Inserir pessoas com deficiência auditiva ou surdas no mercado de trabalho vai além da seleção. Então, conheça ações que o seu negócio pode fazer de forma constante a fim de oferecer o acesso e de crescer na profissão para elas.
Pessoas com deficiência auditiva no mercado de trabalho
A LBI conseguiu abrir as portas das empresas para receber muitas pessoas com deficiência. Assim, pode-se dizer que o quadro dos times se tornou diverso, porém, não indica que a inclusão ocorreu.
Muitas PcDs sofrem no dia a dia do trabalho porque não têm assistência certa. Desse modo, podem ficar fora da maioria dos processos comuns para seus colegas, por exemplo:
- Promoções;
- Cursos;
- Plano de carreira;
- Interação com a equipe.
Fora isso, talvez esse grupo só tenha chances de conseguir cargos menores. Então, é preciso investir em medidas que coloquem essas pessoas no local de trabalho, ofereça opções para crescer e inclusão social.
Dicas para inclusão
Para inserir esse grupo de pessoas na empresa, é preciso fazer mudanças em todos os setores. Então, ações essenciais para criar um local acessível da melhor forma são:
- Capacite seus funcionários;
- Adapte as comunicações da empresa;
- Invista em tecnologias assistivas;
- Contrate um intérprete.
Tudo isso pode ajudar na inclusão de PcDs auditivas, caso seja feito de maneira adequada. Desse modo, veja como isso pode ser aplicado na prática com ações do RH e de cada colaborador.
1 – Capacitar funcionários
O primeiro passo para incluir pessoas com deficiência auditiva no seu negócio é definir como será a recepção. Pode-se pensar que uma vantagem na contratação desse grupo é que ele não exige mudanças no espaço, mas ações com as equipes são cruciais.
Ações práticas
Sem poder interagir com seus colegas, esse grupo tende a se isolar. Desse modo, algumas formas de preparar as equipes da sua empresa para receber PcDs são, por exemplo:
- Workshops;
- Treinamentos;
- Interação básica;
- Falar sobre o respeito.
O RH é o setor que pode atuar nessas ações de modo que envolvam a todos. Afinal, saber como se portar e como interagir são apenas os passos básicos para a inclusão.
Interação básica
Nem todos que têm perda auditiva conhecem a língua de sinais. Então, ainda que não se conheça, é preciso saber como se portar a fim de dar uma informação, por exemplo:
- Manter o contato visual;
- Ser expressivo ao falar;
- Não sorrir ou ser irônico.
É crucial saber que alguns deles podem fazer leitura labial ou tem o português como segunda língua e conseguem falar. Em resumo, deve-se preparar todos para lidar com diversas situações, seja com público interno ou externo.
2 – Comunicação para pessoas com deficiência auditiva
Para integrar PcDs auditivos na empresa, eles precisam ter a chance de participar de forma ativa de tudo que ocorre nela. Assim, deve-se tornar os meios de comunicação inclusivos com ações como:
- Traduzir conteúdos do blog oficial para LIBRAS;
- Postar vídeos com intérpretes;
- Ter um intérprete no local de trabalho.
Essas medidas também contribuem para a autonomia da PcD dentro do espaço. Então, ela pode se sentir de fato como parte relevante do seu negócio, o que aumenta sua confiança e a qualidade do seu trabalho.
3 – Investir em tecnologia
Segundo a Lei 13.146/2015, pessoas com deficiência auditiva também devem ter itens que os auxiliem em suas funções. Além disso, o uso delas ajuda na interação com outros no espaço de trabalho e com a empresa, por exemplo:
- Legendas em vídeos oficiais;
- Telefones teletipo;
- Alarmes visuais, por exemplo, luzes;
- Tradutores da língua portuguesa para LIBRAS, como apps.
Com todos esses aparelhos, esse público se sente mais seguro e apto para as suas tarefas de rotina. Então, além de ser uma orientação legal, investir neles ajuda a inseri-los no seu negócio.
4 – Contratar um intérprete
Para espaços com poucas pessoas surdas, contratar intérpretes também é uma boa opção. Assim, ele pode acompanhar a PcD a fim de melhorar a sua interação nas reuniões e eventos da empresa.
Quando essa opção não vale a pena?
O número de surdos no quadro geral do negócio é o que vai definir se vale a pena ou não. Afinal, esse profissional pode auxiliar apenas uma pessoa por vez, o que se torna difícil quando há mais de uma desse grupo em setores distintos.
Planeje a inclusão de pessoas com deficiência auditiva
Fora as dicas básicas, é preciso conhecer o cenário em que o seu negócio se encontra. Assim, será mais fácil definir as ações mais urgentes e como esse público avalia a própria situação no trabalho, algumas dicas são:
- Conversar com PcDs auditivos sobre suas funções e a assistência que recebem;
- Entrevistar ouvintes a fim de entender quais são os pontos a melhorar;
- Analisar as tecnologias que podem tornar a inclusão mais efetiva.
Tudo isso contribui para direcionar as equipes de forma assertiva, já que leva em conta suas opiniões. Além disso, torna as vantagens e problemas mais evidentes de modo que ajuda a achar uma solução mais prática.
Avaliar resultados práticos
Outra etapa crucial nesse processo é avaliar o impacto das mudanças no dia a dia de todos. Assim, seu negócio pode evoluir ainda mais para atender e promover a autonomia social de pessoas com deficiência auditiva.
Incentive a inclusão de quem tem deficiência auditiva
Há ainda muitos desafios que esse grupo enfrenta, em especial para ter um curso superior. Aliás, esse é um dos principais fatores que o leva a estar em cargos baixos. Mas a empresa pode atuar contra isso quando oferece, por exemplo:
- Plano de carreira;
- Incentivo para estar em cargos de gestão;
- Local de trabalho ainda mais receptivo.
Quando há chance de se desenvolver, cria-se um espaço menos desigual. Desse modo, a motivação se faz presente e a imagem interna do seu negócio se torna mais respeitada.
Assistência
Fazer um trabalho profissional com fonoaudiólogos pode ajudar ainda mais esse grupo. Afinal, pode melhorar a interação entre eles e ouvintes, o que ajuda no processo de se integrar às equipes.
Por que ter pessoas com deficiência auditiva na sua empresa?
Além de cumprir uma lei, incluir pessoas com deficiência auditiva na empresa pode torná-la mais dinâmica. Assim, o clima interno melhora e torna e ajuda na construção de produtos ou serviços criativos e de qualidade.