A acessibilidade digital promove a inclusão de pessoas com deficiência na cultura, informação e comunicação. Desse modo, além de cumprir a lei 13.146/2015, empresas que pensam nesse público ampliam seus clientes e têm uma imagem mais positiva no mercado.
O que é acessibilidade digital?
Consiste em um conjunto de ações que permitem o acesso de pessoas com deficiência de qualquer tipo aos conteúdos digitais. Assim, esses grupos, que podem ser tanto funcionários quanto clientes, podem considerar a empresa como relevante e atrativa.
É importante pensar nesse tema para além dos espaços físicos, pois os meios digitais também são canais de informação, cultura e educação, por exemplo.
Criar perfis e sites que tenham essas pessoas como um possível público contribui para a inclusão em:
- Interações sociais virtuais;
- Acesso a produtos;
- Compra e venda;
- Acesso a textos, vídeos e áudios sobre os mais diversos assuntos.
Entenda o que é deficiência
Segundo a definição da ONU e da Lei Federal n° 13.146/2015, são quaisquer barreiras que interferem na presença social de uma pessoa de forma plena e efetiva. Portanto, os principais tipos são:
- Física;
- Mental;
- Intelectual;
- Sensorial.
Todas elas afetam a equidade de oportunidades tanto de acesso a vagas de emprego quanto aos mais diversos conteúdos, bem como, interações presentes nos meios digitais.
Acessibilidade digital no Brasil
No Brasil, a acessibilidade digital ainda está em progresso, pois a maioria dos sites do país ainda não estão adequados para receber esse público.
De acordo com uma pesquisa feita pela Big Data Corp e Movimento Web para Todos em 2021, menos de 1% deles é acessível.
Para se ter uma ideia do que isso quer dizer, há mais de 16 milhões de páginas na web e mais de 98% tiveram falhas para o uso desse grupo. Ainda assim, a mesma pesquisa indicou que o número foi melhor que o de outros anos.
Lei n°13.146/2015
Como medidas de inclusão, o Brasil possui regras oficiais sobre o assunto. Assim, o segundo capítulo dessa lei aborda a inclusão das pessoas com deficiência no acesso à informação e comunicação nos meios digitais.
eMAG
Para quem não sabe, é um documento para nortear a criação de sites e conteúdos acessíveis. Então, nele há regras e dicas que visam um uso mais confortável para pessoas com qualquer deficiência.
Como garantir a acessibilidade digital?
Para conseguir criar e adaptar sites para esse público, há uma série de métodos e recursos. Assim, eles podem ser:
- Aparelhos específicos;
- Escolhas no design do site;
- Tipo de linguagem;
- Cores e formato do texto.
A acessibilidade digital, então, não se resume à criação de conteúdo que cegos e surdos possam conhecer. Ao deixar o texto mais fácil e usar meios que tornam os dados mais claros, a empresa cresce na internet e contribui para a inclusão.
Tecnologia assistiva
Esse termo abrange todos os recursos que podem aumentar a qualidade de vida, autonomia e acesso à informação para pessoas com deficiência. Assim, para facilitar a interação com o mundo digital, é possível encontrar, por exemplo:
- Leitor de tela que narram o seu conteúdo por voz;
- Tradutor para LIBRAS;
- Mouses e teclados exclusivos;
- Alto contraste e ampliação de tela para os que têm baixa visão.
Recursos que deixam o site acessível
Ao criar um site, as empresas que querem se adequar às leis e ter um endereço online mais acessível precisam planejar toda a sua construção. Então, os principais aspectos para se levar em conta são:
- Cores;
- Formatos distintos para o mesmo conteúdo;
- Construção do texto.
Cores
O site precisa ter uma variação de cores que facilite a navegação intuitiva para todos os públicos. Portanto, ao pensar nisso, é essencial levar em conta o contraste. Isso porque, pessoas com baixa visão ou daltônicas podem não entender a informação.
Texto
Há muito que se pode fazer no conteúdo escrito, pois existem muitos recursos para tornar a leitura mais rápida e fácil. Além disso, é importante levar em conta como isso pode ocorrer nos softwares que usam a voz para que o usuário consuma conteúdo.
Acessibilidade digital exemplos:
- Usar mais a voz ativa que a passiva;
- Justificar à esquerda e não usar fonte com serifa;
- Escrever o texto com títulos, subtítulos e listas;
- Inserir link nas palavras-chave do conteúdo de destino e criar um texto explicativo.
Formatos distintos
Para atender aos mais diversos públicos, de fato, publicar um conteúdo em vários formatos também é uma boa opção. Então, ter um áudio para o texto, legendas nos vídeos e descrição das imagens contribuem para a inclusão.
Acessibilidade digital e inclusão nas empresas
Fora cumprir a lei, empresas que criam planos de acessibilidade digital contribuem para a inclusão. Assim, sejam clientes ou parte da sua equipe, essas pessoas podem consumir os conteúdos que se posta, a fim de adquirir um produto ou contratar um serviço.
Tudo isso insere as pessoas com deficiência no mundo social e as tornam mais ativas nas ações de rotina, como usar redes sociais e visitar sites de compras, por exemplo. Então, terão a chance de serem ainda mais independentes.
Vantagens
Mesmo com a lei e o eMAG, o número de empresas que investem para que esse público use seus sites ainda é baixo. Desse modo, quando uma loja decide atender essas pessoas da forma certa, a sua imagem no mercado se associa a:
- Inovação;
- Empatia;
- Inclusão;
- Maior alcance de pessoas;
- Oferta de produtos e serviços que agregam valor.
Inclusão e o acesso aos meios digitais
É crucial que as empresas invistam na acessibilidade digital, a fim de que qualquer pessoa consiga usar todas as funções de forma plena. Assim, alguns dos exemplos são:
- Tradutores e leitores de tela;
- Sites intuitivos;
- Textos alternativos.
O assunto inclusão já está em discussão há muitos anos e no Brasil, existe uma demanda que não consegue participar de forma efetiva da vida social, porque não tem acesso à informação, de fato.
De acordo com dados do IBGE, cerca de 45 milhões de pessoas no país têm algum tipo de deficiência. Portanto, é necessário incluí-las não apenas nos espaços físicos, mas também no digital.