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Covid-19: como a pandemia afetou a contratação e a prestação de serviço dos PCDs

Estamos vivendo uma época extremamente atípica e inesperada. A pandemia do Covid-19 se instaurou mundialmente em nossa sociedade no final do ano de 2019, e ainda não tem data para ir embora. Devido a esse fato, a vida de milhões de pessoas viraram de cabeça para baixo. Estabelecimentos fechados, o índice de desemprego cada vez maior, empresas falindo, e, principalmente no Brasil, pouca atuação do poder público e dos nossos representantes, que deveriam ser muito mais eficazes a fim de minimizar as consequências desastrosas que estamos presenciando. A taxa de desemprego no Brasil sempre foi altíssima, e continuou aumentando, principalmente por conta do coronavírus. A pandemia interferiu na vida de muitas pessoas, mas como será que esses reflexos se fizeram na vida das PCDs? 

Analisar sobre a perspectiva das PCDs pode ser uma tarefa ainda mais complicada, pois ela envolve desde as adaptações ao home office até os casos de desligamento, que por hora estão proibidos a fim de garantir um mínimo de estabilidade e dignidade, para que as pessoas com deficiência continuem vivendo suas vidas com autonomia. 

Covid-19 e as empresas inclusivas: como deve ser analisado esse panorama

Empresas inclusivas são aquelas que atuam além do que a lei de cotas estabelece. De acordo com essa lei, as empresas com mais de 100 empregados devem garantir a ocupação de 2% a 5% das vagas para pessoas com deficiência. Essa lei garante uma integração, mas não de fato uma inclusão social. Por isso que a atuação da empresa inclusiva deve ir além da lei. Ela precisa garantir que cada PCD dentro da empresa tenha autonomia e liberdade na realização de seus trabalhos, ou seja, é preciso garantir acessibilidades a fim de criar um ambiente de respeito e igualdade. 

A empresa que de fato é inclusiva e atua além do que a lei estabelece, não importa a situação, ela continuará sendo inclusiva. Ou seja, se a empresa já desenvolve a inclusão, ela saberá como atuar também nesse período pandêmico. garantindo aos PCDs a mesma autonomia e liberdade, mas agora do conforto das suas casas. 

Porém, essa realidade está fora de ser a ideal, porque grande parte das empresas se consideram inclusivas, mas na realidade não são, e por isso não sabem como agir nessa época, preferindo dispensar seus funcionários. Essa realidade de dispensa foi coibida por projetos de lei, para assim garantir uma maior estabilidade. 

Mas o que devemos refletir é: Será que essas empresas que estão proibidas de dispensar os seus funcionários PCDs estão cumprindo com as suas obrigações na hora de oferecer as acessibilidades para o home office?

Pandemia usada como mecanismo de fuga para a contratação de funcionários PCDs

Sabemos que a realidade dos pcds no Brasil é muito difícil, e é preciso até mesmo de leis que obriguem essa contratação sob pena de sanções para as empresas. Diante desse cenário, apenas 1% das pessoas com deficiência estão empregadas. Se o cenário sempre foi ruim para pessoas com deficiência, imagina agora com a pandemia do covid-19, a qual as empresas já estão contratando menos e dispensando mais. 

Outra questão importante a ser abordada, é que existe uma rotatividade muito grande de funcionários PCDs nas empresas, e isso, na maioria das vezes, se dá pelo fato de a empresa não qualificar o profissional, e não desenvolver meios de adaptação e acessibilidade para que ele desenvolva seu trabalho da forma que a empresa idealiza.

A queda na contratação de pessoas no período da pandemia é uma realidade que afeta a todas as pessoas, mas em especial aquelas que já são afetadas diariamente pelo preconceito e discriminação. 

A questão do home office para PCDs: como fica a realidade da acessibilidade digital

A única forma que a empresa tem de garantir a estabilidade de seus funcionários, é oferecendo todos os meios possíveis de acessibilidade, e quando falamos no trabalho home office, a acessibilidade digital deve ser exaltada. 

A acessibilidade digital pode ser reconhecida hoje como uma vasta disponibilização de recursos, que, de forma indistinta oferece a todas as pessoas, independente de suas dificuldades a integração e a compreensão de conteúdos sem barreiras que impeçam qualquer pessoa de compreender o que está disponibilizado. 

A mudança repentina não é prazerosa para ninguém, mas algumas vezes requer uma atenção especial, quando tratamos de garantir as acessibilidades necessárias aos trabalhadores PCD. 

Todas as empresas tomam o cuidado de impactar o mínimo possível seus funcionários durante essas mudanças nos estabelecimentos, e por isso, quanto maior as garantias e acessibilidades, menor o impacto na vida de cada colaborador, contribuindo para que não haja queda na produtividade, e continue trazendo números vantajosos para a empresa. 

A contrário senso, quanto menos o gestor e empregador se preocuparem com as acessibilidades para a pessoa com deficiência, menor será seu resultado.

Estamos vivendo uma época que por si só já é muito dolorosa, e por isso o mínimo que um empregador pode fazer é garantir as condições mínimas necessárias ao trabalho home office inclusivo.

Como a empresa pode atuar a fim de minimizar os impactos na contratação de pessoas com deficiência

O primeiro passo é compreender, analisar e aceitar o problema que estamos vivenciando. Somos protagonistas na criação de uma sociedade mais justa, e por isso devemos começar a olhar as pessoas pelo que elas são, e não por meras características que despertam nossos vieses inconscientes, e se perfazem em preconceitos. É comprovado a partir de estudos que a presença de uma pessoa com deficiência na empresa pode proporcionar seu maior desenvolvimento, mas para isso, deve haver, por parte da empresa, atuação no sentido de proporcionar meios que tornem essa realidade possível, e o principal deles é através das acessibilidades. Quer saber como atuar? Conte com a ajuda de uma consultoria especializada em PCDs, e mude o cenário dos seus negócios.  

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A Iigual já incluiu mais de 20 mil pessoas com deficiência no mercado de trabalho. A consultoria nasceu da experiência de vida do casal fundador Andrea Schwarz e Jaques Haber, quando Andrea se tornou cadeirante em 1998 aos 22 anos.

Somos especializados em ações de Inclusão e Diversidade com foco em recrutamento e seleção, palestras, treinamentos, acessibilidade física e digital, Censo da Inclusão e Diversidade e consultoria em D&I.

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Tags: Covid-19
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