A ergonomia no trabalho é vital para a promoção da saúde e do bem-estar. Além disso, ela é uma das grandes responsáveis por diminuir as taxas de absenteísmo. Dessa forma, é crucial olhar para ela como uma aliada e adaptá-la para as pessoas com deficiência.
Qual é o papel da ergonomia no trabalho?
Um dos principais papéis da ergonomia no trabalho é proteger a saúde física durante a jornada de trabalho. Isso porque, trabalhar, em especial, nas funções que exigem muitas horas sentado, ou em uma mesma posição, pode causar lesões e doenças.
De forma geral, práticas de postura errada, acabam causando lesões, tanto nos músculos, quanto nos nervos. Então, as empresas devem atender às normas de ergonomia, não apenas para evitar multas e punições, mas também para afastar o absenteísmo.
Neste contexto, é vital observar que todos sofrem quando não há condições razoáveis para a jornada de trabalho. Contudo, no caso das pessoas com deficiência, a falta de postura e o excesso de movimentos repetitivos podem ser um risco ainda maior.
Como tratar a ergonomia de forma inclusiva?
Para tratar a ergonomia de forma inclusiva, em primeiro lugar, é preciso pensar que há diversos tipos de corpos. Também que todos os membros da equipe devem ser capazes de fazer suas tarefas de forma segura e eficaz.
Além disso, as deficiências também são plurais. Ou seja, elas podem ser físicas, sensoriais ou cognitivas, e em cada caso, é necessário um tipo de adaptação. Então, uma das medidas para chegar à inclusão é ouvir a equipe e saber o que ela, de fato, precisa.
Como implantar a ergonomia no trabalho de forma inclusiva?
O primeiro passo para implantar a ergonomia no trabalho de forma inclusiva é fazer uma avaliação de riscos. Ou seja, esta é uma análise que deve ser feita para identificar tanto as barreiras quanto os riscos que as pessoas com deficiência possam encontrar no ambiente.
Isso pode ser feito tanto pela equipe de segurança no trabalho quanto por meio de consultorias que tenham expertise em inclusão. Assim, o principal é que ela possa fornecer insights sobre como melhorar as condições laborais de forma plural e diversa.
De modo geral, a análise irá apontar espaços, móveis e tecnologias que precisam mudar. Isto é, vai indicar o que não condiz com as normas e as leis do país, ou o que está afetando de forma negativa a rotina de trabalho na empresa.
Como melhorar a ergonomia no trabalho de forma prática?
Para melhorar a ergonomia no trabalho de forma prática é preciso pensar no que impacta de forma negativa o exercício das funções. Em outras palavras, é preciso ficar atento não apenas a forma correta de sentar ou manusear materiais de trabalhos, mas também:
- temperatura;
- barulhos;
- espaços.
Além disso, é preciso fornecer cadeiras, mesas e estações de trabalho que se ajustem em alturas diversas para acomodar diferentes corpos com conforto. Bem como, teclados, mouses e outros itens próprios para reduzir a fadiga nas mãos e pulsos.
Para que essas ações práticas sejam inclusivas, é vital também pensar na tecnologia assistiva. Isso porque, ela torna viável que pessoas com deficiência visual ou auditiva possam realizar suas funções com autonomia e êxito.
Observe os espaços e a iluminação
Para garantir o bem-estar e a saúde de todos os membros da equipe também é vital garantir que os espaços de trabalho sejam acessíveis a cadeiras de rodas, bem como, outros dispositivos de mobilidade, com:
- corredores amplos;
- portas largas;
- banheiros adaptados.
Manter uma iluminação adequada nos ambientes de trabalho também é crucial para facilitar a leitura e reduzir a fadiga visual. Em especial, para as pessoas com deficiência na visão. Contudo, todos ganham com espaços bem arejados e de fácil acesso.
Como incentivar a ergonomia no trabalho?
Para incentivar que todos passem a aderir a ergonomia no trabalho é crucial falar sobre o impacto que ela tem na saúde e no bem-estar. Portanto, após tomar as medidas para oferecer as condições ideais de trabalho, junte a equipe e fale sobre:
- a importância da postura correta;
- práticas seguras no trabalho;
- a forma correta de ajustar os móveis.
Assim, você pode dizer, por exemplo, qual é a forma correta de ajustar as cadeiras para que haja apoio tanto nas costas quanto no pescoço. Também qual é a maneira correta de posicionar mouses, teclados e telas, para que não haja tensão nos músculos.
Essas orientações podem ser feitas por meio de palestras, rodas de conversas, folhetos e vídeos. Além disso, é vital que os recursos possam ser lidos por pessoas com deficiências diferentes. Em outras palavras, a empresa deve fornecer formas de mídias acessíveis.
Investir em ergonomia é muito bom para a empresa
Investir em ergonomia tende a ser muito bom para a empresa. Isso porque, ela reduz as faltas e aumenta a satisfação dos membros da equipe. Dessa forma, ela reduz a rotatividade, o que faz com que seja possível ter um time mais sólido e motivado.
Ela também tem um impacto positivo na entrega de resultados, bem como, faz com que os membros da equipe se sintam mais dispostos a colaborarem uns com os outros. Além disso, ela diminui os riscos de doenças psicossociais e previne lesões.
Ergonomia inclusiva
As práticas de ergonomia inclusiva tem uma forte relação com os princípios ESG. Pois mostram o compromisso da empresa com a promoção da equidade de oportunidades e o respeito à diversidade.
Isso porque, ao criar ambientes de trabalho acessíveis e adaptáveis, as empresas promovem a inclusão de pessoas com deficiência e ajudam a construir uma sociedade mais justa.