A batalha pela inclusão é diária e envolve desde a conscientização de pessoas, a exigência de ações governamentais em prol da causa, cobrança de práticas inclusivas nas empresas e muito mais.
Nesse ano, veio à tona a notícia de que uma rede de lojas mantinha alguns imigrantes bolivianos trabalhando em regime análogo à escravidão. Vendendo peças com valor em torno de R$638,00 e repassando para os costureiros apenas R$5,00.
Esse caso deu ainda mais proporção à tag #quemfazminhasroupas, levando dezenas de consumidores a questionarem as lojas onde consomem, pelas redes sociais.
Por consequência, mais lojas precisaram se posicionar e mudar suas práticas.
Mas o que isso tem a ver com as mudanças que precisamos implantar, para tornar o mercado mais inclusivo?
É simples, esse é um exemplo claro de como a cobrança por posicionamento pode mudar o cenário do mercado e a maneira como as empresas trabalham.
Pensando nisso, trouxemos algumas dicas de como você, diretor, gestor, colaborador, consumidor e etc., podem contribuir para um mercado mais inclusivo:
Você, colaborador ou gestor de uma empresa, com certeza precisa de outras pessoas para realizar seu trabalho.
Podendo ser desde o fornecedor de matéria prima, até mesmo a loja de papel sulfite.
Ao conhecer melhor seus fornecedores, consequentemente você também saberá com quais causas eles são ou não comprometidos.
A loja de onde vem os materiais que abastecem sua empresa, contratam pessoas com deficiência? Valorizam a diversidade?
Se a resposta for não, com certeza é possível conscientizá-los e motivá-los a respeito da importância de incluírem pessoas.
Apoiar comércios e fornecedores comprometidos com a inclusão também é uma boa maneira de contribuir e dar visibilidade aos exemplos certos.
Muitas vezes consumimos produtos sem questionarmos:
– De onde veio?
– Como ele afetou outras pessoas?
– Quem fabricou e em quais condições?
O conhecimento a respeito da ética das empresas também é uma boa maneira de contribuir com a inclusão.
As empresas estão atentas as demandas de seus consumidores, quanto mais conscientes eles estão, mais elas terão de correr para se adequar ao padrão exigido pelos clientes.
É possível que uma empresa ainda não esteja atenta a necessidade e importância de ser inclusiva, por isso o seu feedback pode fazer toda a diferença!
Com as redes sociais ficou ainda mais fácil entrar em contato para perguntar “qual o posicionamento de vocês com relação as pessoas com deficiência”?
Como já dissemos, o feedback dos consumidores acelera a evolução do mercado, a voz de cada um é importante e tem muito poder.
Saber quem são seus fornecedores, quais são as políticas de uma determinada marca, se eles possuem um programa de diversidade e inclusão etc., pode abrir seus olhos para a necessidade de consumir com consciência.
Afinal, se determinada marca não vai de encontro com o que você considera importante, porque continuar consumindo?
Comprando de locais que são humanos (ou seja, que não trabalham apenas visando o lucro, cooperando com o império de negócios misóginos, preconceituosos e fechados) você valoriza as boas práticas que precisam ser reproduzidas.
É possível se espelhar em quem está caminhando no rumo certo para construir um mercado de trabalho para todos, onde não existem diferenças e preconceito.
Podemos começar nos atentando para nossas próprias ações.
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