O ambiente de trabalho para pessoas com deficiência pode ser um local extremamente prazeroso e de muito aprendizado, ou um local desagradável e sinônimo de desrespeito. O fato é que ainda estamos lutando por respeito e igualdade na sociedade em geral, a começar pelo ambiente de trabalho. Separamos neste artigo 5 fatos sobre pessoas com deficiência no local de trabalho que você provavelmente não sabe.
A presença de pessoas com deficiência nos ambientes
Lutamos por condições sociais de igualdade para todos os grupos de pessoas, sejam elas pessoas com deficiência ou minorias. Mas infelizmente ainda vemos muitos casos de capacitismo, homofobia, racismo e muitas formas de discriminação. O grande desejo de muitos é ver casos de violências como essa serem cada vez menos comuns e recorrentes.
A presença de pessoas com deficiência nos ambientes corporativos vem se tornado cada vez mais comuns desde a criação da Lei de Cotas, uma lei que obriga as empresas a ter em seu grupo de colaboradores uma porcentagem de pessoas com deficiência. A criação da lei foi necessária para proporcionar a essas pessoas oportunidades de emprego, se desenvolver profissionalmente e demonstrar seu conhecimento e capacidade de desempenhar funções, tanto quanto pessoas sem deficiência.
Como as empresas lidam com funcionários com deficiência
Alguns setores de Recursos Humanos ainda têm dificuldades em entrevistar e contratar pessoas com deficiência. Isso porque têm certa preocupação de que o funcionário não se saia bem no trabalho, ou que funcionários sem deficiência se sintam incomodados com a presença deles, ou simplesmente por não querer ser uma empresa inclusiva, que acolhe e proporciona oportunidades e igualdade.
Para receber funcionários com deficiência a empresa precisa se preparar, não apenas em seu espaço físico, mas na forma como irá lidar e tratar funcionários com deficiência. Demonstrar desconfiança na tarefa desempenhada por ele, fazer piadas quanto à sua deficiência, delegar funções mais simples por julgá-los incapazes são práticas errôneas mas comuns nos ambientes de trabalho.
A importância de discutir a inclusão
É extremamente importante discutir pautas de inclusão com todos os colaboradores da empresa. Realizar palestras, atividades inclusivas, convidar pessoas com deficiências experientes no ramo para conversar com a equipe sobre a importância de se sentirem aceitos e incluídos, são formas de gerar na equipe de trabalho familiaridade no assunto e conscientizar sobre a importância da inclusão.
Fatos sobre pessoas com deficiência no local de trabalho
Existem situações muito específicas pelas quais pessoas com deficiência passam que muitas pessoas desconhecem. Listamos aqui os principais.
1. Elas são vítimas de capacitismo todos os dias
Embora a luta contra o capacitismo no local de trabalho seja constante, pessoas com deficiência sofrem o preconceito todos os dias, seja direta ou indiretamente. O capacitismo é a prática discriminatória de pessoas com deficiência. Ele se demonstra de forma direta, com ofensas e xingamentos que destacam a deficiência, ou de forma indireta, com piadas e brincadeiras onde a graça esteja na deficiência. Muitas pessoas com deficiência ainda têm que lidar com “apelidos” pejorativos, sem o direito de recusar a ser chamado por eles, ou de se defender diante das ofensas.
2. Elas não querem se sentir incapazes
Algo muito comum para pessoas com deficiência é a constante desconfiança em sua capacidade por parte de seus colegas de trabalho sem deficiência. Eles estão sempre oferecendo uma ajuda disfarçada de desconfiança, querendo assumir funções que foram delegadas ao funcionário com deficiência, por medo de que eles façam mal feito ou em nível inferior aos demais. Pessoas com deficiência são plenamente capazes de desenvolver suas atividades, e o ambiente de trabalho precisa se adaptar à presença delas, e parte disso está em confiar em sua capacidade.
3. Pessoas com deficiência precisam de acessibilidade
A inclusão de pessoas com deficiência no time de colaboradores depende não somente da contratação, mas principalmente de preparar o ambiente para recebê-las. Adaptar o local é extremamente importante para que PCD’s tenham as mesmas condições oferecidas a funcionários sem deficiência. Se sua empresa está prestes a realizar a contratação de um funcionário com deficiência, construa rampas de acesso para facilitar a locomoção, tenha uma mesa adaptada, instale barras de apoio no banheiro, e faça o possível para que seu funcionário se sinta respeitado e acolhido pelo ambiente.
4. PCD’s querem criar relacionamentos saudáveis em seu local de trabalho
Pessoas com deficiência não querem que seus colegas de trabalho o tratem com piedade ou inferioridade, eles querem ser tratados de forma respeitosa e gentil, mas sem falsidades. Se você tem um colega de trabalho com deficiência, trate-o com naturalidade, sem estar o tempo todo destacando sua deficiência ou fazendo perguntas inconvenientes sobre ela. Faça-o se sentir o mais à vontade possível no ambiente e não o exclua em nenhum momento.
5. Eles estão acostumados com a rejeição, mas não querem enfrentá-la também no local de trabalho
Pessoas com deficiência lidam com a rejeição desde os seus primeiros anos de vida, e em muitos casos ela começa ainda dentro de casa e na própria família. Alguns membros da família têm grande dificuldade em aceitar a deficiência ou sentem vergonha de apresentar a pessoa com deficiência como seu parente etc.
Na escola, as dificuldades continuam: os colegas fazem piadas maldosas, os professores não sabem como lidar ou adaptar o ensino às suas necessidades etc. Essas dificuldades e rejeição se estendem aos relacionamentos, área onde pessoas com deficiência enfrentam grande dificuldade, dado o preconceito que ainda se manifesta fortemente na sociedade.
Portanto, elas esperam que no ambiente de trabalho as coisas sejam minimamente diferentes. Elas querem ser incluídas em todos os âmbitos, seja nas reuniões de trabalho, nos grupos de atividades e até no happy hour pós expediente. O respeito precisa estar presente o tempo todo.
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A Iigual já incluiu mais de 20 mil PCDs no mercado de trabalho. A consultoria nasceu da experiência de vida do casal fundador Andrea Schwarz e Jaques Haber, quando Andrea se tornou cadeirante em 1998 aos 22 anos.
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