Muitos erros ao se referir a pessoas com deficiência ocorrem em locais de trabalho. Então, é preciso saber que a inclusão e a acessibilidade não são apenas para esse grupo e empresas precisam investir em falar sobre diversidade a fim de evitar o capacitismo.
Poder interagir é essencial na vida humana, de modo que a linguagem tem impacto sobre quem fala e quem ouve. Assim, a comunicação com a pessoa com deficiência de forma frequente têm sido um dos maiores desafios para acabar com o preconceito.
Empresas e outras instituições que desejam oferecer a equidade de oportunidades se empenham em mudar esse cenário. Por isso, conheça nove erros que a sua equipe ou até mesmo você pode ter cometido a fim de corrigir isso e criar uma interação mais inclusiva.
Ainda é muito comum se referir a pessoa com deficiência de forma errada. Isso ocorre com o uso de termos ou expressões que reduzem o ser a uma limitação. Dessa forma, as principais palavras a se evitar são:
O uso desses termos ocorreu na história tanto quando havia ainda muita ignorância sobre o assunto. Alguns deles, porém, foram tentativas de chegar a um nome adequado, mas que hoje não se considera correto.
Aplicar as palavras corretas no dia a dia, ainda que pareça uma tarefa simples,tem grande impacto. Afinal, a linguagem pode influenciar a criação ou extinção de estigmas sociais. Além disso, muitos dos nomes mais comuns:
Usar siglas também não é a melhor opção ao se dirigir a esse grupo de pessoas. Afinal, ainda que seja comum, muitas delas podem ser sentir inferiores ou reduzidas a sua condição com isso.
Fora o uso de termos errados, há ainda pessoas que podem ir para outro extremo. Um exemplo disso acontece quando se coloca esses grupos em posição de herói ou de vítimas o tempo todo.
Quando se usa, por exemplo, falas que colocam as pessoas com deficiência como um ícone de inspiração por fazer algo de rotina, como trabalhar. Além disso, podem se referir a elas como vítimas, isto é, acreditam que elas não podem fazer qualquer ação sem ajuda.
Outro erro ao se referir a pessoa com deficiência é falar como se ela devesse gratidão a quem está ao seu redor. Dessa forma, se indica que a sua visão é a de que ninguém poderia ser amigo, casar ou contratar alguém como ela por outra razão além de pena.
Por falta de treino em uma empresa, por exemplo, alguns podem se sentir constrangidos ao se dirigir a esse grupo. Assim, outra atitude incorreta é se dirigir apenas a quem os acompanha. Isso é muito ruim porque é uma forma de:
A inclusão e integração desse grupo em qualquer local deve levar em conta todos os aspectos, inclusive na hora de se comunicar. Então, fazer palestras, treinos e mudar os seus processos de seleção são algumas maneiras de evitar o capacitismo na sua empresa.
Muitos que se deixam levar pela curiosidade podem fazer perguntas sobre a condição da pessoa com deficiência. Mas isso pode não ser uma boa prática, já que passa do limite em uma interação social, em especial quando não se é próximo da pessoa.
Isso pode criar situações constrangedoras, além de perturbar o propósito de viver comum. Afinal, quem tem qualquer tipo de deficiência já pode ter ouvido perguntas como essa várias vezes.
Outro erro ao se dirigir a pessoas com deficiência é acreditar que elas são incapazes de aprender ou ensinar algo. Desse modo, muitos podem agir como se fossem infantis, aos quais se precisa dar apoio em tudo.
Nesse contexto, outra atitude que mostra preconceito é tentar oferecer auxílio em tudo, inclusive em tarefas simples. Então, busque prestar atenção a situação para avaliar melhor quando oferecer ajuda, ou espere que a pessoa o solicite.
O conceito de inclusão social é essencial para empresas, escolas e outros locais importantes na vida de um cidadão. Mas, de forma errada, ao falar desse tema, muitos o associam apenas a esse grupo, o que gera um estereótipo, pois ele é útil para:
Logo, na verdade, são vários grupos que precisam da discussão e aplicação prática dessa pauta. Além disso, em locais de trabalho, esse é tema que se associa à equidade de oportunidades.
Deixar um espaço acessível é o que, em geral, se pensa quando há menção desse termo. Mas ele também é muito mais amplo e aborda vários pontos que outros grupos sociais precisam como o acesso a, por exemplo:
Banheiros, rampas ou pisos táteis servem para melhorar a autonomia das pessoas com deficiência. Desse modo, não se deve dizer que eles têm necessidades especiais, apenas precisam do mesmo que outros indivíduos, que têm liberdade para fazer suas atividades.
Todos esses foram exemplos do que não fazer a fim de melhorar a sua interação com a pessoa com deficiência. Então, algumas formas de fazer isso da maneira certa são:
Caso tenha dúvidas sobre como a pessoa gostaria de ser tratada, pode perguntar a ela. Além disso, é essencial não tentar classificar as pessoas entre normais e pessoas com deficiência, ambas pertencem à mesma categoria.
Por fim, vale destacar que colocar isso em prática é essencial para o processo de inclusão na sua empresa. Então, busque quem possa falar sobre o tema de forma mais profunda e inspire a mudança nas suas equipes.
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