Quando falamos sobre pessoas com deficiência, independentemente de qual caminho o assunto tomar, a origem histórica da discriminação e do preconceito devem ser evidenciados e lembrados.
Falar sobre preconceito dentro de casa, é basicamente analisar todo o desenvolvimento da sociedade até os dias atuais. É saber, acima de tudo, que a origem do preconceito surgiu justamente no ambiente familiar. Quer entender um pouco mais sobre esse tema? Fique com a gente e acompanhe o artigo na íntegra.
Origem histórica do preconceito contra pessoas com deficiência
A relação da sociedade com as pessoas com deficiência variam de acordo com cada cultura, crença, e valores. Porém, ao se concretizarem algumas práticas sociais, podemos perceber que algumas pessoas são tratadas de forma diferenciada, e discriminatória.
Se formos estudar a fundo, podemos encontrar manifestações da descriminação de pessoas com deficiência desde antes da idade média. Vários escritores e estudiosos desenvolveram vastas obras sobre o tema, como por exemplo o livro “O estranhamento causado pela deficiência: preconceito e experiência”.
No período de tempo equivalente ao fim da Primeira Guerra Mundial, as crianças que nasciam com algum tipo de deficiência eram mortas. Com a finalidade de não deixar que essas “pessoas se reproduzissem”, a morte de crianças através da eutanásia era uma prática corriqueira na Alemanha que já flertava o Nazismo.
Diversas vezes na nossa história podemos notar através de escritos, estudos e livros, que as pessoas com deficiência eram vistas como “aberrações” pelas famílias, e que essas crianças poderiam estar tomadas pelo demônio, ou sob o comando de alguma bruxa.
Infelizmente, crenças como essas fizeram com que muitas pessoas escondessem ou matassem seus filhos por medo e vergonha.
Ao passar do tempo, com a sociedade um pouco mais desenvolvida, as famílias trabalhavam com divisões de tarefas, onde o homem era obrigado a caçar e ir para as guerras, enquanto as mulheres cuidavam da casa e de seus filhos. Nessa época, nascer mulher ou com deficiência era um fator de grande preconceito na família, pois as mulheres e as pessoas com deficiência eram “inúteis” aos serviços que precisavam ser desenvolvidos pelos homens “fortes e sadios”.
O mais surpreendente dentro de toda essa evolução é que estamos em 2021, e mesmo todas essas práticas parecendo extremamente absurdas, elas ainda são executadas atualmente, em nossa sociedade que se diz tão “evoluída”.
Quando conseguimos reconhecer que na maior parte da história, o preconceito se iniciou dentro das próprias casas, somos capazes de compreender a importância de tratar desse assunto e de tentar salvar a sociedade desse mal chamado “desinformação”.
É possível observar, que mesmo com tantos estudos e avanços no que tange o preconceito contra pcd, algumas pessoas preferem viver na obscuridade e ignorância.
Como se comportar quando o preconceito começa dentro da sua casa
Parece brincadeira tratar desse tipo de assunto, mas infelizmente isso ainda acontece na prática. Devido à falta de informação, muitas vezes os pais desenvolvem medo dos filhos com deficiência sofrerem preconceitos, sem saber que na realidade eles são os maiores ensejadores dessa discriminação.
O preconceito dentro de casa pode ter diversas causas, como a vergonha de ter um filho com deficiência, ou o medo de que alguma coisa aconteça a todo momento. Esse medo pode se manifestar através do capacitismo, que nos faz acreditar que as pessoas com deficiência não podem viver uma vida normal, e na verdade, eles não só podem como devem.
Quando as pessoas com deficiência crescem em um lugar opressor, dificilmente elas conseguem superar esses traumas. Eles têm um reflexo direto na vida e nas atitudes dessas pessoas.
Geralmente, quando crianças, os PCDs podem não imaginar o mal que estão sofrendo, mas quando começam a crescer e se desenvolver, despertam interesse em conhecer suas limitações e capacidades. É nesse momento que a pessoa estará pronta para começar os questionamentos e indagações sobre o que está acontecendo em sua vida, e se essas coisas são “corretas”.
Infelizmente, devido a essa falta de noção da família e da criança PCD, somente após certo tempo os questionamentos virão.
Procure trabalhar isso junto à sua família. Se você teve a infelicidade de nascer em uma família que ainda não te respeita como ser humano, cabe a você tentar mostrar o seu valor.
A falta de informação, como já citado, é o maior causador do preconceito e discriminação, e, ao compreenderem toda essa origem histórica, é impossível negar as atrocidades que foram cometidas por anos e anos.
Tentar buscar uma solução para a sua família através de dados, estudos científicos, e legislações, podem ser um primeiro passo nessa luta contra o preconceito dentro de casa.
O que fazer quando você não conseguir lidar com o preconceito na sua casa
Não existe remédio mágico para acabar com o preconceito em poucos dias. Ainda faz parte da nossa sociedade a discriminação dentro de casa. O melhor caminho sempre é tentar mostrar e evidenciar com dados históricos a importância de acabar com esse preconceito.
Porém se essa ideia não surtir resultados, e você continuar sendo oprimido, não se sujeite mais a isso.
Busque em alguns locais de interação (como a internet, por exemplo) grupos de pessoas que você se sinta representado, para procurar possíveis soluções, e trocar experiências que possam ser úteis para você.
Caso você tenha alguém da sua família em algum lugar próximo, se recolha na casa dessa pessoa por um tempo, fique onde você se sinta bem e seguro.
Se a situação começar a ficar muito feia, peça ajuda, ligue para a polícia, mas tome uma atitude antes que seja tarde demais. Caso você sinta dificuldade de passar por algumas fases, conte com a ajuda de psicólogos e amigos para desabafar e exteriorizar as coisas que te machucam.
Fique atento às manifestações de preconceito na sua casa, e não se sujeite a passar por nenhuma situação a qual você não queira. Tenha um telefone perto, e um amigo ou parente onde você possa se refugiar caso alguma coisa aconteça.
Gostou do nosso artigo sobre as manifestações de preconceito contra pessoas com deficiência dentro das próprias casas? Se você já teve alguma experiência assim, conte-nos como foi, e o que você fez para se libertar dessas “amarras”.
A Iigual já incluiu mais de 20 mil pessoas com deficiência no mercado de trabalho. A consultoria nasceu da experiência de vida do casal fundador Andrea Schwarz e Jaques Haber, quando Andrea se tornou cadeirante em 1998 aos 22 anos.
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Jaques Haber