e adaptação que a escola e as pessoas estarão preparadas para receber alunos portadores de deficiência. Além do quadro dos funcionários, os pais e alunos também precisam estar preparados para receber as PCDs. Requer paciência no começo, e intenso trabalho dos pais dentro de suas casas, no sentido de orientação e desenvolvimento da criança.
- Faça sempre um questionário para os pais das crianças PCDs antes de qualquer coisa. Procure se interar no quadro do aluno, ver quais são suas maiores dificuldades, para que a partir desse questionário a escola possa desenvolver um atendimento especializado e direcionado ao aluno. Busque sempre clareza na comunicação entre escola e a criança PCD e os pais. O questionário é uma forma simples de traçar esse elo comunicativo.
- Trabalhe os professores para que eles se sintam parte do projeto inclusivo da escola. É muito importante que a instituição se preocupe com o professor e forneça todo tipo de ajuda e compreensão. É difícil para o professor trabalhar de forma que todos entendam o que está sendo passado, e por isso, nos primeiros dias de adaptação, pode ser que o professor atrase o conteúdo. A melhor saída é sempre compreender e oferecer auxílio no que couber à instituição. Realizar reuniões periódicas é fundamental no começo, principalmente para ouvir as demandas de professores e alunos.
- Procure atender às necessidades dos alunos solicitando ajuda de órgãos especializados na implantação de projetos de comunicação inclusiva , como o CAP- Centro de Apoio Pedagógico às Pessoas com Deficiência Visual, ou AVAPE- Associação de Pessoas com Deficiência.
- Elabore sempre em conjunto com todo o corpo de funcionários da escola soluções para os problemas apresentados nos questionários das PCDs. É a partir da clareza e comunhão que ficará mais fácil atender os alunos portadores de deficiência, tendo em vista o esforço comum de toda a comunidade escolar, a fim de promover oportunidades e possibilidades.
- Procure deixar claro sempre que a escola inclusiva é necessária, e que vivemos em um mundo onde as pessoas precisam de atenção e amor. Sempre que possível, é importante que a instituição promova eventos em comunhão com os pais, e funcionários que tenham por objetivo tratar da importância da comunicação inclusiva dentro dos ambientes escolares, e dentro de toda a sociedade.
Dicas para implementar na sua escola:
- Cartazes com letras grandes e com desenhos espalhados pela escola sobre conscientização;
- Acesso através de rampas ao invés de escadas para pessoas com deficiência física;
- Contratar profissionais capacitados ao ensino de libras e braille;
- Colocar os cartazes sempre em locais acessíveis para cadeirantes ou crianças pequenas;
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