As autoridades de saúde tem chamado a atenção da população para os cuidados de pessoas com deficiência durante a pandemia do novo Corona vírus. Elas ainda não estão inseridas nos grupos de risco.
Mas você sabe o que muda nos cuidados com esse grupo?
Segundo a médica fisiatra Regina Chueiri, em reportagem ao R7, pessoas com deficiência tem risco de contaminação pelo Coronavírus até 3x mais alto. Você pode ler a reportagem completa aqui: https://noticias.r7.com/saude/pessoas-com-deficiencia-tem-3-vezes-mais-risco-de-contrair-coronavirus-13042020
Para essas pessoas o risco é maior, já que por vezes elas precisam se apoiar em outros lugares para se locomover, como uma pessoa cega que se apoia nas paredes, corrimãos ou em outras pessoas, ou uma pessoa paraplégica, que sempre toca nas rodas da cadeira.
Além disso, no caso de pessoas tetraplégicas, a distância mínima de 1,5m é impraticável, o cuidador precisará estar próximo para ajudar a lavar as mãos, escovar os dentes, cuidar da higiene e das atividades da vida diária em geral.
Nesse momento, familiares e cuidadores precisam manter a atenção nos cuidados com a higienização.
Algumas medidas importantes para evitar a contaminação de pessoas com deficiência:
Ao voltar da rua, o ideal é que familiares ou cuidadores tomem um banho e troquem de roupas, caso alguém em casa use cadeira de rodas, evitem andar com os sapatos que utilizaram na rua e limpem as rodas da cadeira com álcool 70%.
Caso os familiares apresentem algum sintoma de resfriado ou gripe, se possível, não tenham contato com uma pessoa com deficiência, e sempre usem máscara, tanto o cuidador quanto a pessoa com deficiência. Os familiares precisam evitar ao máximo o contato com outras pessoas.
Também é muito importante que façam a higienização de todos os objetos mais utilizados, para garantir que não haja prejuízo à imunidade do paciente.
Em um momento delicado como o que estamos passando, não seria importante que as pessoas com deficiência fossem inclusas nos grupos de risco?
Pensamos muito na importância de inseri-las, primeiramente pelo maior risco de contaminação e pelas dificuldades de recuperação.
Algumas estão em situação de vulnerabilidade, e precisam de atenção especial em hospitais e atendimento personalizado em locais públicos. As empresas precisam se preparar para receber as pessoas de volta ao trabalho, ou fazer as adequações necessárias para mantê-las trabalhando em home-office.
Por fim, entender que as pessoas com deficiência fazem parte do grupo de risco de contágio da COVID-19 não significa superlotar o sistema de saúde, ou agravar a sensação de medo da sociedade, apenas desenvolver instruções e procedimentos específicos de prevenção para as pessoas com deficiência.
E caso você queira entender mais sobre o assunto, falamos sobre o mundo depois da COVID -19, você pode ler aqui: https://iigual.com.br/blog/wp-admin/post.php?post=98&action=edit