Inclusão

A importância da linguagem verbal e não verbal para a inclusão

Saber como se expressar com uma linguagem verbal e não verbal que seja respeitosa é algo essencial para que as interações do dia-a-dia sejam harmoniosas. Bem como, para que por meio dela os colegas de trabalho consigam construir um ambiente inclusivo. 

Qual é a importância da linguagem verbal e não verbal?

A linguagem verbal e não verbal é importante, porque é por meio dela que as pessoas conseguem se comunicar e estabelecer relações umas com as outras. Ou seja, a linguagem verbal, que pode ser tanto escrita quanto falada, é crucial para: 

  • transmitir informações;
  • realizar apresentações;
  • fazer treinamentos.

E a linguagem não verbal, por sua vez, é uma forma de expressar os estados internos que reforçam a comunicação e fazem com que se estabeleça uma conexão mais sutil entre as partes que estão interagindo. 

As duas formas de linguagem são importantes para que as pessoas consigam entender umas as outras e colaborar. Desse modo, as duas devem ser claras e coesas. 

Porém, vale destacar que quando elas se chocam, o mais comum é que as pessoas tomem como verdadeira aquilo expresso por meio não verbal. Então, o ideal é que elas estejam sempre alinhadas. 

A importância de um alinhamento verbal e não verbal

Ainda que de forma nem sempre consciente, em todas as interações as pessoas estão atentas ao que é dito de modo expresso, ou no nível do verbal e também no que é dito nas entrelinhas. Isso, faz parte de como funciona a comunicação humana. 

Contudo, muitas vezes ocorrem situações em que o que é dito por meio da fala, por exemplo, é negado por meio dos gestos. O que causa sérios prejuízos a comunicação, pois, ela se torna ambígua, contraditória e repleta de ruídos. 

No ambiente de trabalho isso pode comprometer todo o fluxo de trabalho. No entanto, ao ter um alinhamento entre o que é dito e o que é expresso por meios não verbais, as equipes trabalham com mais sinergia e coleguismo.  

Muito da comunicação não envolve palavras. Foto: Freepik

Como usar linguagem verbal e não verbal a favor da inclusão?

Um dos primeiros passos para usar a linguagem verbal e não verbal a favor da inclusão é estar ciente do impacto que elas podem ter na vida dos outros. Assim, é preciso evitar termos que são pejorativos ou que podem ofender a outra pessoa ou até mesmo a grupos. 

Além disso, é vital ser sensível e ter empatia durante a comunicação, levando em conta que as pessoas têm vivências e pontos de vista diversos. Esses aspectos de uma interação respeitosa devem estar presentes também:

  • nas expressões faciais;
  • na postura corporal;
  • no uso dos gestos.

Sorrir, manter o contato visual e usar gestos conhecidos por favorecer a abertura e o acolhimento são ótimas formas de demonstrar receptividade em contextos sociais. Outro ponto importante é saber ouvir e valorizar as diferenças de forma justa. 

Dica simples, prática e atual

Ao conversar com alguém que não se identifica com o gênero o qual nasceu, trate a pessoa pelo pronome que não lhe causa dor e constrangimento. 

Por mais que o uso de linguagem neutra, por exemplo, ainda tenha um certo tabu, o respeito pela vida e a dignidade humana deve sempre prevalecer. 

É possível melhorar a linguagem verbal e não verbal do time?

Sim, a linguagem verbal e não verbal é uma aptidão humana que pode ser melhorada. Inclusive, existem técnicas para isso. Uma das formas de desenvolver a comunicação é por meio dos cursos de oratória, entre outros, que ajudam a: 

  • ter uma fala mais clara e bem articulada;
  • ter um melhor domínio do tom e do ritmo da voz;
  • ter uma melhor noção proxêmica.

As palestras e outros formatos também são úteis para ensinar e conscientizar acerca da importância de uma comunicação entre os colegas que seja assertiva e que promova o respeito e a aceitação das diferenças. 

A importância da noção de proxêmica

A proxêmica é um termo que tem relação com a noção de espaço pessoal, social e público. Ou seja, cada pessoa tem um limite de espaço em seu corpo que pertence apenas a ela, um em que se destina as pessoas mais próximas e outro que é geral. 

Todas as pessoas se sentem invadidas quando alguém ultrapassa esses limites e isso pode causas conflitos. No contexto, de algumas condições como o autismo, é preciso ter bastante atenção quanto a essa noção de espaço que é parte da linguagem não verbal. 

Por que melhorar a linguagem verbal e não verbal do time?

Há várias razões para melhorar a linguagem verbal e não verbal do time. Em primeiro lugar, ela melhora as relações entre os colegas e os superiores. Mas, não apenas isso, pois a clareza adquirida também é perfeita para o trato com clientes e parceiros comerciais.   

Ter recursos eficientes de fala, escrita e também do uso de símbolos favorece o diálogo, algo que é indispensável ao reunir um grupo de pessoas em prol de um objetivo, sobretudo, quando o desejo é que o grupo seja coeso e diverso. 

Apesar de todos os avanços tecnológicos, é o capital humano, e o bom uso que eles fazem de suas habilidades técnicas e sociais que determinam o sucesso de uma companhia. Portanto, ter uma equipe com uma boa linguagem de comunicação é essencial. 

Onde a empresa pode aplicar a linguagem verbal e não verbal inclusiva?

A empresa pode aplicar a linguagem verbal e não verbal inclusiva em todos os contextos de interação. Para ser mais específica, uma vez que se entende os conceitos da linguagem respeitosa e da diversidade e inclusão, isso pode fazer parte, por exemplo: 

  • políticas;
  • decoração;
  • eventos;
  • marketing.

Isso porque, embora a primeira coisa que surja a mente quando se fala em linguagem e inclusão seja o trato com os colegas na rotina diária, a verdade é que no contexto de uma empresa isso não apena pode como deve ter contornos mais amplos. 

Muitas vezes, pequenas atitudes como o uso de pronomes neutros, ou a substituição pelo termo pessoa, podem ter um grande impacto no clima organizacional. Contudo, não apenas isso, como também o sentir-se representado nos detalhes. 

A diversidade deve ser vista nas várias áreas da empresa. Foto: Freepik

Vamos supor que ao chegar em uma empresa, toda a decoração e peças de publicidade contenham apenas pessoas brancas e dentro do padrão. Por mais que não se diga com palavras, há uma mensagem de que as diferenças, no mínimo, não são vistas. 

Essa troca de mensagens mais subjetiva acontece o tempo inteiro, mesmo quando a pessoa não se dá conta de que elas estão acontecendo, por isso, é tão importante o trabalho de conscientização e sensibilização de todos. 

As sinalizações

As sinalizações também são uma forma de linguagem que fazem muita diferença na acessibilidade e inclusão. Desse modo, é crucial adotar símbolos universais em vez de apenas texto. 

Garantir que toda e qualquer sinalização tenha boa iluminação, fontes grande e o contrate de cores adequados para facilitar a leitura, em especial, por quem tem deficiência visual. Sinalizações sonoras para quem tem no time pessoas da comunidade surda. 

Em resumo, é crucial que toda a ergonomia organizacional se volte para as práticas de Recursos Humanos que promovam a diversidade de oportunidade a todos, independente de quais são as suas origens e orientações.

A iigual é uma consultoria com foco em inclusão que conta com uma ampla gama de serviços para tornar a sua empresa mais diversa e mais inclusiva. Entre em contato hoje mesmo e conecte-se.

admin

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