Ter um processo seletivo inclusivo é essencial para empresas que têm como valores a responsabilidade social e igualdade de oportunidades. Para isso, é necessário engajar todas as áreas e rever os passos durante a contratação.
O que é inclusão?
Do ponto de vista social, inclusão é o ato de promover a participação igualitária de todos os integrantes da sociedade, ou seja, permitir que tenham acesso a:
- educação;
- lazer;
- trabalho.
Muitas vezes, para atingir esse objetivo são criadas leis a fim de incentivar essas condutas até que isso esteja enraizado na sociedade e ocorra de modo natural.
Foi o que ocorreu, por exemplo, com a Lei de Cotas, que fixou que as empresas devem reservar um número mínimo de vagas para pessoas com deficiência. Assim, aquelas que têm mais de 100 funcionários devem ter 2% das vagas preenchidas por esse perfil.
Esse percentual sobe conforme o tamanho da empresa, chegando a 5% do total de vagas para aquelas que têm mais de mil colaboradores em seus quadros.
Como ser mais inclusivo na empresa?
Apenas cumprir com o número de vagas determinado por lei não faz da empresa um Ambiente inclusivo. Ao contrário, é preciso pensar em meios de fazer com que essas pessoas se sintam parte da organização e possam exercer suas funções.
Parte disso passa por um processo seletivo inclusivo, que avalie de fato as competências e aptidões do candidato e não apenas sua deficiência.
Por que é importante ter um processo seletivo inclusivo?
Um processo seletivo inclusivo contribui para a imagem que a empresa transmite para o seu público, seja ele externo (clientes) ou interno (colaboradores e fornecedores).
Cada vez mais, os temas de diversidade e inclusão estão em alta, uma vez que já se compreendeu a necessidade de dar as mesmas condições a grupos antes excluídos. Por isso, se adequar a essa realidade é essencial para qualquer empresa.
Outro ponto importante é que isso promove um ambiente mais diverso, composto por pessoas com vivências diferentes. Desse modo, cada um pode contribuir de maneiras diferentes nas discussões e na solução de problemas.
Fora isso, a companhia pode se beneficiar de grandes talentos que têm plena capacidade de executar suas funções. Afinal, a deficiência não define suas competências, apenas demanda conforme o caso alguma adaptação no ambiente.
Quais as etapas de um processo seletivo inclusivo?
Um processo seletivo inclusivo se assemelha muito ao regular em relação às suas etapas. Assim, consiste de forma resumida em definir a vaga destinada a pessoas com deficiência e realizar a divulgação.
Nesse ponto, é preciso ter bem definidas as competências desejadas, a fim de receber candidaturas que se adequem ao perfil. Então, é necessário fazer a seleção dos participantes que melhor atendem para passarem à etapa de entrevistas.
A conversa com a pessoa é o momento em que o recrutador pode conhecer mais sobre o perfil, e entender quais são os seus objetivos na empresa. Por fim, vai definir em conjunto com o gestor o mais adequado para seguir com a contratação.
Como tornar um processo seletivo inclusivo?
Para adaptar o recrutamento às pessoas com deficiência e torná-lo de fato um processo seletivo inclusivo, é preciso observar alguns detalhes. Assim, algumas dicas para fazer isso são:
- focar nas competências técnicas para a vaga;
- evitar questionar sobre a deficiência, senão no que for essencial;
- dar autonomia para que a pessoa se acomode caso não solicite ajuda;
- dirigir-se ao candidato e não ao acompanhante;
- verificar se o local é acessível.
Em outra ponta do processo, é preciso preparar também a equipe para a recepção de um colega com deficiência. Por isso, ações de conscientização são sempre bem vindas para esclarecer sobre quais expressões evitar, por exemplo.
Também é essencial acompanhar o processo de adaptação da pessoa com deficiência após a contratação. Desse modo, o RH pode avaliar se há alguma dificuldade técnica, que seja preciso corrigir, bem como, o comportamento dos demais funcionários.
Esses passos são primordiais para que se alcance a inclusão e não apenas se preencha vagas para após excluir a pessoa de suas funções por conta de pré-conceitos.
O papel dos gestores em um processo seletivo inclusivo
Cabe ao gestor de cada área contribuir para um processo seletivo inclusivo, afinal, é ele quem estará em contato direto com o candidato após a contratação. Logo, é importante que participe em conjunto com o RH da definição das vagas para pessoas com deficiência.
Também é seu dever dar suporte durante o período de adaptação e oferecer ao empregado feedbacks reais sobre o seu desempenho. Portanto, é essencial que busque estudar para evitar uma postura capacitista.
Ele, assim como toda a equipe devem estar dispostos a aprender a lidar com as diferenças e com isso poder colher melhores resultados.
Como realizar um processo seletivo inclusivo de forma remota?
O uso da tecnologia facilitou e muito as atividades no trabalho e também a fase de seleção, que hoje pode ser feita à distância. Isso ajudou bastante a ter um processo seletivo inclusivo, já que não é preciso que a pessoa se desloque para a Entrevista.
Para isso, as ferramentas de reunião online são grandes auxiliares, já que permitem a conexão em tempo real. No entanto, é preciso observar alguns pontos, em especial quando se tratar de pessoas com deficiência auditiva.
Nesses casos, vale buscar recursos que ofereçam a opção de inclusão de legendas ou até mesmo a tradução simultânea em libras. Assim, é possível seguir com a entrevista normalmente mesmo à distância.
Vale a pena contar com uma consultoria para um processo seletivo inclusivo?
O auxílio de uma empresa especializada pode ser uma boa forma de conduzir o processo de seleção de pessoas com deficiência. Afinal, tais empresas já têm experiência na área e por vezes possuem um banco de candidatos, que pode agilizar o processo.
Diante disso, vale levar em conta esses aspectos e contar com uma assessoria expert no ramo para ter um processo seletivo inclusivo em sua empresa.