As pessoas com deficiência enfrentam grandes desafios de inclusão por causa dos estereótipos e discriminação. No entanto, são atitudes que dá para evitar e até mesmo aprender a evitá-las. A fim de que a sociedade se torne mais inclusiva e respeitosa.
O que é o estereótipo em pessoas com deficiência?
Nos dias atuais, tem se falado muito sobre esse termo e pouco se sabe sobre ele. Assim, significa uma ideia ou imagem já formada sobre algo. Dessa forma, alguns dos exemplos mais conhecidos a respeito dessa palavra são:
- Todo brasileiro gosta de futebol e samba;
- Mulher gosta de rosa e homem de azul;
- Na África só existe pobreza.
Podem estar ligados a imagens que são neutras ou positivas em alguns momentos. No entanto, o mais comum é que seja sobre alguma ideia preconceituosa.
Por que isso acontece?
Ao longo dos anos, os estereótipos crescem por conta das gerações e da crença popular. Mas, muitos meios de informações também ajudam a criar a visão errada e estereotipada. Contos que têm a moça como frágil e um homem forte como herói é um exemplo disso.
Em boa parte das vezes, essa ideia é criada para agradar a um público. Porque torna-se mais fácil criar certos personagens em determinadas histórias. Dessa forma, as mesmas ideias continuam a ser passadas ao longo do tempo, sem mudanças.
Tipos
Há diferenças nos tipos de estereótipos que existem, já que podem ser em relação a gênero ou classe social. No entanto, também tem aqueles que se referem a beleza e cultura. Assim, há muitos que se reproduzem sem que alguns se deem conta disso.
Discriminação com pessoas com deficiência
A discriminação nem sempre é fácil de ver durante o dia a dia, pois pode acontecer de forma velada. Aliás, até mesmo os estereótipos fazem com que ela se propague por conta da visão preconceituosa. Assim, a melhor forma de identificar um caso como esse é notar:
- Rejeição;
- Exclusão;
- Distinção.
Qualquer atitude que retire os direitos ou liberdade da pessoa com deficiência é uma discriminação. Portanto, pode acontecer de forma direta ou indireta, sem que ninguém perceba. Por isso, continua tão difícil de combater e mudar o pensamento das pessoas.
Indireta ou direta
Com a forma direta da discriminação é mais fácil de notar em matriculas de escola. Por exemplo, quando não permitem que uma criança estude no local por conta de sua condição. Então, seria uma forma de rejeitar e excluir, sem tentar criar um ambiente seguro.
No caso indireto, pode surgir no momento de contratar para um emprego. Assim, exige-se algo que não será essencial para a vaga, como certas qualificações ou aptidões. Já que com essas exigências, alguns com deficiência não se encaixam.
Combate aos preconceitos contra pessoas com deficiência
O primeiro objetivo é entender que todos têm os mesmos direitos e são iguais. No entanto, também é preciso ter equidade de oportunidades para que possam se incluir na sociedade. Por isso, existem as cotas em empregos, mas os pontos mais essenciais são:
- Inclusão;
- Acessibilidade digital.
Tem leis que garantem esses aspectos e isso é uma ótima forma de combater os preconceitos. Mas, todos precisam colaborar e aprender mais sobre o assunto. Dessa forma, qualquer ambiente pode se tornar seguro e justo.
Sociedade capacitista
Milhões de pessoas com deficiência enfrentam o capacitismo. Isso acontece porque muitos acreditam que as limitações devem ser corrigidas por médicos. Portanto, a sociedade enxerga esse grupo como incapaz.
Esse seria um dos tipos de estereótipos mais famosos e conhecidos que existem. Então, também se torna uma forma de discriminar ao acreditar no conceito de incapacidade. Além disso, ainda existem os termos ofensivos e indivíduos que não veem problema nisso.
Pessoas com deficiência e o preconceito
Há diferença entre preconceito e discriminação, apesar do que dizem. Por exemplo, discriminar significa violar a forma certa de tratar as pessoas. Mas, também impedir que todos tenham o mesmo acesso a boas oportunidades.
O preconceito é uma opinião sobre um certo grupo social. Dessa forma, a base está em generalizar e criar um julgamento sobre alguém. Quanto a discriminação, ela cria a exclusão e a distinção dessas mesmas pessoas.
Como evitar?
Descobrir mais sobre o tema é uma ótima forma de aprender a tratar as pessoas com deficiência. Muitos dos estereótipos se mantém pela falta de informação sobre como lidar com as situações. Assim, não aprendem a evitar falas ofensivas ou tratamentos diferentes.
Mesmo que nos dias atuais seja mais fácil de se informar, nem todos querem. Mas, mudar a forma de pensar e sentir a vontade de contribuir para uma boa sociedade, faz a diferença. Por isso, mesmo que pareça o mínimo, muitas vezes já está fazendo mais do que pensa.
Reduza o capacitismo contra pessoas com deficiência
Uma das melhores formas de combater tanto os estereótipos quanto a discriminação é evitar o capacitismo. O termo tem relação com as atitudes que discriminam ou mostram preconceito, de acordo com termos pejorativos. Assim, os mais conhecidos são:
- Aleijado;
- Retardado;
- Fazer de surdo.
São expressões que devem ser evitadas para ajudar a combater o preconceito. Dessa forma, não use-as, ainda mais ao se referir à uma pessoa com deficiência. Além disso, em locais de trabalho, por exemplo, isso torna o ambiente mais seguro e igualitário.
Ensinar
Nem todas as pessoas entendem o problema a respeito desses termos ofensivos. Por isso, uma forma de fazer com que todos parem de usar é conversar sobre o assunto. Portanto, conscientizar o público é o primeiro passo.
Mesmo em locais de trabalho, os colaboradores devem aprender sobre o tema, seja com palestras ou outros meios. Dessa forma, é uma maneira de começar a colocar as boas atitudes em prática. Além disso, até mesmo escolas podem ensinar sobre isso.
Direitos iguais
As pessoas com deficiência merecem respeito e por isso, esse assunto é tão relevante. Assim, esse tema não deve ser visto como um tabu. Afinal, debater isso é necessário para que a sociedade comece a mudar, mesmo aos poucos.
Ter acessibilidade e inclusão é um direito de todos e as pessoas devem se adaptar a isso. Dessa forma, os desafios do dia a dia tendem a diminuir e se cria locais mais seguros.