Em algumas empresas a taxa de rotatividade de pessoas com deficiência é bem menor em relação a taxa de rotatividade de pessoas sem deficiência. Pesquisas mostram que quando PCDs encontram um ambiente de trabalho inclusivo, eles permanecem por muito mais tempo em um emprego.
Se a sua empresa tem uma alta taxa de turnover de pessoas com deficiência, você precisa se preocupar muito! Isso porque a alta rotatividade de PCDs se deve na maioria das vezes a ações discriminatórias dentro da empresa e a falta de acessibilidade que o ambiente possui.
Se isso estiver acontecendo na sua empresa, não é bom para os PCDs que trabalham lá e muito menos para você como empregador ou profissional de RH. A alta rotatividade de qualquer funcionário custa tempo, dinheiro e afeta a produtividade da empresa.
Diante disso, é necessário criar um ambiente inclusivo que proporcione benefícios para todos, a fim de reter os funcionários em seus postos de trabalho.
Por mais que a taxa de desemprego de PCDs seja alta, com certeza ninguém vai querer continuar trabalhando em um lugar onde sofre discriminação e onde falta acessibilidade para desempenhar as suas tarefas de modo eficaz.
Se você colocar em prática algumas estratégias que vamos te apresentar a seguir, pode conseguir reduzir o turnover de PCDs na sua empresa.
Contrate pelas qualificações
Por que você contrata pessoas com deficiência? Faz isso só por causa da lei de cotas? Se a resposta para a última pergunta foi sim, você está fazendo isso errado!
Mesmo que seja com o objetivo de preencher as vagas reservadas para PCDs, você deve contratar alguém por causa das habilidades e qualificações que a pessoa tem a oferecer para empresa.
Dessa forma você vai estar selecionando um talento para preencher a vaga e ao mesmo tempo o funcionário contratado vai se sentir útil para o desenvolvimento da empresa.
Se um funcionário com deficiência é contratado só para preencher a quantidade de cotas, é bem provável que ele não continue na empresa, pois o senso de realização vai estar incompleto.
Foque na acessibilidade
No momento da contratação você deve conversar com o candidato a respeito das mudanças relacionadas à acessibilidade que serão necessárias para que ele possa desempenhar suas funções livremente.
Com base nas pontuações feitas pelo candidato, providencie que as mudanças necessárias sejam feitas, a fim de garantir o direito do funcionário com deficiência de ir e vir, sem que nada o impeça de fazer isso.
Além disso, em eventos e atividades fora da empresa, sempre procure lugares que também ofereçam acessibilidade, para que o funcionário não se sinta excluído.
Quando o funcionário se sente independente no seu ambiente de trabalho por conta da acessibilidade que esse ambiente proporciona, a probabilidade de reter esse funcionário na empresa aumenta significativamente.
Conscientize a equipe
Chegamos em ponto que pode ser considerado um dos mais importantes entre as estratégias para a redução de turnover de PCDs.
Vamos imaginar que a sua empresa possui os melhores equipamentos que possibilitam a acessibilidade de um funcionário com deficiência.
Além disso, você proporciona uma remuneração bem significativa e benefícios atraentes para qualquer funcionário. O único problema que a sua empresa possui é a discriminação de outros funcionários em relação aos funcionários com deficiência. Você acha que ainda assim reduziria a taxa de rotatividade de PCDs? Pode ter certeza que não!
O principal motivo para PCDs tomarem a iniciativa de sair de uma empresa com os benefícios que citamos, é a discriminação que acontece nas empresas.
Diante disso, criar uma cultura inclusiva e conscientizar todos os funcionários da importância de manter o respeito entre todos é essencial para reduzir o turnover de PCDs.
Crie um plano educativo que ajude os funcionários a se conscientizarem. Além disso, não faça vista grossa se presenciar alguma ação discriminatória por parte dos funcionários e até mesmo da liderança.
Ofereça uma remuneração competitiva
Sabemos que é proibido fazer distinção de remuneração de PCDs. O salário deve ser o mesmo para todos de acordo com a função exercida.
Mesmo assim, você pode criar programas de incentivo entre os funcionários, provendo bônus para os funcionários que forem bem sucedidos em desempenhar determinadas tarefas.
Algo simples é criar um bônus para pontualidade ou para produtividade. Dessa forma você vai incentivar os funcionários acrescento uma remuneração para aqueles que cumprem com as suas tarefas de modo mais eficaz.
Além disso, não é realista acreditar que os funcionários ficarão felizes com o mesmo salário por anos e anos, quando seu conjunto de habilidades e carga de trabalho estão apenas aumentando. Os aumentos podem ajudar muito a demonstrar apreço pelos funcionários que poderiam procurar trabalho em outro lugar, caso se sintam subestimados.
Crie um plano de carreira
Como já falamos, algumas empresas só contratam PCDs para preencher cotas obrigatórias e diante disso só disponibilizam vagas em funções que não atraem a maioria dos funcionários. Além disso, não dão oportunidades de crescimento dentro da empresa para PCDs. Com certeza ninguém gosta de ficar anos e anos exercendo uma função que não é nem atrativa.
Oferecer vagas atrativas e um plano de carreira sólido pode ajudar a reter funcionários com deficiência. Além disso, você vai ver que, pessoas com deficiência possuem grande capacidade de liderar e são muito boas fazendo isso.
Porque é importante reduzir o turnover de pessoas com deficiência
Não é bom para nenhuma empresa possuir uma alta rotatividade de funcionários com ou sem deficiência.
Esse turnover gera gastos com o funcionário que saiu e gera gastos para contratar e treinar novos funcionários. As taxas de rotatividade também têm um impacto negativo na imagem pública da empresa. Se uma empresa ganhou a reputação de ser uma porta giratória de funcionários, ela não atrai necessariamente bons talentos para as vagas oferecidas.
Diante disso, coloque essas estratégias em prática a fim de reduzir a rotatividade de pessoas com deficiência na sua empresa.
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A Iigual já incluiu mais de 20 mil pessoas com deficiência no mercado de trabalho. A consultoria nasceu da experiência de vida do casal fundador Andrea Schwarz e Jaques Haber, quando Andrea se tornou cadeirante em 1998 aos 22 anos.
Somos especializados em ações de Inclusão e Diversidade com foco em recrutamento e seleção, palestras, treinamentos, acessibilidade física e digital, Censo da Inclusão e Diversidade e consultoria em D&I.
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Jaques Haber