Você já pensou em como a inclusão de pessoas com deficiência agrega na sua empresa?
E mais, dá para imaginar o impacto social que a inclusão promove?
Ao incluir pessoas com deficiência a empresa amplia o funil de talentos e aumenta as chances de encontrar as melhores pessoas para cada posição.
Por isso nós preparamos algumas dicas para te ajudar na hora de fazer o recrutamento e seleção da sua empresa. Olha só:
1 – Não foque em cumprir a Lei de Cotas;
Muitas empresas contratam pessoas com deficiência, apenas para cumprir a Lei de Cotas. Cumprir a legislação é fundamental, mas contratar só para cumprir a lei é um dos maiores erros que uma empresa pode cometer. A inclusão precisa estar pautada na valorização profissional, nos talentos de quem está sendo contratado, e não nas suas limitações.
2 – Contratar é diferente de incluir
Não veja as pessoas apenas como números, enxergue além da deficiência, o foco deve estar no talento da pessoa. Contratar por contratar não vai levar sua empresa à um novo patamar em inclusão.
Ou seja, sua empresa precisa oferecer oportunidades para todos crescerem e desempenharem novas funções. Inclusão de pessoas com deficiência significa oferecer igualdade de oportunidades e, para isso é fundamental trabalhar para derrubar barreiras físicas, tecnológicas e atitudinais. Essas ações devem estar planejadas e organizadas dentro de um Programa de Inclusão, que conte com equipe responsável, apoio da liderança e verba para realizar as ações necessárias.
3 – Flexibilize o perfil
Para incluir é necessário compreender o histórico de exclusão dos grupos que ao longo da vida foram menorizados, ou seja, tiveram e tem menos oportunidades e acesso mais difícil à educação, boas propostas de emprego, cultura, saúde e que sofrem mais preconceito e discriminação por conta de uma ou mais características.
Portanto inclusão de pessoas com deficiência se faz com equidade, sabendo reconhecer as diferenças, criando ações afirmativas, para se atingir a igualdade.
Nesse sentido é importante, em muitos casos, flexibilizar o perfil profissional, diminuindo certas exigências não tão necessárias para ampliar as possibilidades de contratação.
Às vezes é melhor focar nas soft skills, no fit com a cultura e valores da empresa, do que exigir um inglês fluente, habilidade que pode ser desenvolvida posteriormente com o apoio da empresa.
4 – Não generalize
Você consegue imaginar alguma pessoa no mundo igual a você? Mesmo com características físicas parecidas, todas as pessoas são diversas, cada ser humano é único.
Uma vez que você entende isso, a seleção de pessoas com deficiência passa a ser muito mais assertiva. Duas pessoas podem ter em comum o mesmo tipo de deficiência, mas também tem talentos, habilidades, conhecimentos e necessidades específicas diferentes.
Além disso, evite generalizar, conheça cada candidato a fundo e você perceberá uma gama de possibilidades ainda maior para sua empresa, com muito mais inclusão.
5 – Não rotule
Enxergue a pessoa além da deficiência. No processo de seleção, atente-se à pessoa que está sendo entrevistada, sem a rotular por algum aspecto que pode ser “diferente”. Não a rotule. Não a chame de “PCD”, ela é muito mais do que uma sigla ou do que a sua deficiência. Afinal quem não tem suas deficiências, suas próprias limitações? A única questão é que algumas são mais visíveis do que outras. Não generalize, até porque não existem duas pessoas iguais, todas as pessoas são diversas. Uma forma de começar a contratação com o pé direito é dando espaço para que o profissional se sinta ouvido e possa contar quem ele é? O que já fez em sua vida? Como espera contribuir na empresa? Dessa forma o candidato sente que foi avaliado de forma justa.
Agora que você já está por dentro dessas dicas, o que mais você acha importante no processo de contratação? Conta pra gente nos comentários.