O desfile da marca Fenty, com lingeries ousadas, comandada por Rihanna, envolveu pessoas de diferentes tons de pele e tamanho, exibindo corpos reais em um show de representatividade. Mas ainda faltou um grupo: as pessoas com deficiência.
O Savage X Fenty Show é um programa exibido pelo Amazon Prime, que revela os bastidores dos desfiles Fenty, grife da cantora, empresária e designer, Rihanna.
A empresa de Rihanna chegou ao mercado em 2017, com a pretensão de fazer todas as mulheres se sentirem empoderadas e bonitas.
A principal proposta da marca em seus desfiles é trazer representatividade, explicitando toda a pluralidade de pessoas que vestem seus produtos.
A cantora afirma que procura características únicas em pessoas que, geralmente, não se destacariam no mundo da moda.
A presença de negros, gordos, magros, homens e mulheres trans transformou a Fenty em um marco de diversidade na moda, principalmente no segmento de lingeries, que até então, teve o cenário dominado pela marca Victoria’s Secrets.
Coincidentemente, ao mesmo tempo em que a Fenty acelerou a diversidade no mundo da moda, a empresa tradicional que exibia em seus desfiles mulheres magérrimas e homens musculosos – reforçando padrões de beleza inalcançáveis e fora da realidade de seus consumidores – deixou de realizar seus clássicos desfiles depois de 25 anos.
Esses fatos só demonstraram o quanto o público das empresas anseia por representatividade, por verem nas vitrines pessoas que sejam reais, figuras que poderiam facilmente fazer parte de seu cotidiano.
Rihanna conseguiu, a largos passos, abrir as passarelas para pessoas comuns brilharem.
No entanto, no meio de tanta diversidade, ainda faltou mais representação de um grupo: as pessoas com deficiência.
Sabemos como a moda dita tendências e gera admiração e aceitação ao redor do mundo.
E até agora esse grupo foi representado em alguns desfiles da grife.
No caso, a presença de um modelo com visão monocular, por exemplo, gerou representatividade instantânea.
Mas ainda assim, muitas pessoas com deficiência ainda podem fazer parte desse show, aumentando ainda mais a inclusão em cada desfile.
Trazer pessoas com deficiência para as passarelas, vitrines e catálogos abre as portas para que mais de 45 milhões de pessoas (só no Brasil) se sintam vistas, junto dos modelos que estão vestindo uma marca.
A campanha que levou a internet à loucura por inovar e humanizar os produtos, deu um exemplo que deve ser seguido por todos.
Mas pode percorrer ainda mais o caminho da inclusão, dando mais espaço às pessoas com deficiência.