A comunicação alternativa reúne várias técnicas que visam permitir a interação com pessoas que tenham problemas na fala. Por isso, é essencial saber o seu conceito e os exemplos, desde a educação básica até o mercado de trabalho para promover a inclusão social.
O que é comunicação alternativa?
A comunicação alternativa abrange técnicas e recursos para a troca de mensagens de forma não convencional. Ou seja, fornece meios de interação para as pessoas com problemas na fala ou na escrita, que podem ter como origem:
- autismo;
- paralisia cerebral;
- sequelas de doenças ou acidentes.
Esse tipo de recurso também se aplica para outros tipos de deficiências, como a surdez e a cegueira, por exemplo. Em resumo, traz outra opção em relação ao canal de comunicação principal, seja ele de fala ou de escrita.
Para que ela serve?
O objetivo desse método é permitir que as pessoas com deficiência possam interagir com os demais em seu convívio social, seja na família, na escola ou mesmo no ambiente de trabalho.
Com isso, essas pessoas são capazes de realizar ações simples do dia a dia, como expressar suas emoções, fazer perguntas e manter um diálogo.
Quais são os exemplos de comunicação alternativa?
A comunicação alternativa inclui muitos recursos, como gestos, expressões faciais, bem como desenhos, fotos e ícones, sejam físicos ou digitais. A escolha do tipo deve ser feita conforme a necessidade de cada pessoa.
Alguns exemplos de recursos para esse fim são as legendas nos conteúdos em vídeo de palestras e reuniões. Afinal, são uma alternativa ao recurso sonoro que atende às pessoas com problemas de audição.
Outro caso comum é o uso da tradução em braille, que permite a leitura para aqueles com deficiência visual.
Recursos gráficos
Nesse nicho, existem amplos sistemas de grafia que permitem montar frases e assim, transmitir uma mensagem. Para isso, se usam tabelas ou placas de comunicação, como uma prancheta para deixar os símbolos em ordem.
Um dos mais populares é o Sistema Símbolos Bliss, criado por Karl Blitz, ideal para pessoas que não estão aptas a usarem o alfabeto comum. Ele consiste em um conjunto de 100 itens gráficos, que se dividem em categorias, como:
- pessoas;
- ações;
- emoções;
- coisas;
- ideias;
- relações.
Esse sistema permite um nível avançado na interação, uma vez que possui elementos como flexão verbal, plural e também a opção de incluir novos ícones conforme o contexto.
Tecnologia assistiva
Nesse aspecto, se incluem os recursos de tecnologia, tais como alguns apps e softwares como, por exemplo:
- comunicadores de voz, que traduzem a mensagem em voz sintetizada;
- apps que criam mensagens escritas ou faladas, a partir de símbolos ou texto;
- rastreamento ocular, que permite a seleção de letras ou palavras em uma tela.
Existem ainda outros tipos de programas, como leitores de tela, que traduzem em áudio o que está escrito em uma página.
LIBRAS é uma forma de comunicação alternativa?
A Linguagem Brasileira de Sinais é uma forma de comunicação alternativa, voltada para as pessoas com deficiência auditiva. Ela abrange gestos com as mãos, bem como expressões faciais e do corpo.
Esse recurso cresceu muito e faz parte inclusive da ementa de alguns cursos superiores, como matéria optativa ou mesmo obrigatória.
Qual é o papel da comunicação alternativa na inclusão?
A comunicação alternativa é essencial para que as pessoas com deficiência possam exercer suas funções de forma plena. Afinal, alcançar um trabalho CLT nesses casos é apenas a primeira parte do desafio.
Isso ocorre porque em muitos casos as empresas contratam apenas para cumprir o percentual da Lei de Cotas, mas não dão meios para que esse grupo execute suas funções de forma independente.
A barreira da comunicação é uma das maiores a se vencer, uma vez que a partir dela é possível ter uma troca de ideias e opiniões e também sanar dúvidas e dar feedbacks.
Melhoria no clima da equipe
Esse tipo de ação não beneficia apenas quem possui uma deficiência, mas a todos os membros, pois gera uma maior conexão e permite entender a realidade do outro.
Isso se reflete de forma positiva até mesmo nas relações fora do trabalho, com maior empatia diante dos desafios que os outros enfrentam no dia a dia.
Como aplicar a comunicação alternativa nas empresas?
Para aplicar a comunicação alternativa em uma empresa, o primeiro passo é conhecer as necessidades. Nesse contexto, é papel do RH averiguar quais pessoas possuem algum grau de deficiência, bem como se precisam desse tipo de recurso.
A partir disso, é preciso entender como adaptar a rotina interna para que esses grupos possam se integrar e participar das discussões. Para tanto, ouça da própria pessoa de que forma isso poderia ser aplicado.
A depender do caso, pode-se recorrer a uma assessoria nesse tipo de abordagem, a fim de indicar os recursos ideais e o passo a passo para colocar em prática.
Necessidade de treinar as equipes
Um ponto crucial é treinar os demais colegas para saberem como usar e interagir com esse tipo de recurso. Dessa forma, podem atuar também como apoio para as pessoas com deficiência que fazem parte do quadro de pessoal.
Isso pode incluir palestras, por exemplo, que tratem sobre o tema da inclusão e mostrem como esse tipo de ação impacta de forma positiva no bem-estar pessoal e no trabalho das pessoas com deficiência.
A IIGUAL é uma empresa que atua há vários anos no mercado e ajuda a promover o encontro entre esses grupos e o mercado de trabalho. Além disso, também oferece suporte ao RH para adotar medidas de inclusão dentro das empresas. Entre em contato e saiba mais.