A empresa considerada inclusiva, é por assim dizer, a empresa que respeita à acessibilidade e promove sua garantia através de todas as atitudes, incluindo as de percepção sobre as principais necessidades das pessoas com deficiência.
É por meio dessas acessibilidades que essa pessoa com deficiência consegue desenvolver sua autonomia no emprego e independência.
As empresas, de modo geral, tendem a implementar diversos tipos de avaliação de seus funcionários, a fim de ter um “mapeamento” preciso de toda equipe e estrutura comercial. Essa tem sido uma técnica muito utilizada atualmente, especialmente por conseguir garantir uma experiência positiva para os funcionários, e um desenvolvimento maior da empresa como um todo.
Mas afinal, você sabe o que é um teste comportamental? Como ele pode ser classificado e compreendido? Então fique com a gente para aprender mais.
Teste comportamental: o que é, e por que fazê-lo?
De modo geral, como já citado acima, o teste comportamental é um “mapeador” das competências de cada colaborador, a fim de elencar algumas qualidades, dificuldades, e a partir dessas “evidências” melhorá-las e desenvolvê-las a fim de que se tornem aproveitáveis pela empresa.
A partir de cada teste comportamental, é possível direcionar o funcionário exatamente para a área que ele se sairá melhor, a partir da análise de suas próprias habilidades.
Isso é feito com o objetivo principal de alocar cada funcionário na sua área de maior destaque, como por exemplo: traços de liderança, facilidade na tomada de decisões, entre outras.
Esses testes, embora muito utilizados desde sempre, foram abordados também nas empresas, para gerar relatórios rápidos, e precisos sobre o que deve ser alterado, e o que deve permanecer como está.
Muitos gestores ainda atrasados não reconhecem a importância do teste comportamental nas empresas, e especialmente no que tange à pessoa com deficiência, ele é extremamente importante, uma vez que consegue aferir as habilidades de cada pessoa e direcioná-las para cada segmento da empresa.
Todo tipo de perfil tem o seu valor, e é diante dessa perspectiva que precisamos analisar a importância de realizá-lo na sua empresa. Afinal, muitas vezes aquele funcionário que parece ter pouco valor, pode guardar grandes surpresas positivas para a empresa.
Ao conhecer os profissionais que compõem o time da empresa, o gestor é capaz de desenvolver equipes mais criativas, produtivas e efetivas, desenvolvendo o trabalho de forma saudável e eficiente, promovendo assim, uma experiência muito positiva para todos.
Pessoas com deficiência nas empresas: importância do teste comportamental
Não é de hoje que estamos vivenciando, especialmente no Brasil, pessoas descontentes e frustradas com os seus trabalhos, e na maioria das vezes, isso acontece por conta da falta de oportunidades e igualdade social. A lógica é simples, e escancara realmente a desigualdade que vivemos.
Quantas pessoas que moram nas favelas não poderiam ser grandes doutores mas não conseguem pela desigualdade no ensino? E quantas pessoas milionárias não gostariam de fazer música, mas são obrigadas a fazer medicina por conta do prestígio social?
A desigualdade no Brasil traz à tona esse tipo de reflexão, que deve ser analisada sobre diversas óticas diferentes.
No que tange às pessoas com deficiência, deixamos um pouco de lado a desigualdade financeira para tratar de outros tipos de desigualdade. Infelizmente, o ensino não chega até essas pessoas. Poucas escolas sabem a importância da acessibilidade metodológica, e isso afeta diretamente o desenvolvimento dessa pcd para buscar uma chance no mercado de trabalho.
O ensino é ineficaz, e não garante vias para o ensino superior, que enfrenta a mesma falta de acessibilidade metodológica. Isso consequentemente reflete no enquadramento da pcd no ambiente de trabalho, justamente pela falta de qualificação profissional.
Esse tipo de privação na educação gera muita dificuldade na hora da contratação e avaliação dos candidatos com deficiência que querem uma oportunidade no mercado.
As empresas preocupadas somente em cumprir com as obrigações da lei de cotas acabam esquecendo de analisar as pcds de acordo com as suas habilidades, como proposto nos testes comportamentais.
Inclusão social nas empresas é de longe um tema que tem sido exaustivamente debatido, e evidencia cada vez mais a necessidade de promovermos essas discussões.
O funcionário pcd pode não ter experiência profissional anterior, mas ter uma série de habilidades que, se alocadas no lugar certo, produzem mais efeitos do que qualquer pessoa ultra-qualificada. E somente através do teste comportamental e desse mapeamento será possível descobrir esse grande potencial.
Já é comprovado a partir de alguns estudos que, as empresas que trabalham a diversidade e a inclusão apresentam resultados muito mais satisfatórios, e isso acontece justamente nas empresas que se preocupam em alocar seus funcionários de acordo com as suas maiores habilidades, formando assim um time criativo, que se complementa e desenvolve conjuntamente.
Quais são os perfis comportamentais que existem?
São quatro os perfis mais analisados entre as pessoas:
- Idealizador;
- Comunicador;
- Executor;
- Analista.
Cada um desses quatro perfis podem ser desenvolvidos pelas habilidades mencionadas acima. Por isso a importância de analisar, e enquadrar cada funcionário no perfil mais próximo ao analisado.
Quando eu devo aplicar o teste comportamental na minha empresa?
Diversos momentos podem ser ideais. O teste comportamental não precisa necessariamente ser feito em um momento específico, como na admissão, mas em vários outros, por exemplo:
- No momento de recrutamento e seleção de candidatos, sejam eles com, ou sem deficiência;
- No momento de realocação na empresa, ou de promoções de emprego;
- Em planejamentos estratégicos justamente a fim de analisar e colocar em práticas as habilidades para cada setor;
Como deve ser aplicado um teste comportamental dentro das empresas?
Os gestores podem adotar as mais diversas formas de aplicação do teste comportamental, que pode ser: através de questionários particulares (físicos ou online), entrevistas pessoais direcionadas, e também dinâmicas em grupo.
Uma dica importante é que todo o processo seja documentado, servindo como uma ferramenta ao gestor.
É possível realizar testes de várias formas, inclusive digitais, que você, como gestor, deve se aprofundar para conhecer melhor a aplicar o que melhor se encaixa na sua empresa.
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A Iigual já incluiu mais de 20 mil pessoas com deficiência no mercado de trabalho. A consultoria nasceu da experiência de vida do casal fundador Andrea Schwarz e Jaques Haber, quando Andrea se tornou cadeirante em 1998 aos 22 anos.
Somos especializados em ações de Inclusão e Diversidade com foco em recrutamento e seleção, palestras, treinamentos, acessibilidade física e digital, Censo da Inclusão e Diversidade e consultoria em D&I.
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Jaques Haber