Uma atitude capacitista é identificada por meio de expressões discriminatórias com quem tem deficiência. Por isso, a sua empresa precisa reconhecer os sinais e combatê-los para ter uma liderança inclusiva, bem como, um local de trabalho com mais harmonia e respeito.
O que é capacitismo e quais os seus sinais?
Nada mais é do que uma forma de preconceito contra pessoas com deficiência. Em resumo, é o conjunto de atitudes e falas que fazem referência a alguém de modo negativo. Dessa forma, os sinais estão em ações como:
- Fazer piadas;
- Mandar indiretas;
- Imitações;
- Julgar o que a pessoa é capaz ou não de fazer;
- Dar apelidos;
- Ser insensível;
- Tratar com desdém;
- Usar termos que citam à deformidade;
- Ficar surpreso com os feitos;
- Dizer que ela parece normal;
- Falar frases como “tem gente em situação pior”.
Esses são 11 indícios de que o capacitismo está presente em sua empresa de forma consciente ou não. Seja por meio de um dizer inocente ou por ações como excluir alguém ou ofender.
Outros sinais de atitude capacitista
Quando as pessoas com deficiência não são escolhidas para certas funções, elas se sentem excluídas, logo, é um ato de capacitismo. Assim como, julgar alguém incapaz de trabalhar e ter a sua independência por ser cego ou estar em uma cadeira de rodas.
Como evitar uma atitude capacitista dentro da empresa?
O primeiro passo é identificar quem cometeu essa atitude. Porque, nem todas as vezes ele faz isso de forma clara, pode ocorrer de modo velado. Depois disso, é tomar as medidas cabíveis ou adotar outras ações, como:
- Advertir e educar;
- Estimular o funcionário a não cometer mais aquilo;
- Oferecer ajuda e noção sobre o assunto.
Tudo isso pode fazer a diferença e trazer consciência para a sua equipe. Como resultado, eles podem mudar a postura e ajudar outras pessoas da mesma forma a serem mais inclusivos.
Advirta o funcionário que teve uma atitude capacitista
Esse é um dos métodos mais eficazes de fazer a pessoa ter noção das suas atitudes. Porque, traz à ela os efeitos ruins que sua postura causou. Contudo, busque uma maneira de educar para que situações como essa não voltem a ocorrer.
Estimule cada funcionário a não ter atitude capacitista
Busque fazer reuniões sobre o tema para que eles saibam mais a respeito. O objetivo é trazer noção para o seu time sobre o que é uma atitude capacitista. Nesse sentido, você tem algumas opções, como:
- Fazer palestras sobre capacitismo;
- Indicar artigos que falem do assunto;
- Corrigir termos com teor de preconceito.
Há muitos jeitos de educar as pessoas em sua empresa. Assim, aqueles com deficiência irão se sentir cada vez mais incluídos e a vontade no local de trabalho. Desse modo, o ambiente será o melhor possível para que todos exerçam suas funções de maneira plena.
A liderança faz a diferença
Uma liderança que corrige seus funcionários a respeito desse tipo de postura faz com que eles não tenham mais essas atitudes. Como resultado, eles irão pensar muito antes de cometer capacitismo. Por fim, sempre lembre todos eles o quão sério é o tema.
Termos que você deve evitar em uma empresa
No geral, são termos e falas que fazem menção direta à deficiência de alguém. Nesse sentido, alguns exemplos que são os mais recorrentes no ambiente de trabalho são:
- Você não parece deficiente;
- Retardado;
- Inválido ou aleijado;
- Deficiente.
Esses são alguns dos termos capacitistas para não usar mais e que indicam capacitismo no trabalho. Portanto, exclua-os de vez do seu vocabulário. Assim, não irá gerar um desgaste no local e acima de tudo, na própria pessoa alvo da ofensa.
Expressões também devem ser evitadas
As expressões muitas vezes são por falta de informação das pessoas. Por isso, falam alguma frase capacitista sem nem perceber por força do hábito. Alguns exemplos para evitar são “sofrendo de uma deficiência”, “cego de raiva” e “ele parece tão normal”.
As atitudes podem afetar o clima da empresa
Esse tipo de atitude afeta o clima na empresa de forma direta e pode gerar desconfortos. O resultado disso é a auto exclusão da pessoa com deficiência. Porque ela começa a se sentir sem importância e desmotivada por causa dos comentários, apelidos e piadas.
Isso acontece com mais frequência do que se imagina, afinal, o termo é relativamente novo. Desse modo, o agressor verbal fica muitas vezes impune e faz outras vezes. Portanto, a liderança da empresa deve averiguar o ato de capacitismo e advertir quem o cometeu.
O que fazer quando isso acontecer?
Quando tais ações acontecem no local de trabalho, o líder deve chamar o agressor para ter uma conversa. Bem como, explicar que sua atitude fere a lei do Brasil sobre inclusão. Por fim, caso o diálogo não seja bom, cabem as medidas disciplinares ao autor.
Como saber se você está tendo uma atitude capacitista
Às vezes você tem uma atitude capacitista sem nem perceber por ser algo habitual. Por exemplo, frases como:
- “Tem gente em situação pior”;
- “É incrível que tenha conseguido isso nessas condições”.
Esses são alguns termos que dão vida a essa forma de preconceito. Com isso, deve-se identificar e se policiar para não falar mais. No entanto, o ideal é buscar mais conhecimento sobre o assunto para ajudar outros colegas.
Ditados que também são capacitismo
Vale destacar alguns deles, como “cego de raiva”, “dar uma de joão sem braço”, “desculpa de aleijado é a muleta”. Bem como, “estava aqui no meu mundo de autismo”, entre tantas outras que são comuns de ouvir. Então, comece desde já a evitá-los.
Quais as vantagens de extinguir esse preconceito da empresa?
Primeiro de tudo é a equidade de oportunidades que as pessoas terão, sem exceções. Além disso, todos têm o dever de ajudar os colegas de equipe ao orientar sobre o assunto. Como resultado, terá um time que entende a importância do tema.
Só que esse preconceito ainda está presente em muitos locais de trabalho. Então, cabe também ao RH da empresa educar seus colaboradores a respeito do capacitismo. Nesse sentido, buscar tornar o ambiente cada vez mais inclusivo.
O papel do RH
Este setor tem o papel de destacar que não tolera nenhum tipo de discriminação. Além de advertir aqueles que não respeitarem essas normas. Por fim, dar suporte ao funcionário com deficiência para que ele não sofra com essas atitudes.