Empreendedorismo social é um tema que está cada vez mais em alta, e não apenas no país, mas no mundo inteiro. Isso porque, ele pode ser um agente de mudança em muitos lugares. Portanto, entenda melhor o que ele é e como funciona na prática.
O que é empreendedorismo social?
Empreendedorismo social é um tipo de empreendedorismo, onde o maior objetivo é construir negócios que levem a melhorias na sociedade, quer seja ao nível local ou global. Assim, embora seja algo que pode gerar lucro, sua maior missão são as melhorias sociais.
Ou seja, a meta é atuar sobre as necessidades dos lugares em que atua, para com isso, mudar a realidade dos seus consumidores. Para tanto, seus produtos e serviços visam:
- melhorar a qualidade de vida das pessoas;
- mudar as realidades sociais;
- viabilizar o sustento da própria empresa.
Em outras palavras, o termo significa que o negócio deve gerar em primeiro lugar um melhor nível de bem-estar social, mas não apenas isso, como também deve ser capaz de se manter.
Lógica de mercado
Este é um modelo de negócio que, assim como outros, usa a lógica de mercado. Isso quer dizer, que apresentam produtos e serviços de qualidade e com soluções para diminuir as desigualdades, promover a inclusão social, a geração de renda e ser, ainda, rentável.
Qual é a diferença entre o empreendedorismo social e o tradicional?
Pode-se dizer que uma das principais diferenças entre o empreendedorismo social e o tradicional é a posição que o lucro ocupa. Embora em ambos os casos ela tenha um papel essencial. Contudo, no social o objetivo primeiro são as melhorias.
Isto é, de modo geral, o tradicional, pode trabalhar com ações para promover melhorias na sociedade e atuar em causas sociais, mas, quem empreende no campo do social, tem essas melhorias e causas sociais como o:
- motivador da existência da empresa.
- pilar central da missão, visão e valores.
- foco de seus produtos e serviços
Outro ponto que torna mais nítida a diferença entre um tipo e outro é que o tradicional, costuma buscar um público alvo com maior poder de compra. O social, por sua vez, costuma buscar atender os mais carentes, marginalizados e/ou excluídos.
Avalie o contexto
Vale dizer ainda, que o empreendedorismo social também depende muito do contexto no qual ele está inserido, pois, um produto ou serviço pode ser considerado como social em um local e em outro não.
Pense o seguinte: pensar em distribuir energia elétrica em uma cidade grande, onde ela já existe aos montes há muito tempo, isso não é uma causa social.
Contudo, ele passa a ser um ato social quando acontece em um vilarejo que ainda não tem luz elétrica. Ou seja, ele depende do contexto e da realidade no qual atua.
Como funciona o empreendedorismo social?
O empreendedorismo social funciona com três pilares principais, a saber, o impacto social positivo, a sustentabilidade financeira e também a inovação. Na prática, ele acontece em três fases também, são elas:
- o diagnóstico;
- a identificação de oportunidades;
- a mudança de realidade.
A primeira fase, consiste na observação de um problema social, como, por exemplo, a exclusão e a falta de emprego, entre tantos outros. Após isso, começa a identificação de oportunidades.
Nesta etapa, são criados produtos, serviços ou modelo de negócio que tenham soluções para o ou os problemas. Por fim, há a mudança da realidade que começa ao colocar a mão na massa.
Vantagens
Uma das principais vantagens deste modelo de negócio é que ele pode melhorar a qualidade de vida de uma grande parcela da população que sofre com problemas sociais e causar um impacto positivo no mundo de forma rentável.
Ou seja, enquanto na filantropia, por exemplo, se depende de um investidor, ele tem o melhor de dois mundo, pois se sustenta e é ainda algo que contribui para a criação de um mundo mais justo para todos.
Qual é o exemplo de empreendedorismo social?
Um exemplo de empreendedorismo social é o Banco Grameen fundado pelo economista Muhammad Yunus, que fornece microcrédito para os pobres em Bangladesh, com isso permite que eles iniciem pequenos negócios e saiam da pobreza.
Por ser o primeiro banco a focar neste tipo de operação e por seu feito, em 2006 o economista ganhou o nobel da paz.
Um exemplo no país é a Rede Asta que conecta artesãos para produzir soluções no estilo Upcycling. Há ainda vários outros exemplos no Brasil e no mundo, como a Founderie 47, a Adapta Surf, o gerando falcões e muitos outros.
A iigual também é uma empresa que atua no campo social e ao longo de 20 anos conseguiu mudar a realidade de várias empresas e trabalhadores diversos, em especial, as pessoas com deficiência, promovendo a inclusão no mercado de trabalho.
E não apenas isso, como também auxilia as empresas para que elas possam oferecer mais acessibilidade para os membros da sua equipe e a se tornarem mais diversas.