Como todos já sabem, estamos vivendo “a era digital”. A popularização da internet deu voz a diversos grupos e pessoas, e de certa forma isso contribuiu muito de forma positiva para a colocação em pauta de alguns assuntos que estavam silenciados há muito tempo. Mesmo com tanto tempo passando, e com o avanço constante da globalização, o preconceito contra as minorias(capacitismo, preconceito, homofobia) ainda se faz presente, e isso acaba dificultando o processo de inclusão social.
Atualmente, com diversos tipos de penalidades aprovados pela LBI- Lei Brasileira de Inclusão (Estatuto da Pessoa com Deficiência), muitas pessoas manifestam o seus preconceitos pelo capacitismo, que é uma forma de preconceito, mas que se “esconde” atrás de alguns comentários que primordialmente não parecem ofensivos, mas que no fundo, são ensejadores de discriminação, e infantilização das pessoas com deficiência.
Antes de adentrarmos a esse assunto, vamos fazer uma breve abordagem sobre o que é o capacitismo e como ele se manifesta em nossa sociedade? A seguir dessas considerações, analisaremos como as redes sociais ajudam na desmistificação desse instituto.
O que é capacitismo?
Capacitismo pode ser compreendido como a caracterização da discriminação sofrida pelas pessoas com deficiência de forma “camuflada”. Esse termo surgiu por conta de uma construção da sociedade que considera as pessoas sem deficiência “normais”, criando uma subestimação da capacidade e aptidão das pessoas com deficiência, infantilizando assim, sempre as suas atitudes e a sua existência.
Muitas pessoas não sabem o que é capacitismo justamente pela falta de interesse em discutir assuntos tão polêmicos, que, além das pessoas participantes da sociedade, envolve ainda o Estado como protagonista de toda essa falta de políticas públicas que ensejem a inclusão.
Não é novidade para ninguém, que é o Estado quem deve garantir as necessidades básicas de todos os cidadãos, incluindo educação, lazer, transporte e segurança.
Porém, as pessoas com deficiência geralmente não conseguem desfrutar desses mecanismos, principalmente devido à falta de acessibilidade e inclusão.
Entender sobre esses aspectos nos leva a compreender um pouco da realidade de cada pessoa que já passou por essa discriminação e sofrimento, e acima de tudo nos mostra a importância de discutirmos e trazermos à tona temas tão importantes e atuais, principalmente através das redes sociais, como instagram, facebook, tiktok, entre outras.
O capacitismo como preconceito e discriminação se manifesta principalmente quando uma pessoa subestima a capacidade da outra pelo simples fato de ela ser pessoa com defciência. Geralmente a pessoa com deficiência é tratada de forma infantilizada em todas as suas atitudes, e pormenorizada pelo simples fato de ter alguma deficiência que é visível, sem ser notada ou percebida pela sua capacidade, mas apenas pela sua deficiência.
Entender o que é capacitismo é muito importante, principalmente pelo fato de que, por não ser muito conhecido, acabamos praticando de forma involuntária. Como é o caso dos vieses inconscientes, o capacitismo também pode ser evitado quando compreendido e estudado.
A cultura capacitista ainda se manifesta muito na vida das pessoas com deficiência, por isso precisamos aprender como superar o capacitismo. Um exemplo comum de capacitismo, é querer sempre evidenciar as atitudes praticadas pelas PCDs. Para evitar esse tipo de prática, basta você analisar se faria o mesmo comentário para uma pessoa sem deficiência. Um comentário que é muito comum as PCDs escutarem é que elas “vivem a vida normalmente”, ué, por qual motivo elas não viveriam a vida normalmente? A deficiência não faz de ninguém “anormal”.
De que forma as redes sociais ajudam no combate ao capacitismo?
Como citamos acima, estamos vivendo a era digital, e com isso, muitas pessoas com deficiência se aproveitam das redes para promover campanhas de conscientização.
Hoje, no instagram, por exemplo, diversas blogueiras e blogueiros com deficiência estão tomando conta dos famosos “reels”, ou até mesmo nas outras plataformas, como o tiktok.
Por esses meios, as pessoas com deficiência conseguem debater assuntos que jamais foram abordados, incluindo entre eles as manifestações do capacitismo, e como elas podem influenciar negativamente na vida dessas pessoas.
É claro que precisamos nos lembrar que atualmente, muitos poucos sites oferecem a opção inclusiva, o que pode afetar diretamente a disseminação desses assuntos, porém, com esse “surgimento” nas redes mais procuradas do momento, os blogueiros com deficiência estão atraindo os mais diversos olhares.
Não existe nada melhor do que podermos compreender a realidade de uma pessoa com deficiência quando ela é contada por ela mesma.
Notar que as pessoas com deficiência são plenamente capazes, pode fazer com que várias pessoas preconceituosas caiam por terra, e começam a notar que o preconceito é fundado apenas em algumas inverdades enraizadas, que acabamos crescendo com elas.
O capacitismo se manifesta de diversas formas, e ao seguir as pessoas com deficiência, elas podem trazer o tema à tona, evidenciando todo tipo de preconceito que elas são obrigadas a conviverem. Por isso é tão importante o papel das redes sociais, pois somente através dessa disseminação é que poderemos conter os avanços do preconceito.
Quer algumas dicas de quem seguir para entender um pouco melhor sobre esse assunto?
Blogueiros com deficiência: dicas para seguir:
- Andrea Schwarz- @dea_schwarz
- Vitória Mesquita- @Hey.Viti
- Cacai Bauer- @cacaibauer
- Lorena Eltz- @lorenaeltzz
- Lorrane Silva- @_pequenalo
- Marcos Lima- @historiasdecego
- Maria Júlia de Araújo- @majudearaujo
Além desses, ainda existem muitos outros, que com certeza contribuirão muito para o seu crescimento e desenvolvimento no que tange os assuntos relacionados às pessoas com deficiência. Desmistificar algumas “verdades absolutas” contribui significativamente para o fim das manifestações do capacitismo. E aí, está preparado para compreender melhor sobre esse tema? Comece agora a seguir esses blogueiros!
Gostou do nosso conteúdo sobre as redes sociais como protagonistas da desmistificação do capacitismo? Se sim, compartilhe com os seus amigos, e escreva pra gente nos comentários se você tem, ou conhece alguém que tenha um blog pessoal sobre esses assuntos também.
A Iigual já incluiu mais de 20 mil pessoas com deficiência no mercado de trabalho. A consultoria nasceu da experiência de vida do casal fundador Andrea Schwarz e Jaques Haber, quando Andrea se tornou cadeirante em 1998 aos 22 anos.
Somos especializados em ações de Inclusão e Diversidade com foco em recrutamento e seleção, palestras, treinamentos, acessibilidade física e digital, Censo da Inclusão e Diversidade e consultoria em D&I.
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Jaques Haber