Receber funcionários com deficiência em uma empresa deve ser motivo de grande orgulho e satisfação, pois eles agregam valores fundamentais à empresa e à forma como ela se posiciona no mercado. Receber funcionários com deficiência envolve muitos fatores importantes, e neste artigo iremos listar alguns dos principais.
Algumas empresas enfrentam dificuldades para entender e aceitar a importância da contratação de funcionários com deficiência, e isso precisa mudar. A Lei de Cotas foi criada como forma de obrigar as empresas a incluírem no corpo de funcionários uma porcentagem de pessoas com deficiência, para que assim os locais de trabalho se tornassem mais diversos e pudessem desmistificar as falas que envolviam pessoas com deficiência no sentido negativo.
Funcionários com deficiência são igualmente capazes de desempenhar suas funções dentro da empresa com dedicação, qualidade e eficiência, basta que as empresas estejam prontas para recebê-las e para se adaptar à sua presença.
O que deve ser feito mesmo antes da contratação?
O gestor da empresa deve levar em conta algumas atitudes importantes a serem tomadas antes do momento da contratação. A primeira pergunta a se fazer dentro do ambiente corporativo é se o grupo onde a pessoa com deficiência será incluída está preparada para lidar com essa mudança, se o espaço onde este funcionário irá trabalhar está bem adaptado e se seus colegas sem deficiência estão cientes da importância da inclusão feita de forma correta e gentil.
A pessoa com deficiência precisa se sentir útil e ativa no grupo e, acima de tudo, respeitada. Se a gestão da empresa não estiver preocupada em atender esses requisitos básicos, a inclusão das pessoas com deficiência não passará de um cumprimento superficial de leis. É indispensável lembrar-se sempre de que se trata de pessoas, e essas devem ser tratadas da melhor maneira possível, indiferente de sua deficiência.
A sensibilidade é fundamental
Sabemos que, infelizmente, ainda há muito preconceito quanto ao potencial e a presença de funcionários com deficiência no ambiente de trabalho, o que dificulta muito a real inclusão destes funcionários nos grupos corporativos.
Uma pesquisa da Associação Brasileira de Recursos Humanos revelou que mais da metade dos gestores de RH possuem resistência quanto à contratação de PCD’s e fogem constantemente da ideia. Essa resistência, que começa no momento da contratação, se estende à forma como os funcionários sem deficiência recebem e tratam colegas PCD’s no ambiente de trabalho.
É preciso ter muita sensibilidade para lidar com o fato de que pessoas com deficiência, assim como qualquer outro grupo de pessoas, precisam de realização profissional, remuneração, ocupação e reconhecimento pelo seu trabalho, e essa sensibilidade deve partir do setor responsável pela contratação, para que haja um olhar mais empático e confiante para pessoas com deficiência que, muito provavelmente, irão se destacar no desempenho de suas funções.
A empresa precisa estar disposta a se adaptar
Algo fundamental em como receber funcionários com deficiência na sua empresa de forma eficaz consiste em adaptar o ambiente para recebê-los, mas esta adaptação não se trata somente de espaço físico. Adaptar o ambiente é, sim, importante, como a implantação de rampas de acesso, de barras de apoio nos banheiros, intérpretes de LIBRAS, materiais em braile etc, mas adaptar o ambiente no quesito social é indispensável. O respeito, o companheirismo, a gentileza e a empatia devem estar presentes em toda e qualquer comunicação direcionada aos colegas com deficiência.
Essas adaptações, principalmente em relação à tratativa com pessoas com deficiência devem partir sempre da gestão da empresa. Os funcionários serão positivamente influenciados pela forma como a gestão da empresa lida com a presença de funcionários com deficiência no ambiente corporativo. Dessa forma, a empresa se tornará um ambiente que valoriza e respeita a diversidade.
Exija que seus funcionários com deficiência respeitem funcionários PCD’s
Se a empresa realmente pretende incluir de forma completa PCD’s em seu grupo de colaboradores, é extremamente importante que haja advertências verbais e, se necessárias, advertências formais quanto a situações de capacitismo, o preconceito manifestado contra pessoas com deficiência. O emprego de apelidos ofensivos, com termos pejorativos devem ser estritamente proibidos e advertidos, como forma de combater o preconceito.
Incentive políticas de bons modos, crie estratégias de incluir funcionários PCD’s em reuniões informais da empresa, celebrações, momentos de confraternização etc.
Não diminua suas expectativas quanto a seus funcionários PCD’s
Não espere menos de seus funcionários PCD’s pelo simples fato de possuírem alguma deficiência, seja ela física ou intelectual. Tenha em mente que eles são completamente capazes de alcançar suas expectativas e re trazer saldos positivos para a empresa, pela sua competência, concentração e dedicação.
É comum que funcionários sem deficiência queiram tomar para si responsabilidades que não são suas com medo da incapacidade do colega com deficiência, mas esse comportamento deve ser anulado, e o funcionário com deficiência deve sentir e perceber que tem liberdade para fazer o que lhe foi proposto da melhor forma possível.
Com relação aos gestores, não tenha medo de atribuir funções e responsabilidades aos seus funcionários com deficiência. Confie em sua capacidade e formação, e os pontos positivos que te levaram a contratá-lo. Certamente eles trarão muito aprendizado para todos que estiverem ao redor e poderão se destacar facilmente em relação aos demais funcionários sem deficiência.
Tenha sempre em mente as qualidades de seu funcionário com deficiência
Lembre-se sempre do potencial que você enxergou em seu funcionário desde o primeiro contato com ele. Não fique sempre batendo na tecla de sua deficiência, usando isso como pretexto para demonstrar desconfiança. Foque no potencial demonstrado por ele, em sua vontade de trabalhar com excelência e na forma única que ele desempenha as tarefas. Enxergar o lado bom das pessoas ao nosso redor torna todas as coisas mais simples.
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A Iigual já incluiu mais de 20 mil PCDs no mercado de trabalho. A consultoria nasceu da experiência de vida do casal fundador Andrea Schwarz e Jaques Haber, quando Andrea se tornou cadeirante em 1998 aos 22 anos.
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