No Brasil, as pessoas com deficiência ainda estão invisíveis nas mídias, campanhas publicitárias, liderança de empresas e em muitos outros espaços.
Só no Brasil, as pessoas com deficiência somam em torno de 45 milhões de pessoas.
No entanto, quando assistimos algum programa de televisão, vamos ao trabalho, entramos na internet ou até mesmo vamos votar, temos a impressão de que essas pessoas não fazem parte de nenhum desses ambientes.
Além disso, se pensarmos unicamente nas mídias, como televisão, streamings e redes sociais, rapidamente chegaremos à conclusão de que esses meios influenciam a cultura, e portanto, são um veículo que comunicam uma mensagem.
E mesmo quando pretendem falar sobre diversidade e inclusão, contratam atores que não possuem deficiências, sendo assim, não são familiarizados com a realidade das pessoas com deficiência.
Ou seja, ao tentar falar sobre diversidade, continuam praticando a exclusão.
Até mesmo na política são poucos os candidatos que conseguem espaço para trabalhar em prol dos direitos das pessoas com deficiência.
E menos ainda as pessoas com deficiência que conseguem chegar lá. Com exceção de Mara Gabrilli, e do deputado Felipe Rigoni, vem a sua mente alguma pessoa com deficiência que assumiu mandatos na última eleição?
A falta de representatividade afeta a sociedade, que continua com uma visão fechada e capacitista.
Isso sem mencionar a quase completa ausência de pessoas com deficiência nos cargos de liderança das empresas!
Só nesse tópico, é possível notar o quanto a sociedade ainda está fechada para essas pessoas, que têm de lidar com a falta de vagas e oportunidades de crescimento impostas dentro das empresas.
Mostrar o lugar das pessoas com deficiência na sociedade é abrir espaço para que elas ocupem posições relevantes.
Isso quebra preconceitos e expande a visão de quem não tem conhecimento sobre o assunto, sem mencionar que traz muito mais representatividade.
Desde uma marca que chama uma pessoa com deficiência para ser modelo, uma vaga na gerência ou na direção de um setor na empresa;
Até mesmo um papel interpretado por uma pessoa com deficiência, abrem caminho para as próximas.
Quando esses canais de comunicação e influência mostram e dão espaço para alguém que é “fora dos padrões”, trazem para perto pessoas que por muitos são esquecidas.
Mesmo tendo valor, habilidades e capacidades semelhantes e iguais às pessoas tidas como “dentro do padrão”.
Assim, grupos se aproximam.
E mais, pessoas que tinham dificuldade de aceitar a si mesmas, passam a admirar e se espelhar em pessoas que tem mais coisas em comum com elas.
Aí começa a verdadeira representatividade, quando pessoas com deficiência são verdadeiramente inclusas em todos os locais.
Portanto, desmistificar os conceitos preconceituosos começa com a inclusão das pessoas com deficiência em todos os âmbitos da sociedade.