Desde o início da pandemia do coronavírus a modalidade home office tem crescido cada dia mais. Mesmo com a flexibilização do isolamento social, muitas empresas têm optado por manter o trabalho remoto por diversos fatores. Muitas dessas empresas possuem pessoas com deficiência que também estão trabalhando remotamente.
Para muitos líderes, gerenciar pessoas que estão trabalhando remotamente pode ser um desafio. Alguns gerentes podem cair na armadilha do microgerenciamento, que é tentar fiscalizar tudo o que os funcionários estão fazendo, o tempo todo.
Já outros líderes podem ter a tendência de deixar de gerenciar e não dar a atenção necessária à equipe por causa do trabalho remoto.
Para não cair nessa armadilha é importante o gestor mostrar equilíbrio no seu gerenciamento, mostrando-se acessível, sem ser um fiscalizador.
Empresas que possuem pessoas com deficiência na equipe podem achar um desafio ainda maior gerenciar esses colaboradores. Mas a gestão deve ser a mesma para todos os funcionários da equipe.
Neste artigo vamos te ajudar a entender como deve ser o gerenciamento de uma equipe com funcionários com deficiência na modalidade de trabalho remoto.
Providencie a acessibilidade necessária para o trabalho remoto
Quando falamos de trabalho home office é importante lembrarmos que o gestor da equipe precisa providenciar as ferramentas necessárias para todos os funcionários da empresa que vão trabalhar em casa.
Mesa, computador, cadeira ergonômica e outros itens para a realização do trabalho, são só alguns itens que a empresa precisa providenciar para todos os funcionários desempenharem as suas atividades de trabalho de forma adequada.
Sendo assim, os gestores também precisam providenciar um espaço de trabalho adequado para o funcionário com deficiência desempenhar as suas atividades de forma adequada.
Deslocar os móveis e as ferramentas que as pessoas com deficiência usam para trabalhar na sede da empresa, até a casa dela, pode ser uma opção simples de tornar o ambiente doméstico um espaço de trabalho acessível.
Dependendo do espaço que o funcionário com deficiência possui em sua casa para o trabalho remoto, talvez seja necessário fazer algumas adaptações que podem ser apropriadas para a boa realização do trabalho.
Defina as expectativas com antecedência e com frequência
No princípio, trabalhar em home office pode ser um desafio tanto para os gestores, como também para os funcionários. Toda a equipe pode ficar perdida no início, principalmente se as expectativas da empresa não forem abordadas com antecedência e com frequência.
Definir as metas, meios de comunicação e horário de trabalho na modalidade home office pode ajudar todos os funcionários a se organizarem com as suas tarefas.
Em relação aos funcionários com deficiência, é importante lembrar que nem todos estão trabalhando em um ambiente que favorece a realização das suas atividades de forma plena.
Por exemplo, para a pessoa com autismo, pode ser difícil desempenhar as suas funções com barulho na vizinhança de obras, carros passando o tempo todo e outras situações que podem ocorrer no ambiente doméstico.
Diante disso, os gestores precisam basear as suas expectativas nessas condições que podem afetar os funcionários com deficiência.
Seja organizado e flexível
Esse ponto é muito importante, pois no ambiente doméstico os funcionários podem ter dificuldades de realizar o seu trabalho em determinados horários por conta de situações que podem ocorrer no ambiente.
Sabemos que líderes e gestores muitas vezes lidam com prazos e metas, mas quando essas questões são organizadas pensando nos funcionários, toda a equipe pode ser beneficiada.
No serviço remoto é importante ser flexível em relação aos horários que os colaboradores podem desempenhar as suas tarefas. Para muitos, trabalhar em horário não comercial durante a madrugada, pode ser mais cômodo.
Diante disso, seja flexível nessas questões, deixe claro que as tarefas precisam ser feitas dentro do prazo e que a qualidade do trabalho precisa ser mantida, mas se possível dê liberdade em relação aos horários e outras situações que forem possíveis para a empresa.
Faça reuniões periódicas e curtas
Com o trabalho remoto a necessidade de aumentar a frequência com que as reuniões são feitas pode surgir. Mesmo assim, muitos gestores podem não dar a atenção devida para essa necessidade.
Mesmo que alguns percebam a necessidade de aumentar a frequência das reuniões, pode ser que ele ainda encare essas reuniões da mesma forma que encarava quando o trabalho era feito na sede da empresa.
É muito importante que os líderes lembrem-se que o que funcionava no escritório, pode não funcionar na modalidade home office. Por isso, realizar reuniões frequentes, mas de curta duração pode ser uma boa mudança no que diz respeito ao gerenciamento de uma equipe.
Acompanhe o progresso dos funcionários
Durante o serviço remoto acompanhar o progresso dos funcionários pode ser um desafio. Como falamos no início, alguns gerentes acabam fazendo o microgerenciamento.
O microgerenciamento pode atrapalhar o trabalho tanto de quem gerencia, como dos funcionários que estão sob os cuidados desse gerente.
Mas é importante lembrar que deixar o microgerenciamento de lado, não significa que você deve deixar de acompanhar o progresso dos funcionários.
Estabelecer um cronograma de atividades e verificar periodicamente a qualidade do trabalho que está sendo feito, é essencial e pode ser de grande ajuda para toda a equipe.
Além disso, com base nesse acompanhamento periódico, forneça feedbacks para que os funcionários estejam cientes das coisas que estão fazendo certo, e das coisas que precisam melhorar.
Vale lembrar que o feedback das pessoas com deficiência da equipe deve ser feito da mesma forma que todos os outros feedbacks, levando em consideração a qualidade do serviço.
Estabeleça conexões e esteja disponível
Muitos funcionários se sentem solitários na modalidade home office, por isso os gerentes precisam estabelecer uma linha de comunicação constante e acessível para todos os funcionários.
Além disso, bons gestores se colocam à disposição dos membros da equipe para responder dúvidas e conversar quando for necessário, principalmente na modalidade home office.
Essa comunicação aberta deve estar disponível tanto para as pessoas com deficiência, como também para os funcionários sem deficiência que fazem parte da equipe.
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A Iigual já incluiu mais de 20 mil pessoas com deficiência no mercado de trabalho. A consultoria nasceu da experiência de vida do casal fundador Andrea Schwarz e Jaques Haber, quando Andrea se tornou cadeirante em 1998 aos 22 anos.
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Jaques Haber